Muito se comenta sobre os jornalistas contratados pela Prefeitura de Montes Claros. Muito se diz que a maior parte dos jornalistas que trabalham nos diários montes-clarenses tem um papel na administração atual. Mas ninguém comenta a precariedade que é exercer o jornalismo em Montes Claros: a competição com estagiários do curso de jornalismo local, os baixos salários da categoria na região, a eterna discussão entre jornalistas provisionados e diplomados, dentre outras causas da desvalorização destes profissionais.
Transferir responsabilidades é muito mais fácil do que assumir obrigações. Deve ser por isso que o amadorismo ainda impera na maior parte das redações da cidade - salvam-se raríssimas exceções. Se os jornalistas deste município não partirem para o confronto e continuarem submissos aos patrões dos jornais, que não entendem de jornalismo, muito menos de publicidade e propaganda, e menos ainda de comunicação social, a tendência é Montes Claros permanecer no marasmo jornalístico.
Se Montes Claros foi eleita uma das cidades mais dinâmicas do país, o certo é que nossos jornais diários não seguem esse dinamismo. Menosprezando seus profissionais e os seus leitores, nossos jornais vão sempre servir para embrulhar peixes (o que, de acordo com a medicina, é desaconselhável), porém servem muito pouco para (in)formar cidadãos.
ALVORADA
O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)
Frase
"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)
Fatos
Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...
sábado, 20 de setembro de 2008
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Matéria de jornal
Um dos três diários de Montes Claros, o "Jornal de Notícias" publica nesta quinta-feira matéria veiculada no site da Arquidiocese de Montes Claros - www.arquimoc.org.br -, em 14 de setembro de 2008, domingo, Dia da Exaltação da Santa Cruz, sob os títulos "Espaço eclesial não é boca-de-urna", afirma Padre em debate com candidatos a vereador e Em debate no Grande Santos Reis, candidato a vereador pede trabalho unido. O jornal força a barra na interpretação dos textos.
A chamada de capa da matéria no "Jornal de Notícias" desta quinta é uma verdadeira viagem. Em nenhum momento dos textos, a Pastoral da Comunicação Arquidiocesana cita estimativa de público do debate. No entanto, o periódico montes-clarense inventa, imagina e publica este título na primeira página: "Lotação máxima no debate de vereadores no Grande S. Reis". Os editores do jornal concluíram, através de fotografias que lhes enviamos de uma senhora que chegou no final do evento e que foi citada pelo candidato a vereador Sebastião Prisilino (PDT), que o lugar onde foi o debate estava lotado.
Muita viagem. Forçaram a barra demais. Com as oito imagens que enviamos ao "Jornal de Notícias" por e-mail, anexamos a legenda: "Da janela da Associação dos Bairros Santa Eugênia e Eldorado, em Montes Claros, Dona Lió observa debate com candidatos a vereador". Após a leitura das matérias e das fotos, utilizando o bom senso social e jornalístico, não dá nunca para concluir que o debate no Grande Santos Reis lotou. E conclusão em notícias quem tira é o leitor.
A chamada de capa da matéria no "Jornal de Notícias" desta quinta é uma verdadeira viagem. Em nenhum momento dos textos, a Pastoral da Comunicação Arquidiocesana cita estimativa de público do debate. No entanto, o periódico montes-clarense inventa, imagina e publica este título na primeira página: "Lotação máxima no debate de vereadores no Grande S. Reis". Os editores do jornal concluíram, através de fotografias que lhes enviamos de uma senhora que chegou no final do evento e que foi citada pelo candidato a vereador Sebastião Prisilino (PDT), que o lugar onde foi o debate estava lotado.
Muita viagem. Forçaram a barra demais. Com as oito imagens que enviamos ao "Jornal de Notícias" por e-mail, anexamos a legenda: "Da janela da Associação dos Bairros Santa Eugênia e Eldorado, em Montes Claros, Dona Lió observa debate com candidatos a vereador". Após a leitura das matérias e das fotos, utilizando o bom senso social e jornalístico, não dá nunca para concluir que o debate no Grande Santos Reis lotou. E conclusão em notícias quem tira é o leitor.
sábado, 13 de setembro de 2008
"Te amamos, professora"
Ser juiz eleitoral não é fácil. Em Montes Claros então, que o diga. Ainda mais se for para passar vergonha, ser ridicularizado e o pior... ter a justiça usada de chacota no outro dia. Pois bem, aconteceu. E numa biblioteca pública. Rapaz, inacreditável o que não faz a política. Bastou alguns xerox de uma notícia veiculada por um órgão de imprensa da cidade, com a lista de nomes sujos na Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) que alertam em quem votar, estar nas mãos de um jovem na biblioteca, que a turma dos dois citados pela AMB trataram de o acusar de estar panfletando.
