Devemos ser construtores de pontes
Queridos irmãos
e irmãs, Deus nos fez para sermos irmãos uns dos outros, embora esse mundo,
muitas vezes, tornou-se hostil e cheio de obstáculos para que o amor
desinteressado prevaleça. Tudo é individualizado e parece que não há lugar para
o entendimento diálogo, perdão, partilha e solidariedade.
O mundo carece
de mãos que se apertam, de trabalhos mútuos, de mutirões que levam a construção
de realidade melhor para todos, especialmente aos carentes e excluídos desse
mundo. Precisamos resgatar a singeleza dos gestos simples que alimenta a paz, a
justiça e o perdão. Se ficarmos em nosso mundo egoísta e não deixar que outro
entre e possa ocupar um lugar especial em nosso coração humano que deve estar
sempre aberto.
O diferente, o
rebelde, o delinquente, o anarquista e o excluído devem encontrar um lugar de
aconchego em nossos corações onde possam transformar as suas vidas em belas
vidas que constroem jardins que florescem e animam a pessoas a viverem bem.
A sociedade contemporânea
está acostumada à rapidez, a ter tecnologia moderna e avanços que deveriam
estar a serviço da pessoa humana para que ela se aproxime da outra como irmãos
e irmãs, dando sentido na jornada que fazemos nesse mundo.
Os muros das
divisões devem ser substituídos por caminhos que levam ao dialogo e
entendimento. As discórdias possam ser amenizadas nas nossas atitudes de mãos
que estendam para o dialogo que dá fruto do bem em tudo que fizermos. Que as
casas, que as Igrejas, que as escolas, que as famílias, que a sociedade e que
todos encontrem na vivência humana o projeto da felicidade e do amor que Deus
tem para cada ser humano nesse mundo em vista da eternidade com Ele para sempre.
O jardim do mundo floresce na gota da agua que se cai com a nossa disposição de
viver bem com todos. Assim, vamos sempre construir pontes que levam a vida para
todos.
Segue esse conto (de autor
desconhecido) que podemos tirar uma lição para nossa vivencia conosco e com os
outros:
Dois
irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho,
entraram em conflito. O que começou com um pequeno mal-entendido, explodiu numa
troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.
Numa manhã, o irmão mais velho
ouviu baterem à sua porta. - Estou procurando trabalho. Sou carpinteiro. Talvez
você tenha algum serviço para mim.- Sim, disse o fazendeiro. Claro! Vê aquela
fazenda ali, além do riacho? É do meu irmão mais novo.
Nós
brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira ali no
celeiro? Pois use para construir uma cerca bem alta.- Acho que entendo a
situação, disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos. O irmão
mais velho entregou o material e foi para a cidade. O homem ficou ali,
trabalhando o dia inteiro.
Quando
o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez da cerca, uma ponte foi
construída ligando as duas margens do riacho. Era um belo trabalho, mas o
fazendeiro ficou enfurecido: - Você foi atrevido construindo essa ponte depois
de tudo que lhe contei!
Mas, ao olhar novamente para a
ponte, viu o seu irmão se aproximando de braços abertos. Mas permaneceu imóvel
do seu lado do rio. O irmão mais novo então falou: - Você realmente foi muito
amigo construindo esta ponte mesmo depois do que eu lhe disse. De repente, o
irmão mais velho correu na direção do outro e abraçaram-se no meio da ponte.
O
carpinteiro começou a fechar a sua caixa de ferramentas. - Espere, fique
conosco! Tenho outros trabalhos para você! E o carpinteiro respondeu: - Eu
adoraria, mas tenho outras pontes a construir... Como as coisas seriam mais
fáceis se parássemos de construir cercas e construíssemos pontes com nossos
semelhantes e principalmente nossos inimigos... Muitas vezes desistimos de quem
amamos por causa de mágoas e mal-entendidos. Deixemos isso de lado. Ninguém é
perfeito, mas alguém tem que dar o primeiro passo.
Que este conto
nos ajude a sempre criar pontes e não muros de separação e desse modo o mundo
torna-se mais fraterno, humano e cheio de amor que leva a paz e a concórdia
sempre com todos.
Bacharel em
teologia e filósofo Jose Benedito
Schumann Cunha
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