Este mês é dedicado à Bíblia. Nesta próxima
quarta-feira (26/09), segundo informações da Agenda Latino-Americana 2012, vários
países celebram a Sagrada Escritura.
É um livro que nos permite estar em contato
mais íntimo com Deus através da sua palavra escrita. Essa é proclamada na
Igreja e semeada no nosso coração. No dia 02 de setembro, celebramos o 22º
Domingo do Tempo Comum. Nós refletimos o sentido da Lei de Deus para nós. Essa
lei é dada por Deus para que tenhamos vida, dignidade e respeito para viver bem
a liberdade que é dada ao povo que sai da escravidão do Egito. A lei é vida.
No Livro do Deuteronômio, temos a passagem
que o Povo recebe a Lei de Deus por Moisés. Esse povo já estava liberto e
próximo da entrada da terra prometida por Deus. Mas o povo precisa respeitar a
vida de todos e ainda estar em comunhão com Deus. Deus propõe a Lei que deve
ser acatada com liberdade por todos.
Esta lei é sagrada e perene e ainda tem valor
para os nossos dias. Quem segue a lei de Deus está dando uma resposta de amor e
gratidão ao Deus da vida que vem sempre em nosso socorro. Quer ter felicidade e
vida em abundancia, então respeite a Lei de Deus (cf. Dt 4, 1-2.6-8). Os
mandamentos são para ser observados e não deixá-los ser um peso para todos.
São Tiago nos faz lembrar que devemos ser
cumpridores da palavra de Deus e não apenas espectadores e ouvintes dela. Nesse
tempo, somos acomodados em ouvir e ler a Palavra de Deus por todos os meios de
comunicação de massa, mas esta Palavra de Deus deve ser vivida e testemunhada
com a nossa vida de cristão (cf. Tg 1, 17-18.21-22.27).
Muitas vezes, somos ouvintes ou ficamos no
intimismo religioso, nos seus gestos e ritos. Eles podem até nos ajudar a
compreender, mas precisamos colocar vida nela nas nossas ações transformadoras
em nossas comunidades, em nossas famílias e em nossa sociedade.
Como fazer isso? Precisamos ajudar quem mais
precisa de nossa ajuda que são os órfãos, as viúvas, os pobres, etc. No
Evangelho de São Marcos, vemos o que Jesus faz diante da Lei quando é instigado
pelos fariseus e escribas.
Sabemos que eles já tramavam contra Jesus e
ainda se escandalizavam diante da não observância das exigências de muitas leis
criadas por eles, pelos seus apóstolos que não as obedeciam. Eram exigências
externas que ficam somente nas aparências e que não nos ajudam a ter a
liberdade de obedecer a Lei.
Muitas coisas são apenas supérfluas, pois são
preceitos humanos. Jesus não se deixa intimidar pela mesquinharia deles e
também das suas hipocrisias. Então, Jesus fala em bom tom: “Hipócritas... Abandonais o Mandamento de Deus, apegando-vos à tradição
dos homens” (cf. Mc 71-8.14-15.21-23). O cristianismo é a novidade que não
exclui a Lei de Deus, mas a eleva no nível do amor pleno.
Que esta liturgia nos ajude a ver que Deus
vem em socorro do povo e o quer livre para amá-Lo e a todos, sem colocar nenhum
julgamento que tolha a nossa liberdade. Se queremos um mundo melhor é preciso
valorizar a Palavra de Deus, cumprir os mandamentos que são a vida e a liberdade
para todos.
Assim, queridos irmãos e irmãs, a prática da
Lei não deve estar na sua exterioridade e sim brotar de uma sincera conversão a
Deus. A nossa caridade é que vai nos habilitar para o Reino de Deus e, desse
modo, a Lei Divina vem trazer a verdadeira justiça e vida.
Amém!
José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
04-09-2012
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