ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A exemplo de Maria, também devemos dar nosso sim a Deus

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Queridos irmãos e irmãs no amor de Deus e no carinho da nossa Mãe do Céu e de Nossa Senhora do Carmo...

Hoje começamos o Tríduo da Festa de Nossa Senhora do Carmo, padroeira desta comunidade. É neste lugar sagrado que podemos também experimentar o amor Deus através da atenta escuta da Palavra e da Eucaristia que vamos receber na nossa vida. Deus nos faz participantes da sua graça em Maria. Ela soube dar o seu sim e nos pede que façamos o mesmo. Ele á primeira educadora da fé que nos ajuda a estar em comunhão com Deus.

A liturgia deste dia nos lembra que Deus comunica com Moisés na sua realidade de vida. Ele estava pastoreando e chegou até o Monte Horeb, o lugar do encontro com Deus. Ele se manifesta em sinais visíveis. Aqui é através da sarça ardente que estava em chama, mas não se consumia. O solo onde está Deus é sagrado. Por isso devemos tirar as nossas sandálias e ficar disponíveis a Ele. Não devemos ter medo de colocarmos à disposição do Deus da Vida em nossas tarefas diárias e do nosso trabalho de comunidade que pertecemos.

O nosso Deus é fiel à aliança feita antigamente e hoje Ele quer que continuemos firmes na fé, perseverantes na oração e na esperança do Reino de Justiça, Paz, Partilha e Amor. Aqui Moisés recebe a missão de libertar o Povo de Deus escravo no Egito e hoje Deus nos pede que sejamos missionários com o nosso sim como foi o de Maria, dispostos a levar Jesus a todos.



Deus nos dá o sinal para selar a nossa missão, como Ele mesmo disse a Moisés que estava questionando a si mesmo da execução da missão por causa da sua pequenez. Mas Deus o exorta dizendo: “Eu estarei contigo; e este será o sinal de que fui eu que te enviei: ‘quando tiveres tirado do Egito o povo, vós servireis a Deus sobre esta montanha’” (Cf . Ex 3, 1-6.9-12).

No Evangelho de Mateus, nos é falado da oração de Jesus, dando graça a Deus pelas coisas maravilhosas que revela aos pobres e humildes. Aqui percebemos que, quando o coração humano estiver livre do materialismo, do consumismo e da correria do dia-a-dia, pode acolher com alegria a Palavra de Deus e colocá-La em prática.

O nosso sim será pleno se estivermos em comunhão com Deus Pai, com Deus Filho e com Deus Espírito Santo. Nós conhecemos Jesus porque o Pai quis e a graça do Espírito Santo que nos abre para o entendimento autêntico para poder viver a alegria do Reino de Deus entre nós que são amor, fraternidade, partilha, cooperação e solidariedade (Cf. Mt 11, 25-27).

Assim, meus irmãos e irmãs, nós somos gratos eternamente a Deus por Ele ter nos dado um grande presente à humanidade: a pessoa de Maria, que foi concebida sem pecado e sempre se pôs disponível à vontade de Deus. Ela sabia que tudo vem de Deus e para Ele todas as coisas têm a sua finalidade. Ela se deixou ser tocada por Deus e se encheu de graças, e assim pôde dar o sim a Deus para ser a Mãe do Nosso Salvador.

O céu se aproximou de nós em Maria porque trouxe a nós Jesus Cristo, Nosso Senhor (“Maria nos faz desejar o céu”, texto postado em Modestas Propostas, por José Benedito Schumann Cunha, em 03-07-2010).

O papa Bento XVI nos fala uma verdade. “Que Maria inspire em todos os desejos de céu”. E ainda nos diz o papa: "Que Maria, Mãe de Deus e nossa, esteja sempre no alto de seus pensamentos e afetos, amável conforto de suas almas, guia certa de suas vontades e amparo de seus passos, inspiradora persuasiva da imitação de Jesus Cristo" (notícia tirada de H2Onews - Newsletter em 25/06/2010).

O cristão deve agir configurado na pessoa de Cristo. Jesus é Deus e tem duas naturezas: a humana e a divina numa só pessoa. Ele ensinou que o amor deve ser a medida de todos os cristãos. O ódio e a vingança devem ser substituídos no amor que vem do nosso Deus em nós. Somos cidadãos do céu, peregrinos na terra, mas com os olhos fixos na eternidade que será para sempre a nossa morada.

Que nós possamos sempre dar o sim incondicional a Deus e fixar-se que Ele nos abrace, nos eduque e nos fortaleça com a sua graça que nos dá estatura e dignidade de filhos e filhas amadas de Deus que vão até Jesus, seguindo o exemplo de Maria que foi a mulher do sim pleno que permitiu a entrada de Deus no mundo no seu ventre, o primeiro tabernáculo e tenda do cristianismo.

Amém!

Iesus autem dixit illis: “Quae sunt Caesaris, reddite Caesari et, quae sunt Dei, Deo”. Et mirabantur super eo. (Mc 12, 17)


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito antes de 13 de julho de 2011

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quarta-feira, 13 de julho de 2011

"Fé não é alienação", diz papa em encontro com bispos italianos

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Pelo Batismo, somos inseridos na grande família de Deus e ainda fazemos parte da Igreja peregrina que está rumo ao céu. Cada cristão que participa da comunidade toma posse da graça de Deus que vem na escuta da Palavra e na mesa do pão partilhado por todos. O cristão se une a Deus através da oração. Ela ajuda a termos uma intimidade com Ele. Há vários modos de fazermos oração, pois, podemos estar só ou comunitariamente, estaremos em sintonia com Deus.

