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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Deus nos pede para vencermos nosso orgulho, diz Bento XVI



Queridos irmãos e irmãs em Cristo,

A liturgia desse domingo nos chama atenção para sermos humildes e derrubarmos o orgulho e a prepotência que nos afasta de Deus e dos outros. Devemos nos converter por completo a Deus e viver com autenticidade a fé em Cristo no dia a dia. Devemos ser pessoas novas que estão a serviço do Reino de Deus. Seguir Jesus é tomar a cruz de cada dia e viver santamente. Deus nos chama à conversão diária e nos pede que o pecado seja extirpado no nosso meio (1).

“Seguir o Senhor requer sempre do homem uma profunda conversão, uma mudança no modo de pensar e de viver”, afirmou Bento XVI. Neste domingo, 23, o papa Bento XVI disse que o Senhor nos pede para sermos humildes e derrotarmos o orgulho enraizado em nós. Durante a oração mariana do Ângelus, recitada no pátio interno da residência Apostólica de Castel Gandolfo, o santo padre afirmou que é necessário uma mudança no nosso modo de pensar e de viver para seguir a Deus. “Seguir o Senhor requer sempre do homem uma profunda conversão, uma mudança no modo de pensar e de viver, requer abrir o coração à escuta para deixar-se iluminar e se transformar interiormente”, explicou (2).

Um ponto-chave no qual Deus e o homem se diferenciam é o orgulho, continuou o papa. Em Deus, não há orgulho, porque Ele é total plenitude e é todo inclinado a amar e doar vida. Em, nós homens, ao invés, o orgulho está intimamente enraizado e requer constante vigilância e purificação. Bento XVI acrescentou que “nós, que somos pequenos, aspiramos parecer grandes e sermos os primeiros, enquanto Deus não teme em se inclinar e se fazer último, por isso pediu à Virgem Maria que mostre a todos o caminho da fé em Jesus através do amor e da humildade” (2).

Momentos antes, o papa recordou que, nos últimos encontros, para a oração do Ângelus, ele estava meditando sobre o Evangelho de Marcos. Domingo passado, entramos na segunda parte, isto é, na última viagem de Jesus em direção a Jerusalém e em direção ao ápice da Sua missão. A passagem deste domingo (cf. Mc 9, 30-37) contém o segundo desses anúncios. Jesus diz: “O Filho do Homem, expressão com a qual designa a si mesmo, será entregue nas mãos dos homens, e eles irão matá-lo; mas, depois de morto, depois de três dias, ressuscitará” (Marcos 9, 31). “Os discípulos não entendiam estas palavras e tinham medo de interrogá-lo” (2).

Na saudação que fez aos peregrinos de língua francesa, o santo padre agradeceu, mais uma vez, aqueles que acompanharam, com a oração, no último fim de semana a sua viagem apostólica ao Líbano, e extensivamente a todo o Oriente Médio. “Continuem rezando pelos cristãos do Oriente Médio, pela paz e pelo diálogo sereno entre as religiões”, disse o papa, recordando que, neste sábado, foi beatificado na localidade francesa de Troyes o sacerdote Louis Brisson, fundador no século XIX dos Oblatos e Oblatas de São Francisco de Sales.

Já em polonês, o papa recordou que, no Evangelho deste domingo, Jesus dá atenção especial às crianças. Diz: “quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que acolhe”.  A passagem deste domingo (cf. Mc 9, 30-37) contém o segundo desses anúncios. Jesus diz: “O Filho do Homem, expressão com a qual designa a si mesmo, será entregue nas mãos dos homens, e eles irão matá-lo; mas, depois de morto, depois de três dias, ressuscitará” (Marcos 9, 31). Os discípulos” não entendiam estas palavras e tinham medo de interrogá-lo. “Peçamos a Deus que essas palavras”, acrescentou, “inspirem todos aqueles que são responsáveis pelo dom da vida, das dignas condições de existência e de educação, do seguro e sereno crescimento das crianças. Toda criança possa gozar do amor e do calor familiar!” (2).

Ao meditarmos o Evangelho desse domingo e ouvir as palavras sábias do nosso papa, somos levados a pensar na importância do acolhimento com coração de criança. Ser pequeno no mundo é ser humilde e acolher a todos, principalmente os marginalizados da nossa sociedade capitalista e, muitas vezes, excludente. Ser cristão é ser pessoa nova com coração aberto ao amor de Deus e aos nossos irmãos e irmãs de caminhada. A sabedoria de Deus difere à do homem porque nós nos acostumamos a dar valor aos primeiros lugares e posições de destaque. Mas a de Deus passa pelo serviço, sem medir consequências ou riscos. Ser de Deus é viver o amor em gestos concretos neste mundo. Ser pessoa que faz a diferença neste mundo. Que o amor prevaleça em nossas relações humanas, sociais, religiosas e políticas (1).

Amém!   

(1) José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia


23-09-2012




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