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quinta-feira, 19 de abril de 2012

É na comunidade cristã que vemos Jesus Ressuscitado


A liturgia do segundo domingo da Páscoa nos mostra a comunidade que nasce da cruz e da Ressurreição. A Igreja se reúne para viver a fé no ressuscitado. É na comunidade que temos a experiência do Cristo vivo no nosso meio.

No Livro dos Atos dos Apóstolos nos é apresentada a Páscoa que se vive na vida comprometida dos cristãos na comunidade (cf. At 4, 32-35). Cada cristão se coloca a serviço dos outros para que o Reino de Deus seja vivido pelos seus membros que, agora, têm o impulso e a força de Cristo vivo que está presente quando a comunidade se reúne para ouvir a sua palavra e celebrar a Eucaristia que leva a todos a se comprometer com o bem comum e a partilha.

O evangelista registra como deve ser a comunidade cristã de Jerusalém para ser exemplo para nós, que almejamos uma comunidade ideal. Sabemos que a Igreja é a comunidade dos irmãos, com Cristo, que vive a união e compromisso de seus membros. Isto serve para todas as épocas em que a Igreja é chamada a ser sinal do Cristo ressuscitado e vivo no nosso meio. Na comunidade, vive-se a experiência da partilha de bens e ninguém fica fora do banquete da vida oferecido por Jesus na Páscoa.


Devemos ser testemunhas do Cristo Vivo em nossas ações cristãs. Será que estamos comprometidos com Cristo Libertador e com os irmãos em vista do bem comum, ou estamos acomodados nos nossos lugares, confortados, sem pensar nos outros que precisam de nós?

“O fieis eram estimados por todos… e cresciam a cada dia”. Este é o sinal da comunidade comprometida que ajuda a difundir Cristo Vivo e Libertador nas nossas práticas cristãs, que ajudam outras pessoas a vivenciar esta prática com os irmãos, aderindo à comunidade, lugar ideal para viver como irmão e irmã.

Será que daria para dizer o mesmo de nossas comunidades? Na Primeira Carta de João, temos a afirmação: quando amamos a Deus e os irmãos de comunidade com toda a convicção, vivemos os valores evangélicos. Colocamos em prática a nossa obediência aos mandamentos de Deus. Ele é louvado em nossas ações cristãs. 


Assim irradiamos Jesus Vivo e Libertador em nossas ações solidárias aos que mais precisam de nós, principalmente os excluídos de nossa sociedade capitalista (cf. 1 Jo 5, 1-6).

O Evangelho de São João descreve como a Páscoa acontece na comunidade, onde todos enfrentam os seus medos e partilham os seus dons e bens. Ninguém fica de fora da comunidade. Lá se vive a fé no Cristo Vivo. Fazemos ali a experiência de vida comprometida com todos (cf. Jo 20, 19-31).

O evangelista descrê os dois encontros pascais com Jesus vivo. É a presença de Jesus que se deixa ver na comunidade dos apóstolos reunidos, embora eles estivessem trancados, com medo, devido à tristeza provocada neles pela crucificação e morte de Jesus. Mas eles se sentem felizes e alegres, motivados pela aparição de Jesus, no meio deles, que encoraja a testemunhar para todos que Jesus ressuscitou para que todos vivam juntos na promoção do amor e do bem comum. 

 
Nesse primeiro encontro, Tomé não estava presente e, quando é informado do ocorrido, ele hesita em acreditar e quer provas. Mas Jesus novamente aparece e mostra-se a Tomé, o incrédulo, que Ele está vivo e deixa-se ser tocado por Jesus.

Logo Tomé professa a fé em Cristo porque viu, mas Jesus o repreende e fala. “Felizes os que acreditam sem ter visto…”. Por isso o cristão não precisa de prova do Ressuscitado. Precisa vivenciar a escuta atenta da sua Palavra na Celebração da Eucaristia, no Dia do Senhor, em nosso dia a dia.

Jesus nos envia para a missão, impulsionado pela força do Espírito Santo e ainda nos dá a experiência de que devemos fazer penitência e da absolvição dos pecados cometidos que fazemos quando confessamos.

Temos aí, de modo claro, a instituição por Jesus da confissão de nossos pecados aos sacerdotes, que nos perdoam pelo ministério que receberam da Igreja. Então por que não praticamos a missão e buscamos na confissão o remédio que nos cura do mal que o pecado provoca em nós e na comunidade cristã?

Jesus é o centro da nossa comunidade e ela se apresenta no testemunho dos seus membros na missão evangelizadora. Que a liturgia que participamos seja sinal do verdadeiro do testemunho cristão no Cristo Vivo que se apresenta sempre na vivência em comunidade onde a vida e a partilha acontecem com todos.

Amém!!!

POR José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
18-04-2012

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