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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Bento XVI revela mistério do corpo nu

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Deus nos fez como uma obra prima que tem beleza e valor. Somos amados na grandeza do nosso ser. A criação é a obra perfeita de Deus. Tudo nela fala e canta Deus. Nada passa desapercebido por Ele. Somos amados infinitamente por Deus e Ele nos carrega em suas mãos. Nós temos valor como uma pedra preciosa que foi purificada no sangue derramado por Jesus na sua Cruz.

Assim diz São Pedro: Pois sabeis que não foi como coisas perecíveis, isto é, como prata e ouro, que fostes resgatados da vida fútil que herdastes dos vossos pais, mas pelo sangue precioso de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem macula, conhecido antes da fundação do mundo, mas manifestado, no fim dos tempos, por causa de vós. Por Ele vós crestes em Deus que o ressuscitou dos mortos e lhe deu a glória de modo que a vossa fé e a vossa esperança estivessem postas em Deus.

Reflete sobre teologia do corpo de João Paulo II

Bento XVI apresentou, na última sexta-feira, a "beleza integral" da sexualidade, que pode ser compreendida ao descobrir o mistério que o corpo humano esconde. O papa resumiu, com estas palavras, as contribuições mais originais do pensamento de João Paulo II, em sua "teologia do corpo".

O sucessor de Karol Wojtyla tratou deste tema ao receber em audiência os membros do Instituto Pontifício João Paulo II, centro acadêmico universitário fundado pelo pontífice polonês na sede da Universidade Pontifícia Lateranense de Roma, por ocasião dos 30 anos de sua fundação. Aquele centro foi criado em 13 de maio de 1981, mas João Paulo II não pôde pronunciar suas palavras de anúncio, devido ao atentado provocado pelo terrorista Ali Agca (www.zenit.org).

Joseph Ratzinger começou recordando que, pouco depois da morte de Michelangelo, o pintor Paolo Veronese foi chamado diante da Inquisição, com a acusação de ter pintado figuras inapropriadas ao redor da Última Ceia.

"O pintor respondeu que também na Capela Sistina os corpos estavam representados nus, com pouca reverência. Foi o próprio inquisidor quem defendeu Michelangelo com uma resposta que se tornou famosa: 'Você não sabia que nestas figuras não há nada que não seja espírito?'".

"Atualmente, é difícil para nós entender estas palavras”, reconheceu o papa, “porque o corpo aparece como matéria inerte, pesada, oposta ao conhecimento e à liberdade próprios do espírito. Mas os corpos pintados por Michelangelo estão repletos de luz, vida, esplendor" (www.zenit.org).

"Ele queria mostrar, dessa maneira, que nossos corpos escondem um mistério”, reconheceu o papa. Neles, o espírito se manifesta e age. Estão chamados a ser corpos espirituais". "Se o nosso corpo está chamado a ser espiritual, sua história não deveria ser a da aliança entre o corpo e o espírito? De fato, longe de opor-se ao espírito, o corpo é o lugar em que o espírito habita. À luz disso, é possível entender que nossos corpos não são matéria inerte, pesada, mas que falam, se soubermos escutar, com a linguagem do amor verdadeiro".

O corpo, prosseguiu, "nos fala de uma origem que nós não conferimos a nós mesmos". "Podemos afirmar que o corpo, ao revelar-nos a Origem, carrega consigo um significado filial, porque nos recorda nossa geração, que mostra, através dos nossos pais que nos deram a vida, Deus Criador" (www.zenit.org).

"Somente quando reconhece o amor original que lhe deu a vida, o homem pode aceitar a si mesmo, pode se reconciliar com a natureza e com o mundo. À criação de Adão segue a de Eva. A carne, recebida de Deus, está chamada a tornar possível a união de amor entre o homem e a mulher e a transmitir a vida. Os corpos de Adão e Eva aparecem, antes da Queda, em perfeita harmonia".

"Há neles uma linguagem que não criaram um eros radicado em sua natureza, que os convida a receber-se mutuamente do Criador, para poder, dessa maneira, doar-se". "A verdadeira fascinação da sexualidade nasce da grandeza desse horizonte que se abre: a beleza integral, o universo da outra pessoa e do 'nós' que nasce da união, a promessa de comunhão que lá se esconde, a fecundidade nova, o caminho que o amor abre a Deus, fonte de amor".

"A união em uma só carne se torna, então, união de toda a vida, até que o homem e a mulher se convertam também em um só espírito. Abre-se, assim, um caminho no qual o corpo nos ensina o valor do tempo, do lento amadurecimento no amor".

A partir desta perspectiva, concluiu o papa, "a virtude da castidade recebe um novo sentido. Não é um 'não' aos prazeres e à alegria da vida, mas o grande 'sim' ao amor como comunicação profunda entre as pessoas, que exige tempo e respeito, como caminho rumo à plenitude e como amor que se converte em capaz de gerar a vida e de acolher generosamente a vida nova que nasce" (www.zenit.org).

Assim, as palavras do nosso papa fazem cada um de nós compreendermos que o nosso corpo tem valor e deve ser respeitado e dignificado numa vida de comunhão com Deus sempre. O espírito Santo habita em nós e nós somos o templo de Deus.

Que o corpo revele sempre a imagem perfeita de Deus que ama a todos sem distinção. Somos filhos no Filho de Deus no Espírito Santo.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 17 de maio de 2011

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