Papa reúne-se com bispos na Basílica de Santa Maria Maior - O papa Bento XVI recitou o Santo Rosário com os bispos italianos, na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, na tarde desta quinta-feira, 26. Os prelados estão reunidos em Assembleia Geral desde terça-feira, 24. "A fé, de fato, não é alienação: são outras as experiências que poluem a dignidade do homem e a qualidade da convivência social! Em cada época histórica, o encontro com a palavra sempre nova do Evangelho foi fonte de civilidade, construiu pontes entre os povos e enriqueceu o tecido das nossas cidades, exprimindo-se na cultura, nas artes e, não por último, nas diversas formas de caridade", enfatizou.

Nesse sentido, a Itália deve ser orgulhosa da presença e ação da Igreja, que não persegue privilégios nem busca substituir as instituições políticas, mas sustentar os direitos fundamentais do homem, como a promoção e tutela da vida em todas as suas fases e sustentar ativamente a família, "primeira realidade na qual podem crescer pessoas livres e responsáveis, formadas naqueles valores profundos que abrem à fraternidade e que permitem afrontar também as adversidades da vida", explicou o pontífice. Diante da imagem da Virgem Maria, Salus Populi Romani, o bispo de Roma confiou à proteção da Mãe de Deus todo o povo italiano, por ocasião dos 150 anos da unidade política do país, celebrada na Itália no último dia 17 de março.

"A Mãe de Deus encoraje os jovens, conforte os doentes, implore sobre cada um uma renovada efusão do Espírito, ajudando-nos a reconhecer e a seguir também neste tempo o Senhor, que é o verdadeiro bem da vida, porque é a vida mesma", pediu, ao mesmo tempo em que suplicou os dons da paz e da fraternidade e do desenvolvimento solidário, e que as forças políticas superem toda a contraposição prejudicial em prol de um quadro mais amplo que busque o bem do país. O pontífice incentivou os bispos a estimular os fiéis leigos a superar o espírito de fechamento, indiferença e a participar em primeira pessoa da vida pública; encorajar iniciativas de formação inspiradas na doutrina social da Igreja; apoiar a grande rede de associações que promovem obras de caráter cultural, social e caritativo.

Da mesma forma, deve-se continuar o cultivo de um espírito de sincera e leal colaboração com o Estado, sabendo que tal relação é benéfica tanto para a Igreja quanto para todo o país. "Em uma época na qual emerge com sempre mais força a exigência de sólidas referências espirituais, saibais levar a todos aquilo que é peculiar da experiência cristã: a vitória de Deus sobre o mal e sobre a morte, aquele horizonte que lança uma luz de esperança sobre o presente", encerrou. "A oração é sempre dar espaço a Deus: a sua ação torna-nos participantes da história da salvação. [...] A oração ajuda-nos a reconhecer n'Ele o centro da nossa vida, a permanecer na sua presença, a configurar a nossa vontade à sua, a fazer 'o que nos disser' (Jo 2, 5), certos da sua fidelidade. Essa é a missão essencial da Igreja. Maria é o modelo, aquela na qual somos convidados a reconhecer a nossa identidade. A sua vida é um apelo a reconduzir aquilo que somos à escuta e acolhida da Palavra, chegando na fé a engrandecer o Senhor, diante do qual a única possível grandeza é aquela que se expressa na obediência filial", destacou.

As disposições do coração de Maria - a escuta, a acolhida, a humildade, a fidelidade, a alegria e a espera -, correspondem às atitudes interiores que plasmam a vida cristã. Dessas nutre-se a Igreja, consciente de que expressam aquilo que Deus espera dela.

Bento XVI também indicou Maria como projeto unitário que entrelaça os dois Testamentos. Nos acontecimentos de sua vida está a história de todo um povo e encontram sentido as histórias particulares das grandes mulheres da Antiga Aliança, sinal de que o projeto de Deus "não permanece uma ideia abstrata, mas encontra correspondência em uma resposta pura, em uma liberdade que se dá sem nada reter, em um sim que é acolhida plena e dom perfeito. Maria é a sua expressão mais alta".

Assim, o cristão é animado nas palavras do nosso papa, que é sempre oportuna e nos dá a segurança de que estamos no caminho certo para a casa do Pai que construímos já aqui na terra para desfrutar eternamente no céu. A pessoa humana precisa alimentar espiritualmente de Deus e desta maneira a sua visa se transforma e torna estrela que irradia luz e esperança para todos. A justiça e a paz se abraçam na medida em que formos coerentes na vida com Deus e com outras pessoas. A mesa fica farta e ninguém fica faminto, porque vai haver partilha solidariedade e justiça nas nossas ações, pois estamos renovados na fé em Cristo que tudo pode.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito antes de 27 de maio de 2011

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terça-feira, 12 de julho de 2011

Seguir Jesus exige desprendimento e a amor à missão

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A Liturgia nos coloca no mistério de Cristo e nos chama para o discipulado. Somos discípulos de Jesus a partir do nosso Batismo e Ele faz o convite a todos nós: Vem e Segue-me. O que é ser discípulo de Cristo hoje? Agora, mais do que nunca, somos chamados a ser presente na história do nosso tempo, isto é, ser missionário da Boa Nova da Salvação de Deus para todos.

No Segundo Livro dos Reis, nos é mostrado que TODOS nós podemos ser discípulos, colaborando na obra da salvação (Cf. 2 Rs 4, 8-11.14-16). Aí vemos um casal sem filhos. É feito um convite insistente a Eliseu para tomar uma refeição na sua casa e todos acabaram preparando-lhe até um quarto para hospedá-lo, sempre quando ele passasse por ali. Esta atitude de hospitalidade ao profeta é porque viram nele um homem de Deus. Por causa disso, o profeta prometeu que eles teriam um filho, embora eles já estivessem em idade avançada.

