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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Padre reflete sobre importância da ação celebrativa na vida de fé

Padre reflete sobre importância da ação celebrativa na vida de fé

Padre Anderson Marçal


ArquivoPadre Anderson Marçal é doutor em Teologia Pastoral Bíblica-Litúrgica.
Importância da ação celebrativa na vida de fé

A celebração litúrgica é ação da comunidade de fé dirigida ao Pai, por meio de Jesus Cristo, na força do Espírito Santo. É a ação memorial (lembrança + atualização) da Páscoa de Cristo na páscoa do povo. Consequentemente, a celebração encerra as dores, alegrias, tristezas da vida da comunidade, da vida do mundo. Neste sentido, não pode haver separação, nem distinção entre a Liturgia e a Vida; entre aquilo que vivemos e aquilo que celebramos. Quando celebramos, nos comprometemos com Deus e com os irmãos a viver o nosso batismo na construção do Reino de Deus, que se concretiza num mundo justo e fraterno, com vida para todos.

A Liturgia não é ação de uma pessoa ou de um grupo, mas é ação de toda a Igreja. Desta constatação brota a necessidade de uma valorização dos ministérios litúrgicos, e a consequente necessidade de cultivar, nos que exercem tais ministérios, uma verdadeira espiritualidade cristã e uma sólida formação litúrgica. O exercício dos ministérios é em razão do sacerdócio comum dos batizados; são serviços em favor da comunidade, exercidos, a seu tempo, por quem foi  para isto designado. Em consequência disto, a liturgia não pode se orientar por gostos pessoais, ou excesso de criatividade da parte de quem preside, o que invalida todo tipo de autoritarismo, seja por parte de padres, de equipes de liturgia ou de canto, ou ainda, de ministros leigos.

Sendo a Liturgia ponto alto da vida dos cristãos, ela necessita de uma preparação cuidadosa, daí a necessidade de se ter uma Pastoral Litúrgica e uma equipe de liturgia que, entre outras coisas, estará a serviço da comunidade, preparando as celebrações e promovendo a interação entre celebração e vida, auxiliando para que toda a assembleia participe vivenciando o rito celebrado. Uma celebração bem preparada será, com certeza, bem celebrada. Torna-se ainda bastante necessário incentivar uma catequese litúrgica que atinja as diversas etapas do processo de iniciação cristã como também visando a própria Comunidade dos fiéis que precisa compreender sempre mais o mistério celebrado e assim vivenciá-lo melhor.

A ação celebrativa da Igreja encontra o seu fundamento na Eucaristia, memorial da Páscoa de Cristo. No entanto, outras ações litúrgicas devem ser valorizadas e receber os mesmos cuidados por parte da comunidade: falamos de todos os Sacramentos e Sacramentais. É importante que os que se preparam para estes sacramentos recebam as instruções necessárias para vivenciá-los na fé da Igreja, e todo abuso seja evitado, especialmente no que se refere às músicas e à suntuosidade, que não fazem parte do espírito da liturgia do Vaticano II.

Celebrar a liturgia é celebrar e fortalecer a própria fé! Por isso, neste Ano da Fé somos todos convidados não apenas a assistir a uma bela celebração, mas nos sentirmos parte-porção daquele povo que celebra. Viver bem este Ano da Fé sem celebrar bem os santos mistérios litúrgicos seria continuar a viver uma fé adolescente incapaz de crescer e amadurecer, permanecendo apenas no primeiro degrau da escada, que temos diante de nós , para subir ao encontro do Nosso Senhor Jesus.

Padre Anderson Marçal cursou estudos filosóficos no Instituto Canção Nova. Em 2004, iniciou os estudos teológicos em Palmas (TO), arquidiocese à qual pertence canonicamente. Ordenado sacerdote em 2007, padre Anderson é mestre em Teologia e doutor em Teologia Pastoral Bíblica-Litúrgica.


Todas às terças-feiras, você poderá acompanhar colunas que, inicialmente, referem-se aos temas: frases marcantes do Papa Francisco, defesa da vida, liturgia e teologia moral.

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