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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Luís Inácio

ficção e realidade

“Lula” da Silva


Quintino de Quadros Vieira


Lula pede que médico e assessor atendam homem que tentou invadir Planalto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva designou médico do Planalto e representante de seu gabinete para avaliarem a situação do homem que tentou invadir hoje a sede do Governo Federal. Identificado como Ângelo de Jesus, lavrador de Pindobaçu, Bahia, afirmou que caminhou por quatro dias, sem comer, para chegar até Brasília, Distrito Federal, e falar com o presidente Lula. Seis seguranças precisaram segurá-lo e retirá-lo do “hall” de entrada do edifício. De calça jeans, chinelo e camisa, foi algemado e levado para a frente do Palácio do Planalto. O lavrador afirmou ter o braço machucado e por isso a algema o machucaria. Disse ainda que tinha a perna quebrada e que era portador de hanseníase. Por diversas vezes, repetiu que só poderia falar com o presidente e gritava. “Presidente, socorre eu”. Aos policiais, afirmou ainda que “só sei falar com o presidente”. Ao ser rendido, disse também. “Policial, você tem mãe? Eu não sou bandido” e que pobre sofria muito. Os seguranças tentaram acalmá-lo, sem sucesso, e o lavrador foi levado ao Hospital Regional da Asa Norte. (Reportagem de Ana Paula Ribeiro, da Folha On-Line, em Brasília (DF), quinta-feira, 20 de setembro de 2007, às 12h e 22min. 

Era madrugada de quinta-feira, por volta das três horas da manhã. Lula e Marisa dormiam na residência presidencial. De repente, batem à porta da casa. Lula levanta do sono profundo. Caminha em direção à porta e abre. Vê um adulto de barba negra e enrolada, mas muito mal feita, magro, pele branca e rosada, camisa com os botões abertos, de calça jeans surrada e de chinelos. Com uma voz rouca, ele se identifica como Luiz Inácio - o “Lula” da Silva e do Brasil.
Sem entender direito, o presidente vai até a cozinha, pega pão e leite, volta à porta e entrega o lanche ao pedinte, que agradece a gentileza do companheiro. O presidente se despede do rapaz, retorna para a cama, deita novamente e rapidamente é abatido pelo sono dos deuses. Lula e Marisa acordam cedo, fazem sua rotineira caminhada matinal, tomam café e, antes das oito da manhã, já estão no Palácio do Planalto para mais um dia de serviço.
Ao meio-dia e meia, enquanto Marisa acessa a internet, Lula almoça. “Homem tenta entrar no Palácio do Planalto para conversar com o presidente. O homem era Ângelo de Jesus, lavrador de Pindobaçu, Bahia, e era negro, quase sem cabelo, estava de calça jeans, chinelo e camisa. Ele foi algemado por seguranças e levado para a frente do Palácio do Planalto”. É a notícia que Maria lê para Lula. Depois do almoço, o presidente faz sua sesta, sonha e se vê novamente como Luiz Inácio - o “Lula” da Silva e do Brasil. 


Quintino de Quadros Vieira é somente escritor


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