Isso provocou no casal uma alegria. Alguns anos depois, esse filho único, na ausência do profeta, veio a falecer. Podemos imaginar a profunda dor dos pais desta criança. O profeta se dirige para lá e restitui àquela mãe hospitaleira o filho novamente com vida. O que mais nos chama atenção são a acolhida e a hospitalidade dada ao profeta. Tudo foi um canal de bênçãos. Deus recompensa sempre os nossos atos bons. Toda vez que recebemos bem as pessoas que falam em nome de Deus em nossa casa ou em nossas comunidades, Deus envia bênçãos e alegria profunda a cada um de nós. Precisamos abrir nosso coração aos irmãos desprotegidos da sorte e marginalizados pelos sistemas econômicos, políticos, sociais e religiosos para que eles possam ter vida em abundancia.

Na 2ª Leitura, Paulo exorta a viver a plenitude do Batismo, morrendo para o pecado e vivendo para Deus em Cristo. O cristão precisa ser coerente com a fé que professa e passar da morte do pecado para a vida da graça. Devemos ter a estatura dos filhos de Deus que modifica e transforma a realidade do mal para o bem (Cf. Rm 6, 3-4.8-11).

O Evangelho de Mateus nos dá uma catequese sobre o DISCIPULADO de Jesus (Cf. Mt 10, 37-42). Depois do ensinamento, como deve ser a atitude do missionário cristão que quer seguir Jesus? Ele envia todos à missão. O caminho a ser feito na Escola de Jesus é aderi-Lo no amor a Ele e fazer uma entrega de vida, sem reservas.

Na 1ª parte, aparecem as Exigências que Jesus propõe para seus seguidores. Exige uma atitude radical. O nosso compromisso para com ele deve estar acima de tudo, mesmo do amor sagrado para com nossos pais. É ser desapegado a todos os laços que impedem de sermos livres seguidores do Mestre Jesus. O cristão da comunidade Mateus passava por perseguições e sofrimentos, mas isso não o faz fraco se tiver ligado a Jesus sempre. Por quererem ser de Cristo, eram expulsos da Sinagoga, ficavam excluídos do povo de Israel e deviam ser repudiados até pelos próprios familiares. Jesus já tinha alertado que o discípulo devia estar disposto a tudo. Por isso Ele mesmo já disse: "Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim...".

Ainda hoje, diante de certas resistências, muitas pessoas acham que, para garantir grandes quantidades de pessoas nas suas atividades pastorais, a Igreja deveria facilitar as coisas e suavizar a radicalidade do Evangelho e dos valores de Cristo. Será que Jesus prefere quantidade ou qualidade? Não é melhor ter pessoas convertidas e fiéis a Deus que mudam a realidade de morte para a vida ou ficar na vida mansa, sem compromisso cristão?

Na segunda parte do Evangelho de Mateus, nos é sugerido que toda Comunidade deve anunciar Jesus e haverá uma recompensa aos que acolherem os mensageiros do Evangelho: "Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe o Pai que me enviou". "Nem um copo de água fresca dado a um pobre sedento ficará sem recompensa". Isso aconteceu naquele tempo e acontece hoje se propormos a anunciar o verdadeiro Evangelho de Jesus que é assumir a vida que gera vida em abundância para todos. Somos missionários por mandato de Jesus e temos que fazer acontecer já O Reino de Deus que é justiça, paz, solidariedade, partilha amor e perdão.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

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segunda-feira, 11 de julho de 2011

O Pão da Vida que alimenta a nossa caminhada rumo ao céu

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Celebramos nesta quinta-feira (23/06) a Solenidade de Corpus Christi. Nós fazemos a memória dos atos redentores de Cristo que salvou a humanidade da escuridão do pecado através da sua vida, paixão, morte e ressurreição. Hoje atualizamos na Eucaristia através das nossas missas presididas por um ministro ordenado. Celebrar esse dia é redescobrir a plenitude da Eucaristia que é a presença de Cristo no meio nós e crer que Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre.

Hoje queremos agradecer a Deus por este grande dom, que Cristo nos deu. Ao redor do altar se constrói a comunidade cristã e a vida comunitária. A Eucaristia é o sacramento da síntese espiritual da Igreja, a plenitude de comunhão do homem com Deus. Com Ele, nós fazemos a experiência profunda de um Deus próximo de nós. Estar em comunhão é sentir pertença a Cristo na sua Igreja. Portanto, a missa é algo maravilhoso que participamos, pois é a festa do encontro de irmãos na fé com o Deus da vida.

As leituras bíblicas desse dia memorável refletem o sentido da Eucaristia. No livro do Deuteronômio, Moisés explica o sentido do MANÁ enviado por Deus para alimentar o Povo no caminho do deserto. É o pão que dá força para continuar o Êxodo à caminho da terra prometida.

"O Senhor te alimentou com o Maná, para te ensinar que não só de pão vive o homem, mas tudo quanto sai da boca de Deus". (Cf. Dt 8, 2-23.14b-16a). Esse pão que veio do céu é prefiguração do verdadeiro pão celestial que é Jesus. Jesus é a Palavra e alimenta a todos com o seu corpo e o seu sangue. Sempre Deus está ao lado homem, ontem, hoje e no futuro. Deus não nos deixa a sós.

