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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Quem acolhe o irmão em nome de Cristo acolhe o Deus de Jesus Cristo

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Jesus não escondeu nada dos apóstolos sobre a sua missão de salvar a humanidade e que culminaria na sua morte de cruz. Mas esta morte não reterá Jesus, pois Ele ressuscita e nos dá o presente da vida eterna. Os colaboradores de Jesus são porta-voz de verdade e não podem querer para si vantagens pessoais e regalias. Jesus repreende os apóstolos e a todos que querem ser os primeiros em tudo. Jesus nos ensina a humildade do serviço para que sejamos o último. Estamos para servir a Deus nos irmãos e irmãs que sofrem. O Reino de Deus se faz na simplicidade e ele se propaga como um relâmpago por todos os lugares.

Naquele tempo, Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”. Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “O que discutíeis pelo caminho?”. Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior. Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!”. Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a disse: “Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou”. (Mc 9, 30-37).

Segue o comentário ao Evangelho do Dia feito por cardeal Joseph Ratzinger [papa Bento XVI], intitulado “Der Gott Jesu Christi” (“O Deus de Jesus Cristo”)...

“Quem receber um destes meninos em Meu nome é a Mim que recebe”


É preciso lembrarmo-nos de que o título de nobreza teológica mais importante de Jesus é “Filho”. Em que medida esta designação estava já linguisticamente prefigurada pela maneira como o próprio Jesus Se apresentou? [...] Não restam dúvidas de que ela é a tentativa de resumir, numa palavra, a impressão geral causada pela Sua vida; a orientação da Sua vida, a Sua raiz e o Seu ponto culminante tinham por nome “Abba” - Paizinho. Ele sabia que nunca estava só; e, até ao Seu último grito na cruz, esteve inteiramente virado para o Outro, para Aquele a Quem chamava Pai. Foi isto que tornou possível o Seu verdadeiro título de nobreza, não fosse, nem “Rei”, nem “Senhor”, nem outros atributos de poder, mas uma palavra que também poderíamos traduzir por “Filho”.

Podemos, portanto, dizer que, se a infância ocupa um lugar tão predominante na pregação de Jesus, é porque tem estreita ligação com o Seu mistério mais pessoal, a Sua filiação. A Sua mais alta dignidade, que nos leva à Sua divindade não é, em última análise, um poder que Ele próprio possua; consiste no fato de estar voltado para o Outro - para Deus Pai. [...]

O homem quer tornar-se Deus (Cf. Gn 3, 5) e é nisso que se deve tornar. Mas sempre que, como no diálogo eterno com a serpente do Paraíso, tenta lá chegar livrando-se da tutela de Deus e da Sua criação, não se apoiando senão em si próprio, sempre que, numa palavra, se torna adulto, totalmente emancipado, e rejeita completamente a infância como estado de vida, desemboca no nada, porque se opõe à sua própria verdade, que é a dependência. Só conservando o que nele há de mais essencial à infância e à existência como filho, vivida antes de mais por Jesus, é que entra com o Filho na divindade.


As palavras sábias do cardeal Joseph Ratzinger, hoje o nosso papa Bento XVI, e do Evangelho de hoje nos faz pensar a importância de sermos dóceis a Deus, como uma criança, sem ficar preocupado com as honrarias e benesses do mundo. A sociedade moderna se prisma nas honrarias e opulências que vêm muitas vezes de vantagens pessoais da posição de poder. Jesus nos ensina a estar prontos para ser o último e servir com alegria a todos, principalmente os mais pobres e excluídos. Não podemos deixar que uma multidão se engane nos prazeres terrenos, nas bebidas e no ter mais. Devemos ser o último, partilhando os nossos dons e bens aqueles que ficam à margem do sistema de saúde, da educação e da dignidade humana.

Que a nossa partilha se faça desde o dízimo correto que devemos dar e a oferta daquilo que excede a nós e que está em nosso poder para as obras de caridade. Que possamos relacionar com Deus como filho na figura de uma criança que se faz presente através da sua singeleza, do seu sorriso e da sua confiança plena naquele que ela põe confiança. Desta maneira devemos confiar plenamente em Deus e ser e agir como criança.

Amém!!!

Em alemão: “Der Gott Jesu Christi” (“O Deus de Jesus Cristo”)


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.


Foto de José quando ministro do Batismo

REUNIÃO AMPLIADA DA PASTORAL DA COMUNICAÇÃO
ARQUIDIOCESE DE MONTES CLAROS


05/03/2012 às 18h

LOCAL
Sede da Associação Bom Pastor/Comunidade Esdras
Rua Grão Mogol, 287, Centro de Montes Claros (MG)
Telefone: (38) 3213-3060
Site: www.bompastor.org.br

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