Queridos irmãos e irmãs, o
acontecimento do domingo de ramos que teve uma multidão de pessoas, clamando
Jesus Rei em um Hosana nas alturas com ramos verdes para Aquele que fez muita
coisa de bem para as pessoas em período de três anos de missão recebida de Deus
Pai, foi abafado depois nos gritos de condenação de alguns na frente de Pilatos na sexta -feira daquela semana.
A cidade estava se preparando para a festa da Pascoa, que é um grande
acontecimento religioso para o Povo judeu. Jesus entra montado em um jumento e
foi aclamado pelo povo, mas eles não entenderam o gesto de ir de Jesus a Jerusalém.
Jesus sabia o que ia acontecer com Ele lá e não temeu, mas povo achava que Ele
seria o Rei nos moldes que todos concebiam.
O reinado de Cristo se faz nos
gesto de amar e de doar-se tudo para a salvação da humanidade e fazê-la ver o que é mais
importante nesta vida viver em vista da eternidade com Ele. O paraíso foi
perdido pelo pecado de Adão e Eva, mas foi recuperado e resgado pelo amor de
Maria, a nova Eva, que soube entender o plano de Deus em seu Filho Jesus, o
novo Adão, mas tinha que ser na cruz, que é produto da arvore seca. Esta cruz
será um sinal permanente de amor-doação de Jesus, nosso Salvador. Um artefato para matar bandidos, agora
foi usado para calar e aniquilar o homem-Deus. Esta morte injusta é fruto do
desamor das pessoas para a verdadeira verdade
que é Deus.
Não se concebe o mal, pois ele não tem valor se existir o bem em cada um de nós. Não podemos fechar os nossos ouvidos a Deus e viver como que Ele não existisse, praticando o egoísmo, o individualismo, o materialismo, a opulência, a injustiça e tudo que nos aniquila como filho e filha de Deus.
As nossas vozes devem ser sempre
em defesa da vida, do amor, da paz, da fraternidade, da solidariedade e da partilha
de dons. Não podemos ter duas vozes, uma para a vida e outra para a morte. Segue abaixo um texto de São
Bernardo que nos ajuda a refletir o que aconteceu naqueles dias em Jerusalém
onde foi o palco de euforia, de injustiça, de condenação e de morte, mas também da gloriosa Ressurreição de Cristo.
“Como eram diferentes umas vozes e outras! Fora, fora, crucifica-o e
bendito o que vem em nome do Senhor, Hosana nas alturas! Como são diferentes as
vozes que agora o aclamam Rei de Israel e dentro de poucos dias dirão: Não
temos outro rei além de César! Como são diferentes os ramos verdes e a Cruz, as
flores e os espinhos! Àquele a quem antes estendiam as próprias vestes, dali a
pouco o despojam das suas e lançam a sorte sobres elas.” (São Bernardo)
Assim, meus queridos irmãos e irmãs,
três dias se passaram da crucificação, Jesus ressurge vitorioso no domingo e nos
presenteia com a possibilidade de alcançar a vida eterna se aderirmos a Ele
completamente, pois somos salvos no sangue derramado na cruz por Jesus.
É Pascoa, Jesus está vivo e é
nossa alegria. Agora a morte não tem mais a ultima voz. Temos vida no Filho de
Deus. Amém
Bacharel em teologia Jose
Benedito Schumann Cunha
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