Na primeira Carta aos Coríntios, vemos o apóstolo afirmar que formamos em Cristo UM SÓ CORPO. A Eucaristia não celebra só a nossa união com Deus e a nossa identificação com Cristo. Ela celebra também a união com os irmãos, como se pode constatar: "O pão é um só, assim nós, embora muitos, somos um só corpo". Na comunidade, aprendemos a ser irmãos uns dos outros, partilhando a vida e o bem comum (Cf. 1 Cor 10, 16-17).

O Evangelho de São João nos apresenta o final do Discurso do PÃO DA VIDA. Jesus dizendo: “Eu sou o pão vivo, que desceu do céu. Quem come desse pão viverá eternamente” (Cf. Jo 6, 51-58). Jesus fez muitos sinais e milagres. Um grande milagre que vemos é a multiplicação dos pães. Isso já era fantástico, mas o melhor estava por vir: o seu corpo tornar-se pão da vida eterna para nós. A sua palavra vem do céu e também nos alimenta espiritualmente, e a comunhão nos reforça para sermos missionários da boa notícia que Ele nos trouxe.

Mas para que essa Palavra se transforme em vida, devemos nos encarnar nas pessoas, em seu dia-a-dia, devemos nos tornar concretos, visíveis, testemunhas coerentes na fé em Cristo. A palavra de Deus se encarna em Jesus e nos abre as portas do céu para todos. Sabemos que os alimentos se transformam em carne em nós.

Assim a Palavra de Deus e a Eucaristia devem se tornar carne em nós. É a própria pessoa de Jesus que ouvimos e alimentamos na missa que participamos. Devemos assimilar tudo que Jesus nos deu: a sua vida, o seu exemplo e a sua obediência ao Pai.

Assim, devemos assimilar em nós o Cristo e nos identificar com Ele, isto é, configurar a nossa vida em Jesus. Quem celebra e recebe Jesus na sua vida deve ter a disposição de segui-Lo sempre e transformar a nossa pessoa na pessoa de Jesus.

Hoje testemunhamos publicamente que Jesus está na Eucaristia, o sacramento vital que dá vida e salvação à humanidade. Jesus é o sacrifício perfeito que nos uniu para sempre a Deus.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Devemos ser semeadores da Palavra

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Queridos irmãos e irmãs no amor Deus e no afeto carinhoso de nossa Mãe do Céu, Maria

A Liturgia do próximo domingo (10/07) nos faz pensar e valorizar a importância da Palavra de Deus no meio do seu povo eleito. Para isso, é preciso encontrar um solo fértil em que ela possa ser semeada e crescer no dinamismo do Reino de Deus entre nós. A Palavra de Deus acolhida no coração do homem e da mulher produz muitos frutos bons e em abundância.

No livro do Profeta Isaías, este nos faz uma bela comparação da Palavra de Deus com a CHUVA. "Não voltará sem ter cumprido a sua missão". Nós sabemos que a chuva é necessária para molhar o solo e revigorar as sementes e as plantas para que elas cresçam e nasçam e, desse modo, elas possam cumprir a sua função. Nesse contexto bíblico, vemos o Povo de Deus no exílio, já cansado e desiludido de voltar novamente para a casa.

Nesta hora, o profeta o exorta, dizendo que Deus é fiel às suas promessas e nunca abandona o seu povo, mesmo que ele seja infiel às suas ordens. Assim, nos momentos obscuros e sem saídas de nossa vida, quando tudo parece que não pode mudar ou ter solução, aqui devemos lembrar e clamar ao Deus fiel que nos ajudará a vencê-los (Cf. Is 55, 10-11).

O apóstolo Paulo nos ensina que o tempo da semeadura sempre é difícil. Sofre-se com a dor e a espera. Mas não se trata de um grito de morte e sim do início de uma nova vida que vem chegando. Assim, devemos ser fortes na tribulação, firmes na paciência e vigilantes na espera, pois cada dia Deus prepara para nós um banquete da vida e dá condições para sermos vencedores. Mas, para isso, precisamos ser coerentes na fé e ser ousados na missão de anunciar a Palavra de Deus juntamente com a caridade para com todos (Cf. Rm 8, 18-23).

No Evangelho de Mateus, temos a Parábola da SEMENTE e do SEMEADOR. Vemos que o fruto da Palavra de Deus depende da qualidade da terra (Cf. Mt 13, 1-23). Aqui temos o início do 3º Discurso de Cristo, composto de sete Parábolas do Reino, que escutaremos nos próximos três domingos.

Percebemos que a Palavra de Deus é comparada à semente que vai ser semeada. Não é em qualquer lugar que ela deva ser anunciada. O solo, isto é, o coração da pessoa deve estar preparado para que haja eficiência na pregação do missionário da Palavra de Deus. Não devemos desanimar com as correntes contrárias do nosso mundo, que quer tirar Deus da nossa vida, como se nada dependesse Dele.

Jesus, ao falar dessa parábola, encontrou dificuldade da sua missão de falar do Reino. Uns nem ligavam. Outros a aceitavam e logo desistiam. Outros, por causa de problemas, eram sufocados na escuta e não produziam o efeito desejado. Mas aqueles que eram dóceis ao Espírito Santo acolhiam a Palavra de Jesus e a sua vida se transformava e produzia frutos de bem, paz, partilha, amor e perdão.

