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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

23º Grito dos Excluídos mobiliza manifestantes em todo o Brasil

“O Brasil real é bom, revela os seus melhores instintos. O Brasil oficial é caricato e burlesco”, Machado de Assis

“Vida em primeiro lugar: por direitos e democracia, a luta é todo dia”. Esse foi o tema-lema do Grito do Excluídos que aconteceu nesta quinta-feira (07/09/2017) em todo o Brasil. Desde 1995 o Grito dos Excluídos denúncia a estrutura opressiva e excludente da sociedade capitalista contemporânea e do sistema neoliberal, fatores que, de acordo com a definição do ato, negam a vida e impedem a população de sonhar.

Segundo Ari Alberti, da coordenação nacional do Grito, as atividades têm como objetivo chamar a população para construir uma realidade melhor, em especial, neste momento difícil, um cenário de golpe, em que a retirada de direitos da classe trabalhadora é o único objetivo de quem está no poder. “Queremos ajudar a despertar a consciência do povo que está à margem. Fazer um contraponto do desfile oficial e dizer que não estamos contentes com o rumo de entrega do país e retirada de direitos”, expressa Alberti o desejo coletivo nacional.

De acordo com Ari, que participou de todas as edições do Grito, a mobilização popular nunca foi tão importante para o país. “Falta de democracia e golpe geram violência. As questões sociais não se resolvem com polícia. O Estado pensa que resolve o caso da pobreza, da miséria com polícia e está descontando todos os problemas da economia no mundo nas políticas sociais. O mais penalizado é o povo. Estaremos nas ruas para denunciar isso”, observa.

Confira abaixo as ações do Grito dos Excluídos em todo o Brasil

São Paulo

Na capital paulista aconteceram dois atos. O primeiro, organizado pela Central dos Movimentos Populares (CMP), reuniu cerca de 15 mil pessoas que seguiram caminhada até o Monumento da Bandeira. Os manifestantes lançaram a Campanha “São Paulo não está à venda!”, que tem como objetivo lutar contra as privatizações feitas pelo prefeito João Dória Júnior. Os movimentos populares também protestaram contra a violência que tem sido praticada contra mulheres, a população em situação de rua, contra os despejos das ocupações, contra as reformas trabalhistas e da previdência do governo 2010-2018.

Participaram da atividade o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento Negro, Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Usinas Hidrelétricas (Sinergia), Levante Popular da Juventude. Outra atividade reuniu manifestantes na Praça da Sé no início da manhã, as pessoas seguiram em marcha até a Praça Princesa Isabel no centro da cidade.

No interior do estado, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, aconteceu o momento do Grito em conjunto com as atividades da 30ª Romaria dos Trabalhadores. Os manifestantes também saíram em caminhada até a Basílica, onde aconteceu a Celebração da Romaria do Trabalhador. Atividades aconteceram também em outras partes da cidade, do interior e do litoral.




Brasília/DF

Cerca de 200 pessoas se reuniram no Museu Nacional juntamente com a Batucada Feminista e Batucada do Levante, após isso seguiram em Marcha à Esplanada.


Ceará

Na capital, a atividade começou pela manhã com concentração e momento de mística seguida de uma grande caminhada que terminou no Marco Zero da cidade. Atividades também aconteceram nas regiões de Crateús, Quixadá e Sobral.

Bahia

As atividades se espalharam por todo o estado durante a Semana da Pátria. Em Salvador/BA, nesta quinta-feira (07/09), a concentração aconteceu em Campo Grande e os manifestantes seguiram caminhada até a Praça Castro Alves.

Minas Gerais

A concentração, que contou com mais de cinco mil pessoas, aconteceu na Praça da Rodoviária, no Minas-Centro e na Praça Sete. As manifestações tiveram como foco, além do tema-lema do Grito, a democracia, contra o golpe de 2016, “Por Diretas Já!” e “#Fora Temer!”, denúncia ao golpismo da grande mídia, não à Reforma da Previdência, revogação da Reforma Trabalhista e das terceirizações, entre outros.

