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"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A Lei de Deus é para que todos sejam livres e tenham vida



Este mês é dedicado à Bíblia. Nesta próxima quarta-feira (26/09), segundo informações da Agenda Latino-Americana 2012, vários países celebram a Sagrada Escritura.  

É um livro que nos permite estar em contato mais íntimo com Deus através da sua palavra escrita. Essa é proclamada na Igreja e semeada no nosso coração. No dia 02 de setembro, celebramos o 22º Domingo do Tempo Comum. Nós refletimos o sentido da Lei de Deus para nós. Essa lei é dada por Deus para que tenhamos vida, dignidade e respeito para viver bem a liberdade que é dada ao povo que sai da escravidão do Egito. A lei é vida.

No Livro do Deuteronômio, temos a passagem que o Povo recebe a Lei de Deus por Moisés. Esse povo já estava liberto e próximo da entrada da terra prometida por Deus. Mas o povo precisa respeitar a vida de todos e ainda estar em comunhão com Deus. Deus propõe a Lei que deve ser acatada com liberdade por todos.

Esta lei é sagrada e perene e ainda tem valor para os nossos dias. Quem segue a lei de Deus está dando uma resposta de amor e gratidão ao Deus da vida que vem sempre em nosso socorro. Quer ter felicidade e vida em abundancia, então respeite a Lei de Deus (cf. Dt 4, 1-2.6-8). Os mandamentos são para ser observados e não deixá-los ser um peso para todos.

São Tiago nos faz lembrar que devemos ser cumpridores da palavra de Deus e não apenas espectadores e ouvintes dela. Nesse tempo, somos acomodados em ouvir e ler a Palavra de Deus por todos os meios de comunicação de massa, mas esta Palavra de Deus deve ser vivida e testemunhada com a nossa vida de cristão (cf. Tg 1, 17-18.21-22.27).

Muitas vezes, somos ouvintes ou ficamos no intimismo religioso, nos seus gestos e ritos. Eles podem até nos ajudar a compreender, mas precisamos colocar vida nela nas nossas ações transformadoras em nossas comunidades, em nossas famílias e em nossa sociedade.

Como fazer isso? Precisamos ajudar quem mais precisa de nossa ajuda que são os órfãos, as viúvas, os pobres, etc. No Evangelho de São Marcos, vemos o que Jesus faz diante da Lei quando é instigado pelos fariseus e escribas.

Sabemos que eles já tramavam contra Jesus e ainda se escandalizavam diante da não observância das exigências de muitas leis criadas por eles, pelos seus apóstolos que não as obedeciam. Eram exigências externas que ficam somente nas aparências e que não nos ajudam a ter a liberdade de obedecer a Lei.

Muitas coisas são apenas supérfluas, pois são preceitos humanos. Jesus não se deixa intimidar pela mesquinharia deles e também das suas hipocrisias. Então, Jesus fala em bom tom: “Hipócritas... Abandonais o Mandamento de Deus, apegando-vos à tradição dos homens” (cf. Mc 71-8.14-15.21-23). O cristianismo é a novidade que não exclui a Lei de Deus, mas a eleva no nível do amor pleno.

Que esta liturgia nos ajude a ver que Deus vem em socorro do povo e o quer livre para amá-Lo e a todos, sem colocar nenhum julgamento que tolha a nossa liberdade. Se queremos um mundo melhor é preciso valorizar a Palavra de Deus, cumprir os mandamentos que são a vida e a liberdade para todos.

Assim, queridos irmãos e irmãs, a prática da Lei não deve estar na sua exterioridade e sim brotar de uma sincera conversão a Deus. A nossa caridade é que vai nos habilitar para o Reino de Deus e, desse modo, a Lei Divina vem trazer a verdadeira justiça e vida.

Amém!

José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
04-09-2012


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