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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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domingo, 17 de setembro de 2017

Libertar brancos, mestiços, índios, negros e camponeses da escravidão moderna contemporânea complexa alienante

O livro “José Martí”, de Ricardo Nassif, tradução e organização de José Eduardo de Oliveira Santos, Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010, traz mais considerações a respeito dessa importante liderança da América, a nossa América. Escreveu “Meu Credo Pedagógico” e “A Escola e a Sociedade” com publicações entre 1897 e 1900. À página 30, referencia a fragmentação política que adveio das lutas bolivarianas de educação. À página 31, indica a política expansionista dos Estados Unidos. “Eu vivi no interior do monstro e conheço suas entranhas”, afirmava José Martí ao apontar para as políticas criminosas do “White anglo-saxon protestant” e “Wasp”, enaltecendo as elites plutocráticas estadunidenses.

José Martí participou da Conferência de Washington entre 1889 e 1890. Coincide com a Proclamação da República Brasileira. Atenta para “Los Dormidos”: o índio mudo, o negro marcado, o camponês marginalizado. Poucos ânimos demonstraram essas etnias pela atuação política institucional. Prefeririam a via própria de desenvolvimento, como o homem natural da terra que sabe unir trabalho manual e trabalho intelectual para uma maior libertação humana.

“A esses atores seria preciso sacudir, retirá-los do estado de letargia em que se encontravam” (...), devolver ao concerto humano interrompido a voz americana, que se congelou em hora triste na garganta de Netzahualcoyote e Chelam (...), descongelar, com o calor do amor, montanhas de homens (...)”, página 33.

Aqui já se pode perceber que, para Martí, trabalho educativo de tal envergadura - como de resto toda atividade que se queira pedagógica -, não se esgota nos conteúdos disciplinares, técnicos, científicos, mas estende-se no uso dos meios e recursos didáticos e, entre estes, um dos mais importantes é o amor.

José Julian Martí se contrapunha a Faustino Domingo Sarmiento. É urgente combater a ciência travestida de conteúdos ideológicos, pois induzia à proposição de hierarquizações culturais artificiais entre os povos.     

Tal posição se evidencia em texto-comentário sobre a educação nas escolas dos Estados Unidos à pergunta: de onde e de que maneira se atinge como resultado geral o formar crianças torpes e frias (...)? Vem do falso conceito de educação pública! Vem de um erro essencial no sistema de educação: da falta de espírito amoroso entre o corpo docente, vem, como todos esses males, da ideia mesquinha da vida que é aqui a corrosão nacional.

Vemos a todo instante crianças e adolescentes estadunidenses entrarem em cinemas, shoppings e escolas e metralhar colegas com tiros de nenhuma misericórdia. É a sociedade doente do meu bem estar social.  

Segundo a interpretação de Tina Garcia Muniz (2004, p. 304, apud Strik, 2008, p. 45): “O amor não tem em Martí um fundamento psicológico, mas cosmogônico. No universo, tudo é análogo, tudo se corresponde - a ordem da natureza, a ordem humana -, não por derivação unilateral, mas por ter uma raiz comum no amor”, acrescenta a nota de rodapé à página 37 com referência de Florestan Fernandes.       



Como exigir que um ser humano que só exerce o trabalho manual tenha uma educação formal se ele nasceu e foi instruído para ser o operário braçal social? Mas os meios de comunicação de massa (televisão aliada agora à internet) conseguem enquadrá-lo e alijá-lo do progresso dos meios de produção capitalistas. Passa a ser mero reprodutor/reificador de relações sociais desiguais, à semelhança de todo burguês.
  















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