Evangelho de Jesus Cristo segundo
São Marcos 10, 13-16
Naquele tempo: 13Traziam crianças
para que Jesus as tocasse. Mas os discípulos as repreendiam. 14Vendo isso,
Jesus se aborreceu e disse: 'Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais,
porque o Reino de Deus é dos que são como elas. 15Em verdade vos digo: quem não
receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele.' 16Ele abraçava as
crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos.
Comentário do dia São Leão Magno
(?-c. 461), Papa, Doutor da
Igreja
Sermão 7 para a Epifania
«Deixai vir a Mim os pequeninos»
Cristo ama a infância que
primeiro assumiu na Sua alma, tal como no Seu corpo. Cristo ama a infância, que
ensina humildade, que é a norma da inocência e o modelo da mansidão. Cristo ama
a infância: orienta para ela a conduta dos adultos, para ela encaminha os
idosos, atrai ao seu exemplo aqueles que eleva ao reino eterno.
Mas, para compreendermos como é
possível chegar a tão admirável conversão e qual a transformação que nos é
necessária para termos uma atitude de crianças, deixemos São Paulo instruir-nos
e dizer-nos: «Não sejais crianças quanto à maneira de julgar; sede, sim,
crianças na malícia» (1Co 14,20). Não se trata, portanto, de regressarmos aos
jogos da infância, nem à falta de jeito dos inícios, mas de retirarmos da
infância algumas coisas que convêm aos anos da maturidade, isto é, de
apaziguarmos rapidamente as agitações interiores, de recuperarmos rapidamente a
calma, de esquecermos totalmente as ofensas, de sermos completamente
indiferentes às honras, de apreciarmos estar juntos, de mantermos a equanimidade
do humor como coisa natural. Com efeito, é um grande bem não saber incomodar e
não ter gosto pelo mal [...]; não pagar a ninguém o mal com o mal (cf Rm
12,17); é a paz interior das crianças que convém aos cristãos. [...] É essa
forma de humildade que nos ensina o Salvador Menino quando é adorado pelos
magos
fonte:
arautos@evangelhodiario.org
colaboração: Jose Benedito
Schumann Cunha
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