“O Brasil real é bom, revela os seus melhores
instintos. O Brasil oficial é caricato e burlesco”, Machado de Assis
“Vida
em primeiro lugar: por direitos e democracia, a luta é todo dia”. Esse
foi o tema-lema do Grito do Excluídos que aconteceu nesta quinta-feira (07/09/2017)
em todo o Brasil. Desde 1995 o Grito dos Excluídos denúncia a estrutura opressiva e
excludente da sociedade capitalista contemporânea e do sistema neoliberal, fatores
que, de acordo com a definição do ato, negam a vida e impedem a população de
sonhar.
Segundo Ari Alberti, da coordenação nacional do Grito, as atividades têm como
objetivo chamar a população para construir uma realidade melhor, em especial,
neste momento difícil, um cenário de golpe, em que a retirada de direitos da
classe trabalhadora é o único objetivo de quem está no poder. “Queremos ajudar a despertar a consciência do povo
que está à margem. Fazer um contraponto do desfile oficial e dizer que não
estamos contentes com o rumo de entrega do país e retirada de direitos”, expressa Alberti o desejo coletivo nacional.
De acordo com Ari, que participou de todas as edições do Grito, a mobilização popular nunca foi tão importante para o país. “Falta de democracia e golpe geram violência. As questões sociais não se resolvem com polícia. O Estado pensa que resolve o caso da pobreza, da miséria com polícia e está descontando todos os problemas da economia no mundo nas políticas sociais. O mais penalizado é o povo. Estaremos nas ruas para denunciar isso”, observa.
De acordo com Ari, que participou de todas as edições do Grito, a mobilização popular nunca foi tão importante para o país. “Falta de democracia e golpe geram violência. As questões sociais não se resolvem com polícia. O Estado pensa que resolve o caso da pobreza, da miséria com polícia e está descontando todos os problemas da economia no mundo nas políticas sociais. O mais penalizado é o povo. Estaremos nas ruas para denunciar isso”, observa.
Confira abaixo as
ações do Grito dos Excluídos em todo o Brasil
São Paulo
Na capital paulista aconteceram dois atos. O primeiro, organizado pela Central
dos Movimentos Populares (CMP), reuniu cerca de 15 mil pessoas que seguiram
caminhada até o Monumento da Bandeira. Os manifestantes lançaram a Campanha “São Paulo não está à venda!”,
que tem como objetivo lutar contra as privatizações feitas pelo prefeito João
Dória Júnior. Os movimentos populares também protestaram contra a violência que
tem sido praticada contra mulheres, a população em situação de rua, contra os
despejos das ocupações, contra as reformas trabalhistas e da previdência do
governo 2010-2018.
Participaram da atividade o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Marcha
Mundial das Mulheres (MMM), Central
Única dos Trabalhadores (CUT),
Movimento Negro, Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Usinas Hidrelétricas
(Sinergia), Levante Popular da Juventude. Outra atividade reuniu manifestantes
na Praça da Sé no início da manhã, as pessoas seguiram em marcha até a Praça
Princesa Isabel no centro da cidade.
No interior do estado, no Santuário Nacional de
Nossa Senhora Aparecida, aconteceu o momento do Grito em conjunto com as
atividades da 30ª Romaria dos Trabalhadores. Os manifestantes também saíram em
caminhada até a Basílica, onde aconteceu a Celebração da Romaria do Trabalhador. Atividades aconteceram
também em outras partes da cidade, do interior e do litoral.
Brasília/DF
Cerca de 200 pessoas se reuniram no Museu Nacional juntamente com a
Batucada Feminista e Batucada do Levante, após isso seguiram em Marcha à
Esplanada.
Ceará
Na capital, a
atividade começou pela manhã com concentração e momento de mística seguida de
uma grande caminhada que terminou no Marco Zero da cidade. Atividades também aconteceram
nas regiões de Crateús, Quixadá e Sobral.
Bahia
As atividades se
espalharam por todo o estado durante a Semana da Pátria. Em Salvador/BA, nesta
quinta-feira (07/09), a concentração aconteceu em Campo Grande e os
manifestantes seguiram caminhada até a Praça Castro Alves.