Assim, queridos irmãos e imãs, mesmo que não haja por parte alguns o fechamento a Palavra, sempre haverá pessoas dispostas acolhê-La e a vivenciá-La na vida para que o Reino de Deus surja vigoroso no meio de nós. Cada cristão é chamado a cultivar dentro de si um coração fértil para que a Palavra de Deus não fique vazia e sem sentido na nossa vida. Somos missionários da Palavra por vocação e graça de Deus.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito antes de 10 de julho de 2011

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quinta-feira, 7 de julho de 2011

O que nos une supera divisão, diz Comissão Anglicano-Católica

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Nós cristãos precisamos aprender e vivenciar a unidade tão desejada por Cristo na sua Igreja. Não podemos ficar presos às nossas ideias e divisões, pois Cristo, a cabeça da Igreja, é o mesmo em todos no corpo dela. O testemunho de cada cristão deve convergir na pertença à comunidade e vivenciar os valores de Cristo na missão de anunciar a Boa nova Dele que trouxe salvação para todos.

Os trabalhos da Comissão Internacional Anglicano-Católica foram baseados no programa estabelecido pelo papa Bento XVI e pelo arcebispo Rowan Williams. Foi concluído nesta sexta-feira, 27/05/2011, o primeiro encontro da terceira fase de diálogo da Comissão Internacional Anglicano-Católica, chamada de Arcic III. Em comunicado, a Comissão, composta por 18 teólogos católicos e anglicanos, concluiu que "aquilo que nos une é maior do que aquilo que nos divide".

A Comissão, presidida pelo arcebispo anglicano da Nova Zelândia, reverendo David Moxon, e pelo arcebispo católico de Birmingham, dom Bernard Longley, estava reunida no Mosteiro de Bose desde terça-feira, 17. Em comunicado, a Comissão revelou que os trabalhos foram baseados no programa estabelecido pelo papa Bento XVI e pelo arcebispo Rowan Williams, em 2006, e tem como objetivo “o empenho comum para re-estabelecer a plena comunhão na fé e na vida sacramental” (www.cancaonova.com).

As discussões foram concentradas em dois temas interdependentes - “A Igreja como comunhão, local e universal” e “Como, na comunhão, a Igreja local e universal vem a discernir o correto ensinamento ético?”. “A Comissão foi particularmente ajudada por uma abordagem receptiva ao ecumenismo que busca avançar nos progressos ecumênicos, apreendendo dos nossos parceiros, ao invés de pedir aos nossos parceiros para aprender conosco”, expressaram os teólogos.

O ecumenismo receptivo, explica a Comissão, pede mais um exame de consciência e uma conversão interior do que a intensão de converter os outros. Também no comunicado, a Comissão revela que trabalhará para desenvolver uma compreensão teológica sobre a pessoa humana e a sociedade, o que proporcionará uma base para explorar a forma como o ensino da Ética está sendo aplicado em nível universal e local (www.cancaonova.com).

Este estudo da Arcic III será baseado solidamente na Sagrada Escritura, na Tradição e na Razão, bem como nos trabalhos anteriores da Comissão. “Serão analisadas algumas questões particulares para esclarecer como as nossas duas comunhões abordam assuntos morais e como problemas que causam tensão para os anglicanos e católicos romanos podem ser resolvidos através da aprendizagem mútua”, afirmou o comunicado (www.cancaonova.com).

O ecumenismo deve estar presente no nosso dia-a-dia, assim como víamos a pessoa de Jesus Cristo agir cotidianamente em sua época. Ele é o Bom Pastor que nos conduz ao Pai. Ele é a voz que todos escutam, pois Ele quer que todos se salvem e tomem posse da sua graça redentora. A sua cruz é um sinal precioso, pois os pregos que cravaram Cristo foram redentores, pois Jesus foi obediente com uma ovelha que é tosquiada ao matadouro.

Cada sangue derramado no chão fortalece em novas sementes de vida aos convertidos que assumem e aderem a proposta salvadora do Mestre. Fazemos parte da Igreja de Cristo e ela caminha no mundo sendo sinal da presença de um Deus Conosco que nos liberta e salva para sempre.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 22 de junho de 2011

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quarta-feira, 6 de julho de 2011

A nossa casa permanente é a do céu

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Evangelho Segundo São Mateus 8, 18-22

Vendo Jesus em torno de si, uma grande multidão decidiu passar à outra margem. Saiu-lhe ao encontro um doutor da Lei, que lhe disse:

- Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores.

Respondeu-lhe Jesus:

- As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.

Um dos discípulos disse-lhe:

- Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai.

Jesus, porém, respondeu-lhe:

- Segue-me e deixa os mortos sepultar os seus mortos.



Queridos irmãos e irmãs, somos a Igreja que se faz presente no mundo na caridade e na ajuda mútua. Onde houver um irmão em necessidade, tanto de ajuda material ou espiritual, devemos estar prontos para oferecer a nossa contribuição solidária e fraterna a eles. Jesus, o Nosso Senhor e Salvador, Ele deu grande exemplo.

Mesmo sendo filho de Deus, não quis as pompas e regalias do mundo para a sua missão. Ele estava pronto para tudo e para todos. Não ficava fechado a grupos religiosos, políticos e sociais. Estava aberto a todos que precisavam da boa notícia da salvação que traz vida em abundância. Não é privilégio ter uma vida digna, mas sem opulência, sem desperdício e nem arrogância nos serviços pastorais, tantos de leigos como dos pastores. A mesa da Eucaristia é uma lição de humildade e serviço. O mesmo corpo de Cristo alimenta os ricos, os pobres, os fracos e doentes.

Segue o comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Afonso Maria de Ligório (1696-1787), bispo e doutor da Igreja


8º Discurso para a Novena de Natal

O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. Deus é a Sua própria riqueza, porque é o bem infinito. [...] Este Deus tão rico fez-Se pobre ao tornar-Se homem, a fim de nos enriquecer a nós, miseráveis pecadores. É o ensinamento muito claro do apóstolo Paulo: “De tão rico que era, Jesus tornou-Se pobre para vos tornar ricos pela Sua pobreza” (2 Co 8, 9). Como?! Um Deus [...] chegar ao ponto de Se tornar pobre? Com que intenção? Tentemos compreendê-la.