Sacaneado até, ele teve que ir embora. Mas o melhor estava por acontecer. Um armário. Um armário com cadeados. E um juiz em casa. Não deu outra. A turma dos dois candidatos com processos nas costas, chamaram um deputado - inclusive citado no mensalão mineiro -, para tirar o juiz de casa. Então ele chegou. De madrugada, num prédio público ocupado. Estragou sua sexta-feira. E ainda bem quem era 12. Ficou evidente que a manifestação era livre. Nada havia sido distribuído. Mas a culpa é do armário.
Mas o cidadão não é obrigado a votar em candidato ficha suja. O cidadão consciente deve carregar em sua bolsa um bom livro, um caderno de anotações, o xerox para os amigos com notícia de verdade, porque se não quero errar, também não quero que eles errem. Pô... acredito na Associação dos Magistrados do Brasil. Ao contrário daquele vereador que... disse não se tratar de uma entidade séria. É por isso que não voto em quem está na lista da AMB. E também não gosto de pombos e muito menos de correio.
E olha que o xerox era de um jornal, comprado por todos nas bancas. A casa do povo invadida e arrombada de madrugada. Que vergonha. Quando o chaveiro chegou: UAU!!!!!!!!! Depois de arrombar fechaduras e cadeados, na presença de 30 policiais, 20 assessores, fotógrafos, filmadores e o juiz... eis o flagra: uma linda aquarela de uma criancinha de seis anos e um sitiozinho feito a lápis de cor, de um outro aluno de sete anos. Que flagrante! Além disso, um girassol feito a giz de cera, e a maior surpresa: uma cartolina amarela dizendo: "te amamos, professora".
Moral da história: Viva a democracia, mesmo que caduca.
- autoria desconhecida -
texto recebido por e-mail
Sacaneado até, ele teve que ir embora. Mas o melhor estava por acontecer. Um armário. Um armário com cadeados. E um juiz em casa. Não deu outra. A turma dos dois candidatos com processos nas costas, chamaram um deputado - inclusive citado no mensalão mineiro -, para tirar o juiz de casa. Então ele chegou. De madrugada, num prédio público ocupado. Estragou sua sexta-feira. E ainda bem quem era 12. Ficou evidente que a manifestação era livre. Nada havia sido distribuído. Mas a culpa é do armário.
Mas o cidadão não é obrigado a votar em candidato ficha suja. O cidadão consciente deve carregar em sua bolsa um bom livro, um caderno de anotações, o xerox para os amigos com notícia de verdade, porque se não quero errar, também não quero que eles errem. Pô... acredito na Associação dos Magistrados do Brasil. Ao contrário daquele vereador que... disse não se tratar de uma entidade séria. É por isso que não voto em quem está na lista da AMB. E também não gosto de pombos e muito menos de correio.
E olha que o xerox era de um jornal, comprado por todos nas bancas. A casa do povo invadida e arrombada de madrugada. Que vergonha. Quando o chaveiro chegou: UAU!!!!!!!!! Depois de arrombar fechaduras e cadeados, na presença de 30 policiais, 20 assessores, fotógrafos, filmadores e o juiz... eis o flagra: uma linda aquarela de uma criancinha de seis anos e um sitiozinho feito a lápis de cor, de um outro aluno de sete anos. Que flagrante! Além disso, um girassol feito a giz de cera, e a maior surpresa: uma cartolina amarela dizendo: "te amamos, professora".
Moral da história: Viva a democracia, mesmo que caduca.
- autoria desconhecida -
texto recebido por e-mail
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Os conceitos mudam...
Nesta sociedade "pós-moderna", parece-nos que os conceitos transcendentais, como a honestidade, o trabalho e a recompensa a longo prazo, estão cada vez mais perdendo o valor. Hoje as "virtudes" mais admiradas no ser humano são o dinamismo, a capacidade de ser "carismático" e o tal do empreendedorismo (entendido como a habilidade de fazer as coisas acontecerem à velocidade da luz, rapidamente, não importando os meios utilizados para isso).