Minas Gerais
A concentração, que contou
com mais de cinco mil pessoas, aconteceu na Praça da Rodoviária, no Minas-Centro
e na Praça Sete. As manifestações tiveram como foco, além do tema-lema do Grito,
a democracia, contra o golpe de 2016, “Por Diretas Já!” e “#Fora Temer!”, denúncia
ao golpismo da grande mídia, não à Reforma da Previdência, revogação da Reforma
Trabalhista e das terceirizações, entre outros.
[Crédito da Imagem para Viviane Aparecida Mota de Carvalho]
Em
Montes Claros, Norte Sertanejo de Minas Gerais, as atividades aconteceram na
Praça da Matriz. A polícia militar local de Pimentécio interviu e não permitiu a
entrada dos carros de som na Avenida Deputado Esteves Rodrigues (Avenida
Sanitária), no lado oposto da via onde acontecia o Desfile da Independência, em
direção à Prefeitura Municipal.
[Crédito da Imagem para CAA-NM]
[Crédito da Imagem para Jânio Marques Dias]
Ainda
assim, os manifestantes furaram pacificamente o bloqueio e seguiram com os
atos. Eram oriundos do Levante Popular da Juventude, do Movimento de Luta de
Bairros, Vilas e Favelas, do Movimento por Atingidos por Barragens (MAB), do
Movimento dos Trabalhadores por Direitos (MTD), do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem-Terra (MST), do Sindicato dos Servidores Municipais, do Sindicato
Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), do Sindicato
dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG), do Regional Norte do Sindicato de
Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG), da Pastoral da Criança, da Pastoral
do Menor, da Pastoral da Terra, da Pastoral Carcerária, da Cáritas
Arquidiocesana de Montes Claros, do Projeto de Desenvolvimento Rural e Urbano (Proderur),
da Paróquia São Norberto, da Paróquia São Marcelino Champagnat, da Paróquia
Nossa Senhora da Consolação, da Legião de Assistência Recuperadora (O Nosso Lar),
dos Círculos Bíblicos, Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas
Gerais (CAA-NM), dentre outros organismos de ação social.
Por
volta das 17h, na Praça de Esportes e sob o busto do Dr. Santos, os movimentos
sociais continuaram a celebração da 24ª edição do Grito dos Excluídos na cidade
com a abertura do Circuito Mineiro de Arte e Cultura da Reforma Agrária. Houve
um culto ecumênico e inter-religioso promovido por lideranças sociais religiosas da umbanda, do candomblé e da Igreja católica. O Circuito Mineiro tem programação extensa e intensiva
até o próximo domingo (10/09).
Paraná
Em Curitiba a concentração
aconteceu no salão da Paróquia São João Batista, após isso os manifestantes
seguiram pela Vila das Torres em caminhada.
Amazonas
Cerca de 300 pessoas de 10 entidades se
reuniram em Coari sob a coordenação da Cáritas e da Diocese do estado. Os
manifestantes seguiram em caminhada até a Catedral de Senhora Sant’Ana. Durante
a ação, a Pastoral da Juventude fez uma encenação em favor da Amazônia com o
lema de “Fora Temer, Amazônia fica!”.
Paraíba
Cerca de mil pessoas saíram pelas ruas da
capital João Pessoa em caminhada pela cidade.
Sergipe
A concentração aconteceu no centro da
capital alagoana, com momento místico conduzido pelos povos de terreiros. Seguido
de um ato ecumênico conduzido por Dom João José Costa. Em seguida, os
manifestantes saíram em caminhada até a Praça da Bandeira.
Rio Grande do Norte
A concentração aconteceu em
frente ao Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Parelhas e
seguiu caminhada até a igreja matriz de São Sebastião, onde aconteceu missa.
Após os manifestantes seguiram caminhada até a Cooperativa Agropecuária do
Seridó, onde foram realizadas apresentações culturais, partilha e encerramento.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, cerca de 200 pessoas se
reuniram em frente ao Museu do Amanhã no centro da cidade.
Rio Grande do Sul
A concentração aconteceu no Monumento das
"Cuias". Os manifestantes caminharam até o "Riacho
Ipiranga", passando em frente ao Acampamento Farroupilha e seguindo até a
Praça em frente à Usina do Gasômetro.
Mato Grosso do Sul
Em Dourados, município do interior do Mato
Grosso do Sul, dezenas de pessoas saíram às ruas para exigir respeito aos
direitos neste Sete de Setembro de 2017.
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