“A celebração
deste Sínodo vai contribuir muito para a inculturação da fé, para que a fé não
seja um verniz na vida das pessoas”. O bispo da diocese de Lorena (SP), dom
Benedito Beni dos Santos, recebeu com surpresa a nomeação feita pelo santo
padre, o papa Bento XVI, para participar da 13ª Assembleia Geral Ordinária do
Sínodo dos Bispos, de 07 a 28 de outubro em Roma, Itália, que tratará sobre a
Nova Evangelização.
Em
entrevista ao noticias.cancaonova.com,
dom Beni explica que seu trabalho será não somente teórico mas também prático.
O bispo vai apresentar experiências relacionadas à Nova Evangelização no
Brasil. “Na Diocese de Lorena, eu focalizo a experiência de Nova Evangelização
por parte da Canção Nova”,
disse.
Dom
Beni destacou o papel protagonista do leigo na Nova Evangelização, explicou
como, na prática, os assuntos discutidos em Roma farão parte do dia a dia dos
fiéis e ainda falou sobre a ligação do Sínodo com o Ano da fé.
LEIA ABAIXO A
ENTREVISTA COMPLETA!!!
O senhor
esperava esta participação ativa no Sínodo?
Tanto a minha
nomeação para o Sínodo dos Bispos para a África, quanto agora para o Sínodo
sobre a Nova Evangelização, eu não esperava, foi uma surpresa para mim. Surpresa
que aceito com alegria, fé e responsabilidade.
Qual será o
trabalho do senhor neste Sínodo dos Bispos?
O Sínodo é um
órgão consultivo do papa. O papa consulta o Sínodo em questões pastorais, de
modo que, em última análise, o Sínodo ajuda o papa no governo da Igreja. É uma
experiência de colegialidade episcopal. E o meu trabalho no Sínodo é um
trabalho teórico, participar das reflexões e um trabalho também prático:
apresentar as experiências de Nova Evangelização, sobretudo aqui na Diocese de
Lorena e no Brasil em geral. Na Diocese de Lorena, eu focalizo a experiência de
Nova Evangelização por parte da Canção Nova, de modo que poderei levar para o
Sínodo uma contribuição teórica e uma contribuição também prática a partir
dessas experiências.
Qual o papel
do leigo nesta “Nova Evangelização”?
O papel do
leigo é de protagonismo, a missão do leigo se realiza dentro do mundo, o leigo
é aquele que vive no mundo, se santifica no mundo e cumpre a sua missão no
mundo. Então, sem a contribuição dos leigos, a Nova Evangelização não atingiria
todos os espaços da cidade. Existem espaços da cidade em que o bispo não chega,
o padre não chega, o diácono não chega, mas o leigo estará presente cada dia e,
sobretudo, cabe ao leigo, desenvolver a Nova Evangelização que é a
evangelização da cultura no ambiente que ele vive. A Nova Evangelização é obra,
é tarefa do bispo, do padre, mas, de modo muito especial, tarefa dos cristãos
leigos.
De que maneira
a proposta do Ano da fé pode contribuir para as reflexões deste Sínodo?
O Ano da fé,
podemos dizer, de certo modo, está ligado à realização do Sínodo. O Sínodo vai
ser realizado justamente no Ano da fé. Então a celebração deste Sínodo vai
contribuir muito para a inculturação da fé, para que a fé não seja um verniz na
vida das pessoas, mas penetre na cultura, nos atos sociais, nas leis, na
organização da sociedade. Então o Sínodo sobre a Nova Evangelização está
intimamente ligado à celebração do Ano da fé.
Como as
propostas, os assuntos discutidos neste Sínodo chegarão a atingir o dia a dia
dos cristãos de modo geral?
Então, após a
conclusão do Sínodo, o resultado é entregue ao papa, todas as reflexões,
estudos que foram feitos durante o Sínodo e até mesmo os estudos feitos em
preparação para o Sínodo. O papa recebe todo esse material e depois elabora a
carta pós-sinodal dirigida a toda Igreja, e esta carta deve então ser estudada
em todos os níveis da Igreja, nas comunidades, nas paróquias, nas dioceses. A
carta pós-sinodal deve ser objeto de retiros de reflexões, simpósios,
congressos, e assim, creio eu, ela poderá ser conhecida, vivida e aplicada em
toda Igreja, até mesmo nas pequenas comunidades.
NOTÍCIA TIRADA
DO PORTAL
ENVIADA PARA ESTE BLOG COM COLABORAÇÃO DE
José
Benedito Schumann Cunha
De
Cristina (MG)
Bacharel
em Teologia
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