Seguir Jesus é seguir o caminho da cruz

 Seguir Jesus é seguir o caminho da cruz

Queridos irmãos e irmãs em Cristo, estamos celebrando neste domingo o 22° Domingo do Tempo Comum. A liturgia nos ajuda a entender e descobrir a “loucura da Cruz” e ela nos apresenta dois exemplos significativos que são: Jeremias e Pedro.

 No Livro de Jeremias, nos faz ver claramente como ele teve que enfrentar a cruz na sua missão de profeta. Sua vida foi marcada de solidão, sofrimento, perseguição. Isso tudo fez com ele pensasse desistir da missão, mas ele sentiu dentro dele um fogo ardente que o penetrava.

É uma crise existencial que acontece conosco também. Será que vale a pena seguir Deus e correr esses riscos? A missão de Deus a ele e a nós faz com que enfrentemos tudo isso, mas quem nos conforta e dá ânimo é Deus. A cruz da missão está ligada na Palavra profética que Deus confiou a ele e a nós também na nossa vida de comunidade cristã. O que não nos faz desistir é a paixão na Palavra de Deus e isso aconteceu a Jeremias. É a coerência da vivência íntima com Deus. (cf. Jr 20,7-9)

A carta aos Romanos, Paulo nos convida a dar vida ao chamado de Jesus. Se possível até a nossa vida. Isso vemos na vida de muitos santos que crendo em Deus deram a vida no testemunho a Cristo, dando a sua vida por causa de Cristo e do seu Reino. O culto agradável está intimamente ligado ao sacrifício do testemunho de vida e fé em Cristo. Isso é agradável a Deus. (cf. Rm 12,1-2)

O evangelista Mateus nos fala que Jesus anuncia a sua Paixão e cruz. Ele ainda diz que esse é o caminho dos seguidores Dele. Mas Pedro não aceita e rejeita tal situação. Por isso Jesus diz: "Afasta-se de mim, Satanás... não pensas as coisas de Deus...”.

 

Infelizmente até hoje não aceitamos a cruz da missão porque queremos uma Igreja só de vitória nesse mundo, mas isso não condiz com a vida de Cristo no mundo. Não há Igreja sem sacrifício e cruz. Jesus ainda nos exorta dizendo: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua CRUZ e me siga".

Como podemos fazer isso? A resposta é não ser egoísta, não procurar ter sucesso na ostentação, ser humilde, assumir as cruzes da missão. Procurar abrir aos outros, ser uma Igreja de saída. Buscar os que mais precisam de nossa ajuda que são os pobres, os marginalizados, os doentes, os idosos abandonados e os que estão às margens do mundo devido ao sistema que exclui pessoas e as faz objetos de seus interesses. (cf. Mt 16,21-27)

A fé é a força que sustenta nesses momentos difíceis das cruzes que devemos carregar, suportar por causa de Cristo e do seu Reino. Não há caminho fácil para quem quer seguir Jesus. Um ditado nos fala: o pouco com Deus é muito e muito sem Ele é nada, A cruz de Cristo não é causa de vergonha e desonroso, mas salvação e libertação. Na cruz, Jesus nos deu um grande parente que é a liberdade e a possibilidade de todos entrarem no céu se seguí-Lo fielmente e com a força da sua Palavra e da Eucaristia que dá vida em abundância.

 Que esta liturgia nos ajude a compreender que a vida só tem sentido se somos verdadeiramente servos Dele e ter alegria de servir mesmo nos momentos de dor, de sofrimento e perseguição. Viva Cristo em nós como a chave que leva ao caminho verdadeiro que dá vida e sentido a nossa vida.

 Tudo por Jesus nada sem Maria! Servus Christi semper!!!

Jose B. Schumann Cunha