[Crédito da Imagem para Viviane Aparecida Mota de Carvalho]

Em Montes Claros, Norte Sertanejo de Minas Gerais, as atividades aconteceram na Praça da Matriz. A polícia militar local de Pimentécio interviu e não permitiu a entrada dos carros de som na Avenida Deputado Esteves Rodrigues (Avenida Sanitária), no lado oposto da via onde acontecia o Desfile da Independência, em direção à Prefeitura Municipal.



[Crédito da Imagem para CAA-NM]

[Crédito da Imagem para Jânio Marques Dias]









Ainda assim, os manifestantes furaram pacificamente o bloqueio e seguiram com os atos. Eram oriundos do Levante Popular da Juventude, do Movimento de Luta de Bairros, Vilas e Favelas, do Movimento por Atingidos por Barragens (MAB), do Movimento dos Trabalhadores por Direitos (MTD), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), do Sindicato dos Servidores Municipais, do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG), do Regional Norte do Sindicato de Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG), da Pastoral da Criança, da Pastoral do Menor, da Pastoral da Terra, da Pastoral Carcerária, da Cáritas Arquidiocesana de Montes Claros, do Projeto de Desenvolvimento Rural e Urbano (Proderur), da Paróquia São Norberto, da Paróquia São Marcelino Champagnat, da Paróquia Nossa Senhora da Consolação, da Legião de Assistência Recuperadora (O Nosso Lar), dos Círculos Bíblicos, Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas Gerais (CAA-NM), dentre outros organismos de ação social.









































Por volta das 17h, na Praça de Esportes e sob o busto do Dr. Santos, os movimentos sociais continuaram a celebração da 24ª edição do Grito dos Excluídos na cidade com a abertura do Circuito Mineiro de Arte e Cultura da Reforma Agrária. Houve um culto ecumênico e inter-religioso promovido por lideranças sociais religiosas da umbanda, do candomblé e da Igreja católica. O Circuito Mineiro tem programação extensa e intensiva até o próximo domingo (10/09).       

Paraná

Em Curitiba a concentração aconteceu no salão da Paróquia São João Batista, após isso os manifestantes seguiram pela Vila das Torres em caminhada.

Amazonas

Cerca de 300 pessoas de 10 entidades se reuniram em Coari sob a coordenação da Cáritas e da Diocese do estado. Os manifestantes seguiram em caminhada até a Catedral de Senhora Sant’Ana. Durante a ação, a Pastoral da Juventude fez uma encenação em favor da Amazônia com o lema de “Fora Temer, Amazônia fica!”.

Paraíba

Cerca de mil pessoas saíram pelas ruas da capital João Pessoa em caminhada pela cidade.

Sergipe

A concentração aconteceu no centro da capital alagoana, com momento místico conduzido pelos povos de terreiros. Seguido de um ato ecumênico conduzido por Dom João José Costa. Em seguida, os manifestantes saíram em caminhada até a Praça da Bandeira.

Rio Grande do Norte

A concentração aconteceu em frente ao Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Parelhas e seguiu caminhada até a igreja matriz de São Sebastião, onde aconteceu missa. Após os manifestantes seguiram caminhada até a Cooperativa Agropecuária do Seridó, onde foram realizadas apresentações culturais, partilha e encerramento.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, cerca de 200 pessoas se reuniram em frente ao Museu do Amanhã no centro da cidade.

Rio Grande do Sul

A concentração aconteceu no Monumento das "Cuias". Os manifestantes caminharam até o "Riacho Ipiranga", passando em frente ao Acampamento Farroupilha e seguindo até a Praça em frente à Usina do Gasômetro.

Mato Grosso do Sul


Em Dourados, município do interior do Mato Grosso do Sul, dezenas de pessoas saíram às ruas para exigir respeito aos direitos neste Sete de Setembro de 2017.

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