A data de 27 de agosto de 2008 traz à memória o falecimento de Dom Hélder Pessoa Câmara que, em 07 de fevereiro de 2009, completaria 100 anos de vida, caso a morte não o tivesse levado à plenitude eterna. Contudo, a obra de Dom Hélder permanece entre nós. Um desses trabalhos é o livro "Um Olhar Sobre A Cidade" (2ª Edição - Editora Civilização Brasileira - 1977). Esse livro é uma coletânea de uma série de crônicas que o então Arcebispo de Olinda e Recife lia "todas as manhãs ao microfone da Rádio Olinda". Eis uma dessas crônicas. O título dela é...
"Fazer tudo bem...
Dar o máximo...
Trabalhar sempre com alma
e com toda a alma,
quer se trate
de conduzir às estrelas
uma nave espacial
ou de fazer
uma simples ponta de lápis.
Fazer tudo bem: é um dos maiores louvores que o Evangelho faz de Cristo.
Não faça nada mal feito, mal acabado. Saiba que nenhum trabalho desonra e todo trabalho pode ser um louvor a Deus.
Um dia, um gari da limpeza pública carregava uma lata de lixo que tinha um cheiro insuportável. Esperei que ele jogasse o lixo no caminhão e quis aperta-lhe a mão. Ele não queria, de modo algum, que eu lhe segurasse a mão, achando que ela estava suja. Expliquei, com absoluta sinceridade, que trabalho nenhum suja a mão humana. Suja a mão sim roubar, derramar sangue do próximo, não trabalhar por falta de coragem e malandragem... Claro que não trabalhar sem culpa, depois de procurar trabalho por toda parte, não é desonra nenhuma: é sofrimento!
Um dia, um garoto insistiu que o deixasse engraxar meus sapatos e eu, pensando em ajudá-lo, deixei. Comovi-me contemplando o pequenino herói. Tão criança, na idade em que as crianças brincam e vão à escola, ele estava ali, conquistando, honestamente, o dinheiro para a avó enferma, de quem é arrimo. E como deixou brilhantes os meus sapatos!
Voltemos a lembrar: se depender de você, não faça nada mal feito. Tem que fazer uma ponta de lápis? Que ela não saia rombuda e feia...
Seu trabalho é na cozinha? Por mais pobre que seja a Família, tome conta da panela como certamente Nossa Senhora fazia em casa de Santa Isabel e na sua própria casa de Nazaré.
Não é só trabalho importante que deve ser feito com alma. Em um Hospital, não basta que o médico seja fabuloso: a telefonista tem que estar alerta; o pessoal da portaria tem que ser acolhedor e amigo; as enfermeiras e ajudantes de enfermagem, os serventes, a turma da limpeza e da cozinha. Todos e todas...
Ah! Se cada um de nós desse conta de seu dever, sem jogar o trabalho em cima dos outros, sem desleixar, sem fazer cera, sem enrolar...
O mundo tomaria jeito diferente, se cada um, em trabalho importante ou simples, compreendido ou incompreendido, cumprisse o dever com toda a alma. Erros, injustiças, a gente procura reclamar na hora exata. Mas só tem força moral para reclamar, quem cumpre o dever para ninguém botar defeito. Só é invencível, quem se sabe e se sente dentro do plano de Deus, participando do trabalho sagrado de dominar a natureza e completar a Criação" (páginas 23 e 24).
A data de 27 de agosto de 2008 traz à memória o falecimento de Dom Hélder Pessoa Câmara que, em 07 de fevereiro de 2009, completaria 100 anos de vida, caso a morte não o tivesse levado à plenitude eterna. Contudo, a obra de Dom Hélder permanece entre nós. Um desses trabalhos é o livro "Um Olhar Sobre A Cidade" (2ª Edição - Editora Civilização Brasileira - 1977). Esse livro é uma coletânea de uma série de crônicas que o então Arcebispo de Olinda e Recife lia "todas as manhãs ao microfone da Rádio Olinda". Eis uma dessas crônicas. O título dela é...
"Fazer tudo bem...
Dar o máximo...
Trabalhar sempre com alma
e com toda a alma,
quer se trate
de conduzir às estrelas
uma nave espacial
ou de fazer
uma simples ponta de lápis.
Fazer tudo bem: é um dos maiores louvores que o Evangelho faz de Cristo.
Não faça nada mal feito, mal acabado. Saiba que nenhum trabalho desonra e todo trabalho pode ser um louvor a Deus.
