por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com
A vida é um dom gratuito que Deus dá a cada um de nós. Nós somos valiosos aos olhos de Deus. Ele cuida de cada um de nós como uma boa mãe que cuida de seus filhinhos. O amor de Deus abraça o nosso ser por inteiro. Isto nos enche de alegria e gratidão a Deus. O amor de Deus supera barreiras, obstáculos e transborda a todo que o invocar. Deus quer que fiquemos em comunhão com Ele, pois sempre vem em nosso auxilio e socorro. A morte é vencida pela morte de cruz de Cristo. Através dela, Ele nos presenteou na sua ressurreição, com a vida eterna.
O santo padre, o papa Bento XVI, celebrou nessa quinta feira, 03 de novembro, missa pelos cardeais e bispos que, no último ano, "concluíram suas peregrinações terrenas": Urbano Navarrete, S.I.,Michele Giordano, Varkey Vithayathil, C.SS.R., Giovanni Saldarini, Augustín García-Gasco Vicente, Georg Maximilian Sterzinsky, Kazimierz Swiatek, Virgílio Noè, Aloysius Matthew Ambroziac e Andrzej Maria Deskur. Convidou todos os presentes a rezar animados pela fé na vida e no mistério da comunhão dos santos. Em sua homilia, fez reflexões sobre a ressurreição de Jesus, o mistério de sua morte e o despertar de sua vida imortal (1).
“Jesus foi ao encontro da paixão. Com decisão, pegou a via da cruz. Ele falava abertamente aos seus discípulos sobre aquilo que deveria acontecer em Jerusalém". E continuou. "O filho do homem será entregue nas mãos dos homens, e o matarão; e, morto, ele ressuscitará ao terceiro dia” (Mc 9, 31) e seus discípulos não entendiam esta palavra e receavam interrogá-lo.
“Nós também, diante da morte, não podemos não provar os sentimentos e pensamentos ditados em nossa condição humana. E assim se faz próximo a nós e nos surpreende”. Cristo assume até o fim nossa carne imortal para que essa seja investida da gloriosa potência de Deus, do vento do Espírito vivificante que a transforma e regenera” (1).
“Deus versou todo o seu amor como uma imensa cascata, que nos lembra a imagem contida no salmo 41: Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as ondas e vagas têm passado sobre mim. O abismo da morte é preenchido de um outro abismo, ainda maior, que é aquele do amor de Deus. Assim a morte não tem mais nenhum poder sobre Jesus Cristo (Rm 8,9), nem sobre aqueles que, pela fé e pelo Batismo, estão associados a Ele: Se morremos com Cristo, diz São Paulo, acreditamos que também viveremos com ele (Rm 8, 8). Este "Viver com Jesus" é o cumprimento da esperança de Oséias: ‘...e nós viveremos na sua presença’ (6, 2)” (1).
A intervenção “de Deus na história humana não obedece a nenhum ciclo natural, obedece somente à sua graça e sua fidelidade. A vida nova e eterna é fruto da árvore da cruz, uma árvore que floresce e frutifica pela luz e pela força que provém somente de Deus. Sem a cruz de Cristo, toda a energia da natureza permanece impotente diante da força negativa do pecado”. E terminou pedindo, pela intercessão de Nossa Senhora: “... que este mistério de comunhão, que preencheu toda a existência deles, se cumpra plenamente em cada um” (1).
Assim, animados nas palavras do papa e na fé que temos em Cristo, podemos caminhar na alegria e na esperança da ressurreição que é para todos que creem em Cristo vivo. A vida que Deus promete a cada um de nós é um fruto permitido através da paixão, morte e ressurreição. Pela desobediência a um pedido aos nossos primeiros pais, veio a morte e agora, pela obediência de um pedido de Deus a uma mulher que deu o seu sim dando o fruto da vida eterna que é Jesus.
Nele temos vida em abundância e podemos participar da vida eterna para sempre. O Reino de Deus é constituído por todos que seguem Jesus e vivem uma vida configurada a Ele, tornando-se santos e oferendas agradáveis a Deus para sempre na eternidade sempre feliz.
Amém!
(1) > www.zenit.org
Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.
Texto pensado, produzido e escrito em 04 de novembro de 2011
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