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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Disponibilidade no seguimento a Cristo

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Estamos no Mês de Maio, Mês de Maria, a modelo do seguimento a Cristo, pois ela soube ouvir e escutar a Palavra de Deus. Ela é a arca de Deus, pois carregou no seu ventre o verbo encarnado e trouxe o verdadeiro maná, pois Jesus vem sempre a nós como hóstia viva que nos alimenta e nos dá a vida plena.

Santo Agostinho disse que Maria fez plenamente a vontade do Pai e por isso é mais para Maria ter sido discípula de Cristo do que Mãe de Cristo (Sermões 5, 7).

O seguimento consiste em crer em Deus, na sua Palavra que liberta, na voz da Igreja em seu Magistério e viver em comunidade como servo. Jesus pede a nossa obediência e ainda a prática da sua Palavra na vida como um porta voz Dele no mundo. Maria no seu sim a Deus permitiu que o autor da vida viesse ao mundo através dela, e hoje Jesus quer ser anunciado através da nossa vida coerente a Deus na oração, na comunhão e na escuta da sua Palavra.

Quem é o modelo de seguimento é Maria, a nossa mãe do céu, e se queremos ser seguidores de Cristo, devemos aprender de Maria, a serva que estava sempre disposta a praticar a Palavra e nos intercede a Deus para sermos fiéis a Ele sempre. Jesus Cristo disse de que sua mãe, seus irmãos e suas irmãs e bem-aventurados são os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.

Assim Ele já inclui em primeiro lugar sua própria Mãe. Ela é bem-aventurada porque mais e melhor acolheu e cumpriu a Palavra, prolongando seu “faça-se em mim segundo a sua palavra” da anunciação (Lc 1, 38). A grandeza de Maria não está só de ser a Mãe de Cristo, mas na realização do plano de Deus de salvar a humanidade em Cristo, pois ela soube ouvir o pedido de Deus e respondeu plenamente com a sua vida. Se queremos ser discípulo ou discípula, precisamos entrar na escola de Maria. Ela deixou a Palavra de Deus penetrar na sua vida por completo.

João Paulo II, na Encíclica sobre a Mãe do Redentor, diz: “Maria continuava, pois, mediante a fé, a ouvir e a meditar aquela palavra, na qual se tornava cada vez mais transparente, de um modo que excede todo conhecimento” (Ef 3, 19), a auto-revelação de Deus vivo. E assim, Maria Mãe tornava-se, em certo sentido, a primeira “discípula” do seu Filho, a primeira a quem ele parecia dizer: “Segue-me”, mesmo antes de dirigir este chamamento aos Apóstolos ou a quaisquer outros (Cf. Jo 1, 43)” - RM, 20.

No Documento de Puebla, 292-293, vemos o valor de Maria. Foi a fiel companheira do Senhor em todos os caminhos. A maternidade divina levou-a a uma entrega total. Maria soube doar-se por completo numa atitude consciente e eficaz. Assim ela une a historia de Cristo e participou dela de modo singelo, amoroso e santo. A glória de Cristo espalha nela e em todos que querem segui-Lo.

Maria tem o papel preponderante na missão de Cristo, pois foi corajosa e acreditou plenamente nos desígnios de Deus. A virgindade de Maria é uma entrega exclusiva a Jesus Cristo que expressa na fé, na obediência e na pobreza. Tudo isso é possível na ação do Espírito Santo. Cada um de nós temos o Espírito Santo. É só deixa-LO agir em nós.

Desse modo, Cristo vem em nós para que nosso agir transpareça-O na sua verdadeira imagem que é do Bom Pastor que cuida, zela e o protege as ovelhas e aquela que mais precisam de nossa ajuda. Maria esteve presente na vida de Jesus o tempo todo, no seu sofrimento, na sua dor, na sua morte e sentiu alegria de vê-Lo ressuscitado e esteve presente no nascimento da Igreja, no Pentecostes.

Ela é estrela da evangelização. Se queremos ser bálsamo aos que mais sofres, aos doentes, aos que perdem os entes queridos na morte, devemos escutar no silêncio do nosso ser a Palavra de Deus, meditá-la como Maria fez e entendeu os desígnios de Deus para cada ser humano.

Nas Bodas de Caná, ela foi a intercessora daqueles noivos, na festa, onde já começara a faltar o vinho. Ela pediu a Jesus e presenciou o sinal maravilhoso que seu filho fez. Isso é, transformou água em vinho de boa qualidade. Assim ela ajudou os discipulos a ver Jesus como Deus é. Gerou neles a fé no Cristo.

Assim, cada um de nós deve ser essa porta voz da esperança, da fé e do amor naqueles que estão fragilizados pela doença, pela morte e pela exclusão de qualquer ordem. Maria nos educa como uma boa mãe e mestra, e nos leva sempre a Jesus, e nos ajuda a ser de fato discípulo e discípulo de Cristo, mensageiro da esperança. Onde tem Jesus tem que ter Maria, pois ela coloca no nosso ser a certeza que Deus nos ama e sempre usa todos os meios para a nossa salvação e libertação.

Enquanto peregrinamos, Maria será a mãe e a educadora da fé (LG 63). Hoje ela nos fala como fez em Caná. Fazei o que Ele vos disser (Jo 2, 5). Maria zela pelos seus filhos no Filho, seu predileto Jesus. Ela cuida para que o Evangelho nos penetre intimamente, plasme nossa vida de cada dia e produza em nós frutos de santidade. Todo serviço que Maria presta aos homens consiste em abri-los ao Evangelho e convidá-los a obedecer-lhe (DP 290 e 300).

Por Maria chegamos a Jesus e ela nos dá força nos nossos ministérios e não nos deixa desanimar e nem ficar cansados pelo caminho. Maria, mulher de fé. Ela aponta Jesus desde o amanhecer como uma estrela da manhã. Guia-nos no mar da vida como Estrela do Mar que ajuda-nos como navegantes que quer chegar a um porto seguro. Em Belém, foi iluminada pela verdadeira luz que é Cristo.

Maria nos mostra Jesus como Luz para guiar em todas as nossas dificuldades, lutas e trabalhos pastorais. Ela não deixa a luz ofuscar a nossa visão de Jesus, porque nós queremos estar no seguimento de Jesus juntamente com Maria.

“Queremos ver Jesus, caminho, verdade e vida! Queremos ver Jesus!”

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

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