Um dia, um gari da limpeza pública carregava uma lata de lixo que tinha um cheiro insuportável. Esperei que ele jogasse o lixo no caminhão e quis aperta-lhe a mão. Ele não queria, de modo algum, que eu lhe segurasse a mão, achando que ela estava suja. Expliquei, com absoluta sinceridade, que trabalho nenhum suja a mão humana. Suja a mão sim roubar, derramar sangue do próximo, não trabalhar por falta de coragem e malandragem... Claro que não trabalhar sem culpa, depois de procurar trabalho por toda parte, não é desonra nenhuma: é sofrimento!
Um dia, um garoto insistiu que o deixasse engraxar meus sapatos e eu, pensando em ajudá-lo, deixei. Comovi-me contemplando o pequenino herói. Tão criança, na idade em que as crianças brincam e vão à escola, ele estava ali, conquistando, honestamente, o dinheiro para a avó enferma, de quem é arrimo. E como deixou brilhantes os meus sapatos!
Voltemos a lembrar: se depender de você, não faça nada mal feito. Tem que fazer uma ponta de lápis? Que ela não saia rombuda e feia...
Seu trabalho é na cozinha? Por mais pobre que seja a Família, tome conta da panela como certamente Nossa Senhora fazia em casa de Santa Isabel e na sua própria casa de Nazaré.
Não é só trabalho importante que deve ser feito com alma. Em um Hospital, não basta que o médico seja fabuloso: a telefonista tem que estar alerta; o pessoal da portaria tem que ser acolhedor e amigo; as enfermeiras e ajudantes de enfermagem, os serventes, a turma da limpeza e da cozinha. Todos e todas...
Ah! Se cada um de nós desse conta de seu dever, sem jogar o trabalho em cima dos outros, sem desleixar, sem fazer cera, sem enrolar...
O mundo tomaria jeito diferente, se cada um, em trabalho importante ou simples, compreendido ou incompreendido, cumprisse o dever com toda a alma. Erros, injustiças, a gente procura reclamar na hora exata. Mas só tem força moral para reclamar, quem cumpre o dever para ninguém botar defeito. Só é invencível, quem se sabe e se sente dentro do plano de Deus, participando do trabalho sagrado de dominar a natureza e completar a Criação" (páginas 23 e 24).
domingo, 24 de agosto de 2008
Menos mal
As Olimpíadas de Pequim terminaram neste domingo - 24 de agosto de 2008. Na última postagem deste "diário" virtual, comentamos antecipadamente a medalha de bronze que a seleção brasileira de futebol masculina ganharia nos jogos olímpicos. Depois de sofrer os três primeiros gols nestas Olimpíadas na semifinal dos jogos contra a arquirival Argentina, a seleção foi eliminada da final e foi disputar o bronze com a Bélgica. Resultado: 3 X 0 para os brasileiros que, ao contrário das Olimpíadas de Atlanta (1996), nos Estados Unidos, esperaram a final entre Nigéria e Argentina para cumprir o que exige o espírito olímpico.
Em 1996, a seleção brasileira disputou o bronze com o selecionado português e venceu por 5 a 0. Recebeu a premiação logo após o jogo e demonstrou visivelmente uma falta de esportividade. Naquele ano, a final foi feita também por Nigéria e Argentina. Em 1996, os nigerianos levaram o ouro. Em 2008, os argentinos conquistaram o bi-campeonato olímpico. Para os "problemas" atuais que a seleção de futebol masculina enfrenta, terminar as Olimpíadas de Pequim com um mínimo de senso esportivo foi a melhor coisa que poderia acontecer. Sorte para Dunga e jogadores, e paciência para os brasileiros e as brasileiras que gostam de bom futebol.
Em 1996, a seleção brasileira disputou o bronze com o selecionado português e venceu por 5 a 0. Recebeu a premiação logo após o jogo e demonstrou visivelmente uma falta de esportividade. Naquele ano, a final foi feita também por Nigéria e Argentina. Em 1996, os nigerianos levaram o ouro. Em 2008, os argentinos conquistaram o bi-campeonato olímpico. Para os "problemas" atuais que a seleção de futebol masculina enfrenta, terminar as Olimpíadas de Pequim com um mínimo de senso esportivo foi a melhor coisa que poderia acontecer. Sorte para Dunga e jogadores, e paciência para os brasileiros e as brasileiras que gostam de bom futebol.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
O ouro já é delas
Nesta quinta-feira, 21 de agosto de 2008, às 10h (horário brasileiro), quando celebramos a memória litúrgica de São Pio X, padroeiro secundário da Arquidiocese de Montes Claros, a seleção feminina de futebol enfrenta os Estados Unidos pela disputa da medalha de ouro nas Olimpíadas de Pequim. Mesmo se a conquista olímpica não vier, a medalha de prata para a seleção feminina tem valor de ouro. Já a seleção masculina de futebol, que enfrenta a Bélgica pela disputa da medalha de bronze, precisa de uma maior conscientização do que é ter espírito olímpico. Se essa seleção ganhar o bronze, será uma medalha com gosto de lata, infelizmente.
