Queridos
irmãos e irmãs em Cristo,
A
liturgia desse domingo nos chama atenção para sermos humildes e derrubarmos o
orgulho e a prepotência que nos afasta de Deus e dos outros. Devemos nos converter
por completo a Deus e viver com autenticidade a fé em Cristo no dia a dia. Devemos
ser pessoas novas que estão a serviço do Reino de Deus. Seguir Jesus é tomar a
cruz de cada dia e viver santamente. Deus nos chama à conversão diária e nos
pede que o pecado seja extirpado no nosso meio (1).
“Seguir
o Senhor requer sempre do homem uma profunda conversão, uma mudança no modo de
pensar e de viver”, afirmou Bento XVI. Neste domingo, 23, o papa Bento XVI
disse que o Senhor nos pede para sermos humildes e derrotarmos o orgulho
enraizado em nós. Durante a oração mariana do Ângelus, recitada no pátio
interno da residência Apostólica de Castel Gandolfo, o santo padre afirmou que
é necessário uma mudança no nosso modo de pensar e de viver para seguir a Deus.
“Seguir o Senhor requer sempre do homem uma profunda conversão, uma mudança no
modo de pensar e de viver, requer abrir o coração à escuta para deixar-se
iluminar e se transformar interiormente”, explicou (2).
Um
ponto-chave no qual Deus e o homem se diferenciam é o orgulho, continuou o
papa. Em Deus, não há orgulho, porque Ele é total plenitude e é todo inclinado
a amar e doar vida. Em, nós homens, ao invés, o orgulho está intimamente
enraizado e requer constante vigilância e purificação. Bento XVI acrescentou
que “nós, que somos pequenos, aspiramos parecer grandes e sermos os primeiros,
enquanto Deus não teme em se inclinar e se fazer último, por isso pediu à
Virgem Maria que mostre a todos o caminho da fé em Jesus através do amor e da
humildade” (2).
Momentos
antes, o papa recordou que, nos últimos encontros, para a oração do Ângelus,
ele estava meditando sobre o Evangelho de Marcos. Domingo passado, entramos na
segunda parte, isto é, na última viagem de Jesus em direção a Jerusalém e em direção
ao ápice da Sua missão. A passagem deste domingo (cf. Mc 9, 30-37) contém o
segundo desses anúncios. Jesus diz: “O Filho do Homem, expressão com a qual
designa a si mesmo, será entregue nas mãos dos homens, e eles irão matá-lo;
mas, depois de morto, depois de três dias, ressuscitará” (Marcos 9, 31). “Os
discípulos não entendiam estas palavras e tinham medo de interrogá-lo” (2).
Na
saudação que fez aos peregrinos de língua francesa, o santo padre agradeceu,
mais uma vez, aqueles que acompanharam, com a oração, no último fim de semana a
sua viagem apostólica ao Líbano, e extensivamente a todo o Oriente Médio. “Continuem
rezando pelos cristãos do Oriente Médio, pela paz e pelo diálogo sereno entre
as religiões”, disse o papa, recordando que, neste sábado, foi beatificado na
localidade francesa de Troyes o sacerdote Louis Brisson, fundador no século XIX
dos Oblatos e Oblatas de São Francisco de Sales.
Já
em polonês, o papa recordou que, no Evangelho deste domingo, Jesus dá atenção
especial às crianças. Diz: “quem acolher em meu nome uma destas crianças é a
mim que acolhe”. A passagem deste
domingo (cf. Mc 9, 30-37) contém o segundo desses anúncios. Jesus diz: “O Filho
do Homem, expressão com a qual designa a si mesmo, será entregue nas mãos dos
homens, e eles irão matá-lo; mas, depois de morto, depois de três dias, ressuscitará”
(Marcos 9, 31). Os discípulos” não entendiam estas palavras e tinham medo de
interrogá-lo. “Peçamos a Deus que essas palavras”, acrescentou, “inspirem todos
aqueles que são responsáveis pelo dom da vida, das dignas condições de existência
e de educação, do seguro e sereno crescimento das crianças. Toda criança possa
gozar do amor e do calor familiar!” (2).
Ao
meditarmos o Evangelho desse domingo e ouvir as palavras sábias do nosso papa,
somos levados a pensar na importância do acolhimento com coração de criança. Ser
pequeno no mundo é ser humilde e acolher a todos, principalmente os
marginalizados da nossa sociedade capitalista e, muitas vezes, excludente. Ser
cristão é ser pessoa nova com coração aberto ao amor de Deus e aos nossos
irmãos e irmãs de caminhada. A sabedoria de Deus difere à do homem porque nós nos
acostumamos a dar valor aos primeiros lugares e posições de destaque. Mas a de
Deus passa pelo serviço, sem medir consequências ou riscos. Ser de Deus é viver
o amor em gestos concretos neste mundo. Ser pessoa que faz a diferença neste
mundo. Que o amor prevaleça em nossas relações humanas, sociais, religiosas e políticas
(1).
Amém!
(1) José
Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
23-09-2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário