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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Primeiro crer para depois saber, diz papa sobre a fé dos cristãos

Queridos irmãos e irmãs em Cristo,


A fé em Jesus é condição primordial de poder segui-Lo. A fé consiste em Crer Nele, pois Jesus é o Senhor que nos dá a certeza da eternidade. Para isso, precisamos aceitá-Lo de coração. Jesus não veio ao mundo para ter poder momentâneo e nem nos colocar em situação de privilégios.

Ele veio ao mundo para mostrar o caminho para chegarmos à eternidade com Ele através do seu corpo e sangue que vem até a nós pela Eucaristia. Somos chamados a nos comprometer com a causa do Reino de Deus. Isso exige de nós desprendimento e serviço desinteressado aos mais humildes e carentes da Palavra de Deus que transforma a pessoa (1).

Bento XVI, no Ângelus deste domingo, 26, na residência apostólica de Castel Gandolfo, onde passa um período de descanso, sobre o Evangelho de hoje (cf. Jo 6, 60-69), descreve a reação dos discípulos de Jesus após Ele ter dito. “Eu sou o pão vivo que desceu do Céu [...] E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo” (Jo 6, 51).

O santo padre destacou que a reação dos discípulos foi provocada conscientemente pelo próprio Cristo e mostra que aqueles que o seguiam não compreenderam o significado das palavras que Jesus dizia (2).

Bento XVI explicou que a afirmação de Jesus era inaceitável para eles, porque “a entendiam em sentido material, enquanto que aquelas palavras preanunciavam o mistério pascal de Jesus, em que Ele daria a si mesmo pela salvação do mundo”. O Evangelho destaca que “a partir de então, muitos dos seus discípulos se retiraram e já não andavam com ele” (Jo 6, 66). Ao ver isso, Jesus perguntou aos apóstolos: “Também vós quereis ir embora?” (Jo 6, 67) e, como em outras situações, é Pedro que tomou a palavra e respondeu em nome dos doze: “Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus” (Jo 6, 68-69) [2].

Pedro não diz sabemos e acreditamos, mas sim acreditamos e sabemos, explicou o papa recorrendo aos comentários de Santo Agostinho sobre esta passagem, e destacou. “Acreditamos para poder saber. Se, com efeito, tivéssemos procurado saber antes de acreditar, não teríamos conseguido nem conhecer, nem acreditar. O que acreditamos e o que soubemos? Que Tu és Cristo, Filho de Deus, isto é, que Tu és a vida eterna e, através da tua carne e do teu sangue, nos dás aquilo que tu próprio és”.

Bento XVI salientou que Jesus sabia que entre os doze apóstolos havia um que não acreditava: o Judas. “Ele poderia ter ido embora, como fizeram os outros discípulos, ou melhor, deveria ter ido embora, se tivesse sido honesto”. “Ao invés, ficou com Jesus”, prosseguiu o santo padre. “Ficou não por causa da fé, nem por amor, mas com a intenção secreta de se vingar do Mestre. Por quê? Porque Judas se sentia traído por Jesus, e decidiu que, por sua vez, iria traí-lo”, explicou (2).

Judas era um Zelota, e “queria um Messias vencedor, para guiar uma revolta contra os romanos. Mas Jesus tinha decepcionado essas expectativas. O problema é que Judas não foi embora, e sua culpa mais grave foi a falsidade, que é a marca do diabo. Por isso Jesus disse aos Doze: ‘Um de vós é um diabo’ (Jo 6, 70)”, destacou Bento XVI. O papa concluiu com o convite a rezar a Nossa Senhora, “para que nos ajude a crer em Jesus, como São Pedro, e a sermos sempre honestos com Ele e com todos”. Em seguida, concedeu a todos a sua Bênção Apostólica (2).

Queridos irmãos e irmãs,

A liturgia de hoje exige de nós uma escolha: ou ficamos com Jesus ou não. Isso exige de nós honestidade na resposta e não falsidade. Muitos acharam melhor sair do Redil de Cristo e foram embora, mas um ficou, mesmo não concordando com Jesus. Esse queria entregar Jesus. Ele não pode ver onde Jesus ia chegar com seu projeto de libertação que acompanhava com milagres. Muitos estão na Igreja como Judas, não somam e provocam divisões nas comunidades.

São oportunistas, querem ser bajulados e ser assistidos como necessitados, embora não são. Eles vivem reclamando e ainda não ajudam a Igreja a crescer na força do Espírito Santo. A voz do papa nos alerta para que sejamos honestos na nossa fé que exige uma crença em Jesus, sem nenhuma falsidade. Ser de Cristo é ser coerente na sua proposta salvadora e dar testemunho Dele em todos os lugares (1).

Amém!

(1) José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia


26-08-2012

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