sábado, 2 de agosto de 2008
Frase de jornal
Eu sou queria saber o porquê que eles cismaram comigo. Com tanta maldade sendo feita com os animais, eles querem que eu, que estou doente, assista a palestras sobre o que mais sei na vida, que é cuidar do meio ambiente. Fui criada na roça, tenho carinho e amor pela natureza. Eles deveriam era propor essa pena àqueles que estão desmatando a nossa Amazônia.
Maria José Araújo, de 73 anos, aposentada, condenada em junho pelo Juizado Especial Criminal, em Belo Horizonte, por criar ave em casa sem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Sem o conhecimento do Ibama, a criação de aves em residências é crime com multa de R$ 415,00 ou prestação de serviços comunitários. Dona Maria gasta com plano de saúde R$ 311,00. Sua renda aumenta mais graças à aposentadoria do marido.
> Jornal "Estado de Minas", sábado, 19 de julho de 2008
Caderno Gerais, página 22
Maria José Araújo, de 73 anos, aposentada, condenada em junho pelo Juizado Especial Criminal, em Belo Horizonte, por criar ave em casa sem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Sem o conhecimento do Ibama, a criação de aves em residências é crime com multa de R$ 415,00 ou prestação de serviços comunitários. Dona Maria gasta com plano de saúde R$ 311,00. Sua renda aumenta mais graças à aposentadoria do marido.
> Jornal "Estado de Minas", sábado, 19 de julho de 2008
Caderno Gerais, página 22
sábado, 19 de julho de 2008
Modesta Proposta Número Três
Ontem à noite, o canal de TV a cabo ESPN Brasil passou mais um programa "A Caminho de Pequim", em alusão ao grande evento olímpico que se aproxima. Dentre as várias reportagens, uma frase de um economista chama a atenção. "O Brasil é muito bom no futebol, mas precisa investir na diversificação do esporte". Fica a sugestão. Que o nosso país, estados e municípios saibam valorizar seus tenistas, nadadores, jogadores de vôlei, basquete, etc.
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Fila: entre o banco e a farmácia
Eram 14h quando saí de casa nesta segunda-feira, 07 de julho de 2008, para pagar a fatura deste mês da assinatura do jornal “Folha de São Paulo”. Fui ao Banco Bradesco, agência da área central de Montes Claros, para fazer o pagamento da conta. E quando penso que nada mais me surpreende, eis que me deparo com duas gigantes filas no banco. A fila convencional - para pessoas “normais” -, parecia uma enorme centopéia sem fim. A fila reservada para pessoas idosas, gestantes, mães com crianças no colo, deficientes parecia cria dessa centopéia. O pior: todo mundo em pé à espera de atendimento. Enquanto outros bancos tentam atender melhor os clientes com a instalação de cadeiras em suas agências, o Bradesco insiste em manter a clientela em pé.
Nessa situação, cenas simples surpreendem qualquer olhar humano por mais que a rotina massante tente normalizar tudo. Gente reclamando que recebeu a conta atrasada. É a greve dos Correios e seus efeitos para o cidadão comum. A grande maioria das autoridades e dos empresários não entra em fila. Professora de Matemática corrige provas de seus alunos enquanto aguarda a sua vez de ser atendida. Idosa com dor nas pernas. O joguinho no celular para passar o tempo. Escrever no diário.
Tinha percorrido um quarto dessa maratona que é a fila da agência central do Bradesco de MOC, quando a pré-atendente me orienta a pagar a conta em postos autorizados - a minha fatura ainda não tinha vencido. Em virtude da circunstância, dirijo-me à filial da Drogaria Minas-Brasil na Rua Camilo Prates. Fui atendido por volta das 15h e 20min e, na saída da Drogaria, percebo que a fila também cresceu muito, como o Brasil e Minas Gerais, que avançam, passando por cima de todo mundo, pra nunca mais parar.
- texto escrito por João Renato Diniz Pinto -
Nessa situação, cenas simples surpreendem qualquer olhar humano por mais que a rotina massante tente normalizar tudo. Gente reclamando que recebeu a conta atrasada. É a greve dos Correios e seus efeitos para o cidadão comum. A grande maioria das autoridades e dos empresários não entra em fila. Professora de Matemática corrige provas de seus alunos enquanto aguarda a sua vez de ser atendida. Idosa com dor nas pernas. O joguinho no celular para passar o tempo. Escrever no diário.
Tinha percorrido um quarto dessa maratona que é a fila da agência central do Bradesco de MOC, quando a pré-atendente me orienta a pagar a conta em postos autorizados - a minha fatura ainda não tinha vencido. Em virtude da circunstância, dirijo-me à filial da Drogaria Minas-Brasil na Rua Camilo Prates. Fui atendido por volta das 15h e 20min e, na saída da Drogaria, percebo que a fila também cresceu muito, como o Brasil e Minas Gerais, que avançam, passando por cima de todo mundo, pra nunca mais parar.
- texto escrito por João Renato Diniz Pinto -
terça-feira, 24 de junho de 2008
Honestidade
O senhor sabe: tanta pobreza geral, gente no duro ou no desânimo. Pobre tem de ter um triste amor à honestidade. São árvores que pegam poeira. A gente às vezes ia por aí, os cem, duzentos companheiros a cavalo, tinindo e musicando de tão armados – e, vai, um sujeito magro, amarelado, saía de algum canto, e vinha, espremendo seu medo, farraposo: com um vintém azinhavrado no conco da mão, o homem queria comprar um punhado de mantimento; aquele era casado, pai de família faminta.
página 88 de "Grande Sertão: Veredas", de João Guimarães Rosa, Editora Nova Fronteira
Esta última semana de junho guarda comemorações especiais para nós, brasileiros. Há exatos 50 anos, o Brasil vencia a França por 5 a 2 e se classificaria para a sua segunda final de Copa do Mundo de Futebol Masculino. Oito anos depois de perder uma Copa do Mundo, num Maracanã lotado, para o rival Uruguai, a seleção brasileira repetiria o placar de 5 a 2, desta vez contra os anfitriões suecos, e se sagraria pela primeira vez campeã do mundo. Em 1958, vivíamos outra época, principalmente no mundo futebolístico. Era uma época em que havia possibilidade de jogar futebol por amor a uma nação e não para preencher egos supervalorizados. E no dia 27 de junho de 2008, próxima sexta-feira, celebraremos os 100 anos de nascimento de João Guimarães Rosa, autor do grande clássico da Literatura "Grande Sertão: Veredas".
Vocês são chatos pra caramba, mas têm talento
Ciro Gomes em entrevista ao programa "CQC", da TV Bandeirantes, no dia 23 de junho de 2008, por volta das 22h e 30min, ao comentar a proibição do Congresso Nacional à equipe do programa de fazer coberturas jornalísticas na instituição
página 88 de "Grande Sertão: Veredas", de João Guimarães Rosa, Editora Nova Fronteira
Esta última semana de junho guarda comemorações especiais para nós, brasileiros. Há exatos 50 anos, o Brasil vencia a França por 5 a 2 e se classificaria para a sua segunda final de Copa do Mundo de Futebol Masculino. Oito anos depois de perder uma Copa do Mundo, num Maracanã lotado, para o rival Uruguai, a seleção brasileira repetiria o placar de 5 a 2, desta vez contra os anfitriões suecos, e se sagraria pela primeira vez campeã do mundo. Em 1958, vivíamos outra época, principalmente no mundo futebolístico. Era uma época em que havia possibilidade de jogar futebol por amor a uma nação e não para preencher egos supervalorizados. E no dia 27 de junho de 2008, próxima sexta-feira, celebraremos os 100 anos de nascimento de João Guimarães Rosa, autor do grande clássico da Literatura "Grande Sertão: Veredas".
Vocês são chatos pra caramba, mas têm talento
Ciro Gomes em entrevista ao programa "CQC", da TV Bandeirantes, no dia 23 de junho de 2008, por volta das 22h e 30min, ao comentar a proibição do Congresso Nacional à equipe do programa de fazer coberturas jornalísticas na instituição
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