Os bens terrenos não passam de terra e lama; mas esta lama cega de tal modo os homens, que eles deixam de discernir os verdadeiros bens. Antes da vinda de Jesus Cristo, o mundo estava repleto de trevas, porque cheio de pecados: “Toda a carne havia pervertido a sua conduta” (Gn 6, 12). Ou seja: os homens tinham obscurecido em si a lei natural gravada no seu espírito por Deus; viviam como animais, preocupados apenas em obter prazeres e bens terrenos, e totalmente indiferentes aos bens eternos. Foi por um efeito da misericórdia divina que o Filho de Deus veio dissipar essas profundas trevas: “Sobre aqueles que habitavam a região da sombra da morte, uma luz resplandeceu” (Is 9, 1) [...]

Mas este divino mestre quis instruir-nos não apenas pela palavra, mas também, e, sobretudo, pelos exemplos da Sua vida. “A pobreza”, afirma São Bernardo, “estava ausente do céu; encontrava-se apenas na Terra. Infelizmente o homem não conhecia o seu preço e, à partida, não a procurava. Para torná-la preciosa aos nossos olhos e digna de todos os nossos desejos, que fez o Filho de Deus? Desceu do céu à Terra e escolheu-a como companheira de toda a Sua vida.

Assim, ao refletir este Evangelho de Mateus e a homilia de Santo Afonso de Ligório, constatamos que é muitas vezes difícil de entender essa passagem do Evangelho em que Jesus nos exorta para dar atenção à nossa vida, pois o capitalismo, o consumismo e o materialismo nos deixam cegos e ávidos por riquezas em demasia, por prestígios e fama a qualquer preço e assim ficamos insensíveis às necessidades dos outros.

Ficamos presos por falsas premissas e paradigmas que não combinam com a do Nosso Cristo. Se formos cristãos porque cremos Nele, convertamo-nos a Ele de todo coração e de todo o nosso ser. Não podemos nos contentar com uma vida medíocre, de mãos vazias do bem, sem interesse para aqueles que estão gritando pela nossa ajuda.

Há muitos marginalizados e que quase passam despercebidos no nosso coração e fechamos a eles. Peçamos a Deus um coração de carne semelhante ao de Deus, um coração que saia raios de amor e misericórdia para todos. Quando uma pessoa consegue ver Deus como é, sem nenhuma máscara ou hipocrisia religiosa, então seremos restaurados na sua graça redentora.

Temos que pedir a Jesus que nos transforme e que sejamos um diferencial para todos para que haja mais seguidores Dele com disposição e sem se misturar na ganância do ter. Cada pão que vem à nossa mesa para nos alimentar sai do chão sofrido do nosso povo, herói do campo, que é desvalorizado pelo seu trabalho e, muitas vezes, explorado quando ele propõe vender as suas mercadorias para saciar a fome da sociedade moderna e contemporânea.

Que o Reino de cristãos se faça serviço e que agradecemos a Deus por tudo que Ele nos dá, sem nós merecermos.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 27 de junho de 2011

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terça-feira, 5 de julho de 2011

Música se transforma em hino de confiança em Deus, afirma Bento XVI

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A pessoa humana tem a capacidade de transcender a Deus na oração, na escuta da Palavra, no ouvir da música e na manifestação das coisas criadas até nós. Tudo fala de Deus, pois Ele é autor de tudo que criou. Nós devemos cuidar de tudo, ser participantes e ajudá-lo a ser melhor. Devemos derrubar as barreiras do egoísmo da nossa vida, pois elas não permitem a nossa aproximação com todos. Deus se manifesta onde há o amor, o diálogo, a concórdia e o perdão mútuo.

O presidente da Hungria, Pál Schmitt, ofereceu um concerto ao papa Bento XVI, na Sala Paulo VI, no Vaticano. O evento, no qual foram interpretadas três peças do compositor e pianista húngaro Ferenc Liszt aconteceu por ocasião do bicentenário do nascimento do músico e pela Presidência de turno da Hungria no Conselho da União Europeia. Bento XVI comentou o concerto afirmando que Liszt “é um dos maiores pianistas de todos os tempos”. Entre as peças interpretadas, o Salmo 13 de Liszt, sobre o qual o papa disse: “o grande músico húngaro o rezou mais que o compôs, ou melhor, o rezou antes de o compor”. “O Salmo foi, de fato, composto durante um período de intensa reflexão espiritual do compositor húngaro do século XIX que”, recordou Bento XVI, “recebeu as ordens menores”. O papa falou sobre a passagem em que o homem está rezando, é assediado pelo inimigo e Deus parece estar ausente (www.cancaonova.com).

Na oração, percebe-se a angústia da frase repetida inúmeras vezes: “até quando, Senhor?”. “Mas Deus não abandona”. O salmista sabe disso e também o sabe Liszt, um homem de fé. “Da angústia nasce uma súplica plena de confiança, que termina em alegria”, explica o santo padre. “A música se transforma”, prosseguiu o pontífice, “em um hino pleno de confiança em Deus, que não trai jamais, que não abandona jamais, que não nos deixa jamais sós (www.cancaonova.com).

