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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Se seguirmos Jesus, teremos a verdadeira vida

Queridos irmãos e irmãs,


Estamos no 21º Domingo do Tempo Comum. A liturgia nos faz entender, compreender e tomar uma decisão por Jesus. Ele é o único que nos pode levar ao caminho da vida plena. Ele não se engana e não se misturou com o sistema político e religioso de sua época. Ele foi a favor dos que estavam oprimidos pelo sistema, libertando-os de toda forma de escravidão. Deu alimento aos famintos, os protegeu e se deu de alimento eterno que dá vida em abundância a todos. Ele é o Bom Pastor que traz as ovelhas para o redil e não as dispersa.

A nossa vida é marcada por encruzilhadas que precisam ser decididas em que caminhos que devemos tomar. Se seguirmos Jesus, vamos ter a plena liberdade. Quando escolhemos Jesus, podemos com certeza fazer a decisão mais sábia. O mundo tem oferecido ideias e doutrinas imediatistas, longe daquela que é proposta por Jesus. Para chegar ao seu Reino, devemos optar por Jesus e assumir a cruz da evangelização, sem nenhum temor, pois Ele estará conosco na força do Espírito Santo.

O modismo do mundo de hoje preza a liberdade da escolha da religião pelos filhos quando crescer. Isso como é uma atitude de uma falsa liberdade, que leva ao engano e, muitas vezes, ao desastre da maturidade da fé. Sabemos que a fé da Igreja e dos pais são fatores muito importantes na formação do caráter das nossas crianças. Disso vem a ética, o amor, o respeito e a comunicação com Deus e com os irmãos e irmãs.

Para isso, precisamos, desde cedo, levá-los à Igreja e receber os ensinamentos genuínos de Cristo que nos levam a aderir plenamente a Ele. Se dermos alimentos e educação a eles porque achamos que são vitais na construção das crianças, porque não a Religião que é fruto da nossa coerência e vivência cristã de uma fé mais madura em Jesus que acreditamos que é nosso Senhor e Salvador e não em outro?

A liturgia bíblica nos coloca na importância da fé que vem da escolha pessoal. Não podemos nos omitir!!! Ou escolhemos Deus ou não. As leituras deste Domingo nos dão dois testemunhos muito significativos: o de Josué e o de Pedro.

No Livro de Josué, temos claramente esta situação para Israel: ou eles escolham Javé, o Deus da vida ou o engano dos ídolos que nada fazem, pois esses escravizam numa vida presente momentânea que deixa um vazio existencial nas pessoas (cf. Js 24, 1-2.15-18). O contexto bíblico foi: o povo de Deus estava numa peregrinação através do deserto e a posse da terra prometida. Então, Josué diz ao povo: vocês tem que fazer uma escolha: “ESCOLHEI a quem quereis servir: os deuses do lugar, ou o Deus que nos libertou do Egito e fez uma Aliança conosco?”.

Ele ainda afirma a sua escolha, sem medo de errar, pois ele ficou com Deus da vida, como ele mesmo diz: “Eu, porém, e a minha família vamos servir ao Senhor". Pela sua convicção, o povo responde a opção ao Deus da vida, não ficando com os deuses dos canaeus, amorreus, etc, que eram a religião fácil e sem compromisso libertador.

Hoje acontece isso também. Alguns preferem uma religião sem compromisso com os mais pobres e excluídos, para ficar numa religião de intimismo e de individualismo da fé que se projeta na satisfação do seu eu próprio sem prensar nos outros.

Na Carta aos Efésios, Paulo fala do amor conjugal, como sinal do amor de Cristo à sua Igreja. Os esposos devem escolher: amor ou egoísmo. Nisso consiste o amor que vem de uma adesão plena, formando um corpo que é a Igreja. Ele compara esta adesão a dos esposos que formam uma só carne que significa compromisso recíproco dos dois. O cristão deve ser coerente na vida de Igreja com Cristo e com todos os irmãos e irmãs de comunidade onde estão engajados (cf. Ef 5, 21-32).

O evangelista São João nos mostra a escolha de Pedro a Jesus. Aqui estamos de frente da conclusão do discurso do pão da vida e que nós tivemos nas nossas liturgias por alguns domingos atrás. Sobre o que Jesus diz que Ele é o Pão da vida, isso trouxe divisão entre os discípulos Dele. Nesta situação, alguns não entenderam e se distanciaram de Cristo.

Jesus multiplicou os pães e matou a fome material do povo. O povo, vendo esta maravilha, queria aclamá-Lo como Rei que resolve tudo, mas Jesus não veio para ter poder momentâneo do mundo e sim trazer a vida a todos que devem acreditar Nele. Esta é a condição de termos vida, mas é preciso unir a Cristo e comprometer-nos com seu projeto libertador da humanidade.

Isso exige a escolha nossa a Ele. Muitos acharam difícil isso e murmuraram: “Essas palavras são duras demais, é difícil de engolir...”. Nós devemos acreditar que Jesus está na Eucaristia e isso é dom da fé que Deus dá a cada um de nós. Jesus quer que nós optemos por Ele. Jesus não muda a sua posição, pois Ele não está preocupado de ter adeptos com doutrina fácil que não leva compromisso com os excluídos e pobres.

Os que ficaram, Jesus os questiona e quer uma escolha, isto é, seguir Ele ou não. Como Ele mesmo diz: “Vocês também querem ir embora?”. Diante desse questionamento, Pedro dá um testemunho eloquente para nós: “A quem iremos, Senhor? Só tu tens palavras de vida eterna”.

Essa afirmação de Pedro na escolha por Cristo ajuda a confirmar nos outros apóstolos a importância de seguir Jesus, pois só Ele é caminho, verdade e vida. Então por que procurar situações cômodas para nossa vida que nos deixam omissos diante dos desafios do nosso tempo?

Jesus quer que a nossa escolha seja completa em que busque a verdade Dele que passa por serviço, justiça, amor e fidelidade na construção do Reino de Deus já entre nós (cf. Jo 6, 60-69).

A liturgia de hoje nos ajude a sermos coerentes na nossa fé em Jesus e que possamos nos comprometer com a causa Dele nas diversas pastorais e movimentos que devem atender os mais necessitados de amparo e de justiça social e religiosa.

Aquilo que Jesus fez e falou tem atualização no meio de nós. A Palavra de Deus é clara: se queremos chegar ao Pai, devemos crer em Jesus e aderir a Ele plenamente. Estamos na Igreja de Cristo não por interesse de tirar vantagens ou ter posições privilegiadas, mas estamos comprometidos com todos, principalmente com os mais pobres, os excluídos e sem voz neste mundo. Ser de Deus é viver na Graça Dele sempre.

Amém!

José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
22-08-2012

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