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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Estive preso e vieste me visitar

Sobre doentes e sadios



Natelson Alves Coutinho*


Durante muito tempo, na história do Povo de Deus, acreditou-se que poderiam ficar enfermos os que tinham vivido uma vida libertina e os que estariam pagando por determinados erros cometidos no passado. A doença era uma maldição enviada por Deus aos que eram ou que foram injustos. Aos poucos, o Senhor foi interferindo nesse pensamento preconceituoso daqueles que se achavam os únicos admirados aos olhos de Deus. Eram os Fariseus ou Saduceus que se colocavam como uma raça mais evoluída e iluminada.

Ainda no Antigo Testamento, temos o testemunho do justo inocente Jó, que é submetido a provações. Mesmo falido, doente, arrasado e criticado pelos amigos, não aceita blasfemar o Santo Nome de Deus por causa da sua dor. E todo esse período de angústia e sofrimento serve para o enriquecimento de Jó na sua fé, reconhecendo em Javé a infinita transcendência da justiça e santidade.

Com a vinda do Filho do Homem, temos, portanto, a “hora e a vez” dos sofridos e doentes tanto de alma como de corpo. Todos os mitos que haviam a respeito de doentes e sadios foram desfeitos. O enfermo agora não é visto mais como sendo um sujo, amaldiçoado, “ou outra coisa do mesmo gênero”, por causa da doença. Por sua vez, os sadios não usam mais a saúde como garantia de se sentirem melhores para Deus do que os doentes.

Jesus Cristo, com sua morte e ressurreição, iluminou literalmente todos os nossos problemas, levando-nos à compreensão das diversas fases de nossa vida, possibilitando ainda a recompensa em seu reino aqueles seres humanos que perseveram no seu amor, não importando a difícil situação em que nos encontramos. É com base nesses ensinamentos de Jesus que os nossos sacerdotes e religiosas se fundamentam para encarar os problemas causados pelas doenças às quais temos exemplos em nossa Arquidiocese.

Não podemos aceitar que nossos corpos, quando saudáveis, transformem-se em meros instrumentos de prazer sem nenhuma utilidade para a promoção humana, como é proposto por muitos setores da mídia. Devemos nos tornar mecanismos de assistência e consolação dos aflitos. Fala-se muito no Bom Samaritano.

“Mas não é à toa” que ele deve ser sempre lembrado por nós como sendo aquele que devemos procurar imitá-lo. Percamos, pois, o receio de cuidar dos doentes. Eles nos ensinam muito. Jamais me esquecerei do que aprendi ao cuidar de um Tio que tinha câncer. Oremos pelos enfermos, em especial, pelos nossos padres e religiosos. “Se esquecermos dos doentes, somos nós os verdadeiros doentes e alienados” da sociedade brasileira.

                                                                         

*do Seminário Propedêutico São Pio X da Arquidiocese de Montes Claros        

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