Deus está presente na nossa história humana no mundo. Quando tudo parece estar destruído aí surge a esperança de vida. As flores, as obras lindas e a vida participam da grande orquestra que é a criação. Tudo louva a Deus e ainda nos deixa admirado na sua grandeza. O espírito se eleva e o corpo se alimenta da beleza que Deus nos propicia. A vida acontece na medida em que celebramos o amor nas relações humanas e afetivas. Cada um de nós deve tomar consciência de que podemos mudar o nosso redor se formos coerentes na fé que professamos. Cristo confia em cada um de nós na missão de evangelizar e converter o mundo para o bem!

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Papa: jugo de Cristo é suave, mas exigente

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Queridos irmãos e irmãs...

A liturgia nos coloca dentro do mistério pascal de Cristo e Ele sempre nos acolhe com o coração aberto e cheio de amor. Do seu peito abeto pela lança jorrou água e sangue. Esta é a prova maior do amor Dele por nós. Jesus derramou todo o seu sangue para salvar a humanidade decaída pelo pecado. O pecado é o nosso afastamento de Deus e ele nos deixa na escuridão, no desamor e na anti-comunhão com Ele e com todos os irmãos e irmãs de comunidade.

Deus nos amou primeiro e sempre nos quer juntos Dele. Ele nos escolheu com o amor e predileção. Somos um povo abençoado por Ele (Cf. Dt 7, 6-11). Deus nos amou primeiro e nos fez participantes desse amor que faz a gente amar os outros na mesma medida de Deus. Quem ama Deus deve necessariamente amar o próximo como a ti mesmo. Podemos amar na medida em que mergulhamos no amor de Deus. Não há perigo de errar ou ficar no desamor, se estiver em intimidade com Deus sempre (cf. 1 Jo 4,7-16).



CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 30 de junho de 2011 (ZENIT.org) - Bento XVI recordou a 41 novos arcebispos que o jugo de Cristo é de amizade, mas também é exigente e nos forma, nesta quarta-feira, ao celebrar a Missa na festividade dos santos Pedro e Paulo na Basílica de São Pedro. Todo ano, nesta festa, os novos arcebispos da Igreja (ou os que já eram arcebispos, mas que não foram designados a novas arquidioceses) recebem o pálio (uma faixa circular que carregarão sobre os ombros), sinal de comunhão com o papa.

Mas ontem a celebração era ainda mais importante, já que o santo padre estava comemorando o 60º Aniversário da sua Ordenação Sacerdotal. Depois de uma cálida reflexão sobre o seu sacerdócio e as lições de seis décadas, ele se centrou nas palavras de Cristo. “Já não vos chamo servos, mas amigos” e voltou a dirigir-se àqueles que recebiam o pálio.

Brasil e Estados Unidos são as nações que têm o maior número de arcebispos, sete e quatro, respectivamente, ainda que os dos EUA sejam mexicanos nativos. O pálio, disse o papa, “nos recorda, em primeiro lugar, o jugo suave que Cristo colocou sobre nós. O jugo de Cristo é idêntico à sua amizade. É um jugo de amizade e é um 'jugo suave', mas também é exigente, e nos forma. É o jugo da sua vontade, que é uma vontade de verdade e de amor”.

O santo padre destacou que o pálio é feito de lã. “Isso nos recorda que o próprio pastor se converteu em um cordeiro, por amor a nós”. “Recorda-nos que Cristo atravessou as montanhas e os desertos, nos quais a sua ovelha, a humanidade, havia se perdido”, disse. Recorda-nos que ele tomou a ovelha, a humanidade, a mim, sobre os seus ombros para nos levar para casa. E acrescentou. “Recorda-nos que também nós, como pastores ao seu serviço, temos de levar outros, carregando-os em nossos ombros e conduzindo-os a Cristo” (www.zenit.org).

Assim, queridos irmãos e irmãs, orientados pelas palavras do nosso papa Bento XVI, podemos ouvir a voz do supremo Pastor Jesus. Ele nos carrega nos ombros quando estamos cansados e fatigados pelas lutas da vida. Jesus cuida de nós, porque o seu jugo é leve e suave, mas exigente, pois pede de nós coerência de vida e a prática do amor solidário que leva o outro a crescer na dignidade de filhos e filhas amadas de Deus Pai (cf. Mt 11, 25-30). Somos livres e é por isso que podemos dar o sim a Jesus de modo pleno e incondicional. Isso tudo porque Cristo demonstrou o seu amor misericordioso a humanidade a toda.

Celebrar a Festa do Sagrado Coração de Jesus é estar intimamente ligado a Ele na escuta da sua palavra, na participação da Eucaristia e na prática da caridade aos que mais precisam de nossa ajuda. Não permita nunca ausentar desse amor que cuida e zela pela nossa integridade. Jesus é um Deus presente que caminha na nossa história.

Amém!


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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Papa indica amizade com Jesus como "programa de vida sacerdotal"

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A vocação é um chamado especial de Deus à pessoa. Ela responde com disponibilidade para uma missão. Ninguém pode deixar de responder, pois corre o perigo de viver solitário e sem alegria na vida. A vida se faz na doação e no serviço aos pobres e desvalidos da sociedade. Deus nos chama a estar com ele na oração, na vida missionária e comunitária. O sacerdócio tem a dimensão criptologia e eclesial. É Cristo que dá o selo e a graça de poder a pessoa a trabalhar com disposição na evangelização dos povos. O nosso papa fez 60 anos de sacerdócio na obediência a Cristo que é supremo pastor. Ele segue firme na direção da Igreja a ele confiada e tem a assistência do Espírito Santo.

A Santa Missa em comemoração aos 60 anos da Ordenação Sacerdotal de Bento XVI foi presidida pelo sumo pontífice na manhã desta quarta-feira, 29 de junho de 2011, Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, na Basílica de São Pedro. Ao longo da cerimônia, também houve a entrega do Pálio aos novos arcebispos metropolitanos nomeados ao longo do último ano, entre os quais sete brasileiros.

