Nós agimos em Cristo e
comtemplamos a sua gloria no mundo
Queridos irmãos
e irmãs, estamos hoje na véspera do Domingo de pentecostes. Deus nos consola e
nos dá o Espirito Santo. Ele é que nos vai animar para a missão nesse mundo que
está na contramão da historia. Hoje percebemos que tudo caminha como se Deus
não existisse, isso traz confusão e uma desordem nas relações humanas. A
palavra de Deus deve nos levar ao compromisso de transformar a nossa realidade
de morte para a vida em abundancia em Deus. Os lábios de louvor a Deus devem
estar sincronizados com as mas que ajudam, que solidarizam e fazem o bem a
todos.(Jose Benedito Schumann Cunha)
Nos atos dos apóstolos
vemos Paulo, que é também cidadão romano que pediu recurso para a sua defesa
para Cezar, o imperador. Enquanto aguardava, teve a autorização de ficar na
casa particular com o vigia que o guardava. Ele falou aos lideres judeus que
nada fez contra as tradições judaicas e nem ao seu povo, mesmo assim foi preso
e algemado e entregue nas mãos de romanos. Eles queriam me soltar, mas judeus
não, por isso ele apelou a Cesar como está escrito: Mas os judeus se opuseram e eu
fui obrigado a apelar para César, sem nenhuma intenção de acusar minha nação. É,
por isso, que eu pedi para ver-vos e falar-vos, pois estou carregando estas
algemas exatamente por causa da esperança de Israel. (Jose Benedito
Schumann Cunha)
Paulo ficou três
anos em Roma e lá ele evangelizava em nome de Jesus todos que o procurava.
Falava com coragem e sem medo, pois Jesus é Salvador da humanidade. Ele é o
senhor da nossa historia. (cf. At 28, 16-20.30-31). Nós podemos repetir com
muita alegria e certeza o salmo 11 que é: Deus está no templo santo e no céu tem o seu
trono; volta os olhos para o mundo, seu olhar penetra os homens. Examina o
justo e o ímpio e detesta o que ama o mal. Porque o justo é nosso Deus, o
Senhor ama a justiça. Quem tem reto coração há de ver a sua face. (Jose
Benedito Schumann Cunha)
O evangelista
João nos fala da cena que aconteceu na
ultima ceia com Jesus onde Pedro fez a pergunta quem ia entregar Ele e ainda O perguntou
: o que seria daquele discípulo mais jovem, mas Jesus responde, dizendo: 'Se eu
quero que ele permaneça até que eu venha, o que te importa isso? Tu, segue-me!'.
Jesus nos conhece e dá a cada um aquilo que Ele achar melhor para nós. João
ainda nos fala que Jesus fez muita coisa que não caberia em livros no mundo.
Aqui meus irmãos e irmãs, o que não esta escrito nos evangelhos ficaram na
memoria da tradição da Igreja que foram e é transmitidas através do Magistério
dela, pois esta autoridade foi dada por Jesus a Pedro e a todos os seus
sucessores. (cf. Jo 21, 20-25)
Assim, meus
irmãos e irmãs, a Igreja se faz presente no mundo, orientando-nos para o
caminho que nos leva a vida plena que é Jesus Cristo. (Jose Benedito Schumann
Cunha)
Segue o comentário ao Evangelho
do dia feito por Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) Doutor
da Igreja - Sermões sobre o Evangelho de João - n º 124, 5-7; CCL 36, 685 Pedro
e João, da ação à contemplação:
A
Igreja tem duas vidas preconizadas e recomendadas por Deus. Uma delas é na fé,
a outra na visão; uma na peregrinação no tempo, a outra na morada da
eternidade; uma no trabalho, a outra na quietude; uma no caminho, a outra na
pátria; uma no esforço da ação, a outra na recompensa da contemplação. [...] A
primeira é representada pelo apóstolo Pedro, a segunda por João. A primeira
decorre inteiramente na terra até ao fim do mundo, e depois acaba. A segunda só
encontrará a sua plenitude depois do fim do mundo, e não terá fim no mundo que
há-de vir.
Foi
por isso que Jesus disse a Pedro: «Segue-Me», e acerca de João: «Eu quero que
ele fique até Eu voltar. Que tens tu com isso? Tu, segue-me.» [...] Que a tua
acção Me siga, perfeita e modelada no exemplo da Minha Paixão; que a
contemplação começada permaneça até Eu voltar, e torná-la-ei perfeita quando
voltar. Porque este fervor vigoroso que se mantém firme até à morte segue
Cristo; e este conhecimento que então será revelado em plenitude permanece até
ao retorno de Cristo. Aqui, na terra dos mortais, temos de suportar os males
deste mundo; lá, contemplaremos os bens do Senhor na terra dos vivos (Sl
26,13). [...]
Portanto,
que ninguém separe estes dois gloriosos apóstolos um do outro; porque ambos
foram o que Pedro simboliza e ambos serão o que João representa.
Que a Igreja
seja sempre sinal do amor de Deus agindo no meio de nós na força do Espirito
Santo. Formamos a Igreja viva no bom testemunho dos cristãos no mundo e através
dele, o mundo creia em Cristo e assume o compromisso de evangeliza-lo para que
o bem vença o mal sempre. Amém (Jose Benedito Schumann Cunha)
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