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"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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domingo, 19 de fevereiro de 2012

Deus perdoa pecados do seu povo

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A cada domingo, nós temos o encontro com Jesus, o bom pastor que cuida bem das suas ovelhas. Jesus cura o mal do físico e o mal do espírito, pois Ele nos quer livres por completo para podermos amá-Lo sem nenhum receio e obstáculo. Jesus vem sempre nos libertar de tudo que não nos deixa amá-Lo e nem aos irmãos e irmãs. O pecado é o maior mal do tempo moderno, pois vemos espalhado em todos os lugares onde há preconceito, desamor, fome, injustiça, ódio, violência, ganância, corrupção, etc. Antigamente tudo era pecado. Hoje há falta de consciência sobre o pecado, e as suas consequências na Igreja, na família e na sociedade em que vivemos fazem com que nos tornamos insensíveis à justiça, à solidariedade e à partilha com os mais necessitados.

A liturgia da Palavra deste domingo nos fala do pecado e da atitude bondosa e compassiva de Deus diante do pecador. Na História da Salvação, vemos a esperança e prática do perdão do nosso Deus que é misericordioso, pois Ele é o puro amor que transcende todas as nossas faltas. Deus nos conhece por inteiro, sabe das nossas fraquezas e limitações humanas.

NO Livro de Isaías, nos é mostrado Deus, e o Pecado do seu Povo. O povo passava por uma dura provação, estavam escravos e eram humilhados pelos babilônios. Então, esse povo da aliança, onde Deus sempre estava junto dele, amando-o e libertando-o nos momentos difíceis. Por isso, pergunta e questiona dizendo: "Por que Deus permitiu que fôssemos reduzidos a escravos depois de ter dado tantas provas de amor no passado? Terá Deus esgotado sua paciência diante da dureza do nosso coração?

“Deus vem e fala através do profeta dizendo: ‘Não penseis no passado... Sou eu quem apaga tuas culpas... e já não me lembrarei dos teus pecados’” (cf. Is 43, 18-19.21-24b-25). Quando nos afastamos de Deus ficamos longe e escravos, sofrendo todo tipo de humilhação, tornamo-nos escravos do pecado. O que fazer quando isso acontecer na nossa vida? Fazemos igual ao povo da Bíblia: não perder a esperança e deixar-se libertar pelo Deus da Vida que nos quer livre. Deus usa de misericórdia e nos estende a mão para nos levantar e animar para continuar a caminhada.

Na Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios, somos exortados e convidados a viver com autenticidade o nosso SIM a Deus. Não podemos ser pessoas que não vivem a fé coerente em Cristo, pois podemos fragilizar e sair do verdadeiro caminho. O mundo precisa de cristãos autênticos para mudar as estruturas e as artimanhas do materialismo que aniquila a dignidade humana, principalmente dos pobres, doentes, marginalizados e excluídos do nosso tempo (cf. 2 Cor 1, 18-22).

O Evangelho de São Marcos nos apresenta Jesus diante do Pecado. Cristo experimentou a exclusão. Não podia estar nas sinagogas. Agora Jesus prega nas casas, onde se ajuntava grande número de pessoas para escutar sua Palavra. Em uma casa onde Jesus se encontrava e como não podiam introduzir o doente lá dentro, quatro homens que carregavam o doente sobre a maca sobem ao telhado e descem o doente no meio da sala.

Essa atitude dos amigos do doente, proporcionada pela fé deles em Cristo, faz com que Jesus cure-o do pecado, perdoando os pecados. Isso causa espanto para os escribas, que diziam que era uma blasfêmia, pois só Deus que perdoa. Mas Jesus é Deus e ainda fala com poder dizendo: "Para que saibais que o Filho do Homem tem o poder de perdoar... levanta-te e vai..." (cf. Mc 2, 1-12).

O perdão e a cura física são ingredientes da libertação completa. Deus se manifesta na integridade da pessoa humana. Esse paralítico está livre e perdoado, e agora pode ser testemunha de Cristo, pois é uma pessoa nova. Nada o impede de ser pessoa paralisada. Será que experimentamos isso na nossa vida? Será que estamos curados do pecado? Será que nos aproximamos de Jesus com fé?

Que a liturgia nos ajude a estar com Deus e assistidos por Ele nos libertando e nos ajudando na nossa libertação integral para trabalhar a favor do Reino de Deus e da Vida de Todos.

Amém!


Texto pensado, produzido e escrito para ser publicado em 15-02-2012

Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.


Foto de José quando ministro do Batismo

REUNIÃO AMPLIADA DA PASTORAL DA COMUNICAÇÃO
ARQUIDIOCESE DE MONTES CLAROS


05/03/2012 às 18h

LOCAL
Sede da Associação Bom Pastor/Comunidade Esdras
Rua Grão Mogol, 287, Centro de Montes Claros (MG)
Telefone: (38) 3213-3060
Site: www.bompastor.org.br



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