O papa centrou sua homilia em torno da expressão "Já não vos chamo servos, mas amigos" (Cf. Jo 15, 15). Segundo o ordenamento litúrgico do tempo de sua Ordenação, essas palavras eram ditas pelo bispo ao final da cerimônia e significavam a explícita concessão aos novos sacerdotes do mandato de perdoar os pecados (www.cancaonova.com).



“‘Já não sois servos, mas amigos’: nesta frase está encerrado o programa inteiro de uma vida sacerdotal”, destacou. Ele disse que tal expressão gera uma grande alegria interior, mas, ao mesmo tempo, na sua grandeza, pode fazer o sacerdote sentir ao longo dos decênios calafrios com todas as experiências da própria fraqueza e da bondade inexaurível de Deus. "Senti-me impelido a dizer-vos uma palavra de esperança e encorajamento; uma palavra, amadurecida na experiência, sobre o fato que o Senhor é bom. Mas esta é, sobretudo, uma hora de gratidão: gratidão ao Senhor pela amizade que me concedeu e que deseja conceder a todos nós. Gratidão às pessoas que me formaram e me acompanharam. E, subjacente a tudo isto, a oração para que um dia o Senhor na sua bondade nos acolha e faça contemplar a sua glória”, expressou-se (www.cancaonova.com).

"O que é verdadeiramente a amizade?", questionou. E respondeu: "A amizade é uma comunhão do pensar e do querer. [...] Ele conhece-me pelo nome. Não sou um ser anônimo qualquer, na infinidade do universo. Conhece-me de modo muito pessoal. E eu? Conheço-O a Ele? A amizade que Ele me dedica pode apenas traduzir-se em que também eu O procure conhecer cada vez melhor".

Segundo o pontífice, a amizade não é apenas conhecimento, mas, sobretudo, comunhão do querer. "Significa que a minha vontade cresce rumo ao 'sim' da adesão à d’Ele. Na amizade, a minha vontade, crescendo, une-se à d’Ele: a sua vontade torna-se a minha e é precisamente assim que me torno de verdade eu mesmo".

Essa expressão de Jesus sobre a amizade está no contexto do discurso sobre a videira, imagem que alude à tarefa dada aos discípulos - "Eu vos destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça" (Jo 15, 16). Por isso, a primeira tarefa dada aos discípulos, aos amigos, é pôr-se a caminho: "Sair de si mesmo e ir ao encontro dos outros. O Senhor exorta-nos a superar as fronteiras do ambiente onde vivemos e levar ao mundo dos outros o Evangelho, para que permeie tudo e, assim, o mundo se abra ao Reino de Deus", afirmou (www.cancaonova.com).

O bispo de Roma explicou que o fruto que o Senhor espera de nós é como o vinho, imagem do amor no discurso sobre a videira. No entanto, advertiu que o Antigo Testamento recorda que o vinho esperado das uvas boas é imagem da justiça, que existe em uma vida vivida segundo a lei de Deus.

E não digamos que esta é uma visão veterotestamentária, já superada. Não! Isto permanece sempre verdadeiro. O autêntico conteúdo da Lei é o amor a Deus e ao próximo. Este duplo amor, porém, não é qualquer coisa simplesmente doce; traz consigo o peso da paciência, da humildade, da maturação na educação e assimilação da nossa vontade à vontade de Deus, à vontade de Jesus Cristo, o Amigo. Só deste modo, tornando verdadeiro e reto todo o nosso ser, é que o amor se torna também verdadeiro, só assim é um fruto maduro.

A sua exigência intrínseca, ou seja, a fidelidade a Cristo e à sua Igreja requer sempre que se realize também no sofrimento. É precisamente assim que cresce a verdadeira alegria. No fundo, a essência do amor, do verdadeiro fruto, corresponde à palavra relativa ao pôr-se a caminho, ao ir: amor significa abandonar-se, dar-se; leva consigo o sinal da cruz (www.cancaonova.com).

O papa recordou, ao impor o pálio aos arcebispos metropolitanos nomeados depois da última festa dos Apóstolos, que esse significa, em primeiro lugar, o jugo suave de Cristo que é colocado aos ombros dos Pastores. Assim, para nós, é, sobretudo, o jugo de introduzir outros na amizade com Cristo e de estar à disposição dos outros, de cuidarmos deles como Pastores. [...] Recorda-nos que podemos ser Pastores do seu rebanho, que continua sempre a ser d’Ele e não se torna nosso. [...] Por fim, o pálio significa também, de modo muito concreto, a comunhão dos Pastores da Igreja com Pedro e com os seus sucessores: significa que devemos ser Pastores para a unidade e na unidade, e que só na unidade, de que Pedro é símbolo, guiamos verdadeiramente para Cristo (www.cancaonova.com).

Assim, podemos dizer que o cristão não é uma pessoa que se acomoda e fica inerte no mundo, mas é sobretudo uma pessoa com intimidade com Deus da vida que leva a todos a viver santamente e em comunhão com a Trindade. Nós podemos seguir Cristo, pois Ele nos leva ao Pai, fonte perene de vida. Jesus nos ensina a carregarmos a cruz e aliviar as dores dos outros que sofrem e precisam da nossa ajuda. Somos parte de uma comunidade que se encaixa com outros para realizarmos a nossa missão de continuar levando a mensagem de libertação e salvação que Jesus trouxe a cada de nós. Nós temos vida na ressurreição de Cristo que morreu na cruz por nós.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

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