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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Com a obediência é possível renovar a Igreja, ressalta papa


Nós, cristãos, somos chamados a dar testemunho de Cristo em todas as nossas relações humanas. Pelo Batismo, estamos inseridos na Igreja e fazemos parte do corpo místico de Cristo. A fé se renova a cada dia da nossa vida na medida em que assumimos as nossas responsabilidades na missão evangelizadora da Igreja. Ela é responsável por transmitir a fé e os sacramentos. O sacerdócio se faz serviço na Igreja que mostra, por seus atos, servidora de Cristo nos pobres e doentes de nossa sociedade. Não somos uma agremiação que se reúne por compromisso efêmero, mas fazemos parte do Povo de Deus que caminha para O reino definitivo (1).

O santo padre, o papa Bento XVI, consagrou os Santos Óleos durante a Missa do Crisma, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Na manhã desta quinta-feira (05/04), o Bento XVI presidiu, na Basílica de São Pedro, a Santa Missa do Crisma. A liturgia é celebrada em todas as catedrais do mundo com a consagração dos óleos dos catecúmenos, da unção dos enfermos e do crisma. Participaram da celebração cerca mil e 600 cardeais, bispos, párocos romanos, sacerdotes diocesanos e religiosos, que renovaram suas promessas sacerdotais.

É nesta Missa que o bispo, através da imposição das mãos e da oração consagratória, integra os padres ao sacerdócio de Jesus Cristo, para serem “consagrados na verdade” (Jo 17, 19) (2).


“Mas somos consagrados também na realidade da nossa vida? Somos homens que atuam a partir de Deus e em comunhão com Jesus Cristo?”, questionou o papa em sua homilia. Para isso são necessárias duas coisas, ressalta o papa: uma união íntima, mais ainda, uma configuração a Cristo, uma renúncia àquilo que é exclusivamente individual, a tão falada auto-realização.

De fato, é pedido que cada um deixe de lado a própria vida para colocá-la à disposição de Cristo. Então pode surgir outra pergunta: “O que ganho eu com isso?” e ainda “Como se deve realizar esta configuração a Cristo, que não domina, mas serve, não toma, mas dá. Como se deve realizar na situação tantas vezes dramática da Igreja de hoje?” (2).

“Recentemente, num país europeu, um grupo de sacerdotes publicou um apelo à desobediência, referindo-se ao mesmo tempo também exemplos concretos de como exprimir esta desobediência, que deveria ignorar até mesmo decisões definitivas do Magistério, como, por exemplo, na questão relativa à Ordenação das mulheres, a propósito da qual o beato João Paulo II declarou, de maneira irrevogável, que a Igreja não recebeu, da parte do Senhor, qualquer autorização para o fazer”, afirmou Bento XVI.

Será a desobediência um caminho para renovar a Igreja?, questiona ainda o papa. Realmente, Cristo corrigiu certas tradições humanas que ameaçavam sufocar a Palavra e a vontade de Deus, mas, para despertar novamente a obediência à verdadeira vontade de Deus, a sua palavra sempre válida (2).

“Queridos amigos, daqui se vê claramente que a configuração a Cristo é o pressuposto e a base de toda a renovação”, enfatiza o sumo pontífice. Para saber como funciona a renovação e como servi-la, basta olhar para os Santos, indica o papa. É preciso entender também que “Deus não olha para os grandes números nem para os êxitos exteriores, mas consegue as suas vitórias sob o sinal humilde do grão de mostarda”.

O Ano da Fé, instituído por Bento XVI em razão das comemorações pelos 50 anos da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), deve ser uma ocasião para anunciar a mensagem da fé com novo zelo e nova alegria, salienta o pontífice. A fonte primária de conhecimento, sem dúvida, está na Sagrada Escritura, mas os textos do Concílio Vaticano II e o Catecismo da Igreja católica são os instrumentos essenciais que indicam, de maneira autêntica, aquilo que a Igreja acredita a partir da Palavra de Deus. “Não anunciamos teorias nem opiniões privadas, mas a fé da Igreja da qual somos servidores”, destaca Bento XVI (2).

Queridos irmãos e irmãs, após as palavras do nosso papa que nos orienta para que assumamos a nossa vida configurada a de Cristo, digo que Jesus não pregou a desobediência às instituições, mas as corrigiu e enfatizou a obediência ao projeto de Deus, fazendo a sua vontade no novo mandamento do amor doação-serviço que resumiu toda a Lei e os profetas.

Hoje o mundo prega um modismo que só traz confusão e decadência das relações humanas. Jesus quis a Igreja e deu o primado a ela na fé de Pedro que hoje é o papa Bento XVI. Se nos desligarmos da obediência, da voz do magistério, nós estamos nos desligando da Igreja tão querida de Deus. Deus nos fala pela sua palavra, pela sua Igreja, na voz do seu magistério.

Que a virgem Maria, Mãe da Obediência, ajude-nos a ouvir a voz do Bom Pastor e a nunca nos afastar da Igreja e nem buscar posição privilegiada nela. Devemos ser servidores e nos colocar à disposição daqueles que precisam de nós, e não ficarmos em nossos cômodos lugares em que nos instalamos confortavelmente.

Feliz Tríduo Pascal a Todos (1).

(1) Reflexão do teólogo José Benedito Schumann Cunha
(2) www.cancaonova.com 05-04-2012

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