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"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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sábado, 7 de abril de 2012

“Quando o homem vai contra Deus aliena-se em si mesmo”, orienta papa



Na Quinta-Feira Santa (05/04), temos à noite a celebração do lava-pés, a angústia no Montes das Oliveiras, a sua prisão, por causa da traição de Judas e o abandono dos seus discípulos. Nesta noite, temos o maior exemplo de serviço de amor e doação à humanidade.

Jesus, sendo Mestre e Senhor, lava os pés dos discípulos em sinal de humildade e prontidão de serviço. Jesus se fez servo sofredor para dar ao homem o exemplo que, no lugar da prepotência e orgulho, tome o amor e o despojamento de si para o outro.

O eu se desfaz para o lugar do tu. Agora é a nova realidade que começa surgir, pois Jesus nos ensina a fazer o mesmo que Ele fez. Não podemos nos fechar no eu, esquecendo os outros. Não estamos sós nesta jornada rumo ao céu (1).

 
“Jesus luta com o Pai: melhor, luta consigo mesmo; e luta por nós”, diz papa. Bento XVI celebrou na Quinta-Feira Santa (05/04), na Basílica de São João de Latrão, a Catedral de Roma, a missa da Ceia do Senhor, também conhecida como a missa de lava-pés.

Em uma homilia forte e direta, Bento XVI explicou passo a passo, todo o percurso de Jesus desde a ceia com os discípulos ao momento em que Ele é entregue nas mãos dos judeus.

O papa destacou a obediência de Jesus frente à morte, ao contrário da postura de Adão no início da criação. “Todavia, enquanto Filho, depõe esta vontade humana na vontade do Pai: não Eu, mas Tu. E assim Ele transformou a atitude de Adão, o pecado primordial do homem, curando deste modo o homem. (...) Quando o homem se põe contra Deus, põe-se contra a sua própria verdade e, por conseguinte, não fica livre, mas alienado de si mesmo", disse (2).

No início da homilia, o santo padre explicou o sentido desta celebração que, segundo ele, é repleta de vários significados ligados aos últimos momentos da vida terrena de Jesus.

“A Quinta-Feira Santa não é apenas o dia da instituição da Santíssima Eucaristia, cujo esplendor se estende, sem dúvida, sobretudo o mais, tudo atraindo, por assim dizer, para dentro dela. Faz parte da Quinta-Feira Santa também a noite escura do Monte das Oliveiras, nela Se embrenhando Jesus com os seus discípulos; faz parte dela a solidão e o abandono vivido por Jesus, que, rezando, vai ao encontro da escuridão da morte”, explicou.

O papa descreveu a “noite escura” vivida por Jesus, momentos antes de ser entregue aos judeus, na qual, o Senhor, além da angústia que sente, se apresenta diante do mal para vencê-lo.

“Ele estende o olhar pelas noites do mal; e vê a maré torpe de toda a mentira e infâmia que vem ao seu encontro naquele cálice que deve beber. Vê-me também a mim, e reza por mim”, destacou.

Por fim, o sumo pontífice apresentou Jesus como a figura do Novo Adão que vence o poder do mal pela obediência à vontade de Deus. “Todavia, enquanto Filho, depõe esta vontade humana na vontade do Pai: não Eu, mas Tu. E assim Ele transformou a atitude de Adão, o pecado primordial do homem, curando deste modo o homem”, salientou (2).

A palavra do papa Bento XVI nos faz pensar nesta noite em que Jesus se mostrou solidário ao homem no gesto dos lava-pés, Ele se coloca a serviço de todos e ainda se dá em alimento salutar para nossa caminhada e salvação. Jesus encontra força e obedece ao projeto do Pai. Ele renova a criação na obediência que traz vida. Ele é o Novo Adão que surge para transformar a humanidade que foi decaída pela desobediência e pecado do homem velho que se fez presente no Adão do início da criação.

Deus, autor de tudo, não desiste do homem e restaura tudo em Cristo. Que preço Jesus teve que pagar para a nossa liberdade e salvação? A sua vida foi aniquilada na cruz no sofrimento cruel do corpo e do abandono dos seus. Jesus, na cruz, teve a presença de sua Mãe e das valentes mulheres com apóstolo João.

A Bênção de Deus vem através do cálice de sangue derramado por Jesus na cruz.

Que o amor que ele tem por nós se estenda a toda a humanidade.

E que possamos aprender e seguir Jesus em tudo neste mundo que carece de Deus.

Sejamos a voz, as mãos e os pés do Evangelho que traz Vida em abundância para todos e que Deus nos sustente e nos encoraje na missão, sem nunca desanimar (1).

Amém!!!

(1) Bacharel em Teologia José Benedito Schumann Cunha
(2) www.cancaonova.com 06-04-2012

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