Dois brasileiros
moradores do Rio de Janeiro/RJ viajaram até a capital da Venezuela, Caracas,
para observar de perto as eleições no país mais vigiado da América Latina. Os
professores Leovegildo Pereira Leal,
este nascido em Itamarandiba-MG, e Roberto Alves Simões, foram constatar
localmente o desenvolvimento do processo eleitoral venezuelano. Já é senso
comum que os Estados Unidos procuram impor sua força à maioria dos países do
planeta e aqueles que resistem sofrem retaliações com calúnias e difamações.
“Urgente! A
imprensa burguesa brasileira está espalhando mais uma vez notícias falsas, mentirosas
a respeito da Venezuela. Estamos aqui, militantes do MM5 [Movimento Marxista
Cinco de Maio], Roberto Simões, e eu, Leo Leal. Acabamos de obter informações
de que as pesquisas divulgadas pelos jornais “Folha de São Paulo” e “O Globo”
são falsas em relação às perspectivas de pesquisas dos resultados eleitorais da
eleição de hoje na Venezuela. Segundo a “Folha de São Paulo”, a oposição, ou
seja, o candidato Henri Fálcon, que é um traidor, que veio inclusive do PSUV e passou
para a extrema direita, hoje estaria em vantagem. Isso não é verdade! O que
ocorre, segundo pesquisa das empresas Associados 30.E Interlaces, Maduro tem de
45 a 46% das preferências dos votantes, sendo que Fálcon tem algo como entre 25
e 33%. Portanto estamos enviando essa notícia para o Brasil em caráter de
urgência para mobilizar os companheiros brasileiros que apoiam a Revolução
Bolivariana a se manterem firmes e denunciando mais uma vez as manobras da
burguesia internacional e do imperialismo”, esclarece Leovegildo Pereira Leal desde
Caracas, 20 de maio de 2018, às 12h e 30min, auxiliado por Roberto Simões.
Leo Leal é autor
dos livros “Marxismo e Socialismo: Análise crítica da Revolução Cubana”, Belo
Horizonte, Editora Fórum, 2008; “História da POLOP: a alternativa marxista ao
reformismo na esquerda brasileira”, Pará de Minas-MG, Editora Virtual Books,
2011; e “CONTRA O GRAMSCIANISMO - Uma crítica marxista ao nerreformismo”, Rio
de Janeiro, Editora Letra Capital, 2014.
Leovegildo
Pereira Leal é jornalista formado pela Universidade Cásper Líbero (SP), mestre
em História pela Universidade Federal Fluminense (RJ) e doutor em Sociologia
Política pela Universidade de São Paulo (USP). Teve seu curso de Direito na
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) interditado, ao final do terceiro
ano acadêmico, por causa da Ditadura Civil-Militar Brasileira (1964-1985).
Trabalhou nos jornais “Folha de São Paulo”, “Estado de São Paulo”, “Isto É” e “Jornal
do Brasil”. Iniciou no magistério na Universidade de Caxias (RJ). De 1999 a
2005, lecionou Teoria da Comunicação na Universidade Fumec-BH (MG), alternando
o papel de coordenador do Curso de Comunicação Social da mesma.
Em outro vídeo
disponibilizado no www.youtube.com, Leo Leal explica o contexto em que acontece
o processo eleitoral venezuelano. “Companheiros e companheiras do Brasil, nós
estamos aqui, Movimento Marxista Cinco de Maio, em frente à Assembleia Nacional
Bolivariana, para observar de perto e analisar toda a conjuntura política que
cerca este evento de extrema importância na luta de classes do país. Nossa
ideia é mandar informações e análises verdadeiras para o país e eventualmente
para outros países diferentes e opostos por sinal, seguro ao que passa a imprensa
burguesa que deforma as informações a respeito do que acontece no país de Hugo
Chávez. Então nós temos um quadro meio que complexo das eleições. Nós temos
quatro candidatos principais: Nicolás Maduro, que é do PSUV, o partido da
Revolução Bolivariana; temos Henri Fálcon, que é da extrema direita, embora
tenha sido egresso, seja um egresso do PSUV, eu o considero um traidor; e temos
ainda mais dois candidatos: um pastor protestante, evangélico chamado Javier Bertucci,
e temos ainda um candidato da esquerda trotskista, apoiado pelos trotskistas,
chamado Reinaldo Quijada. Como sempre, os trotskistas se põem contra o governo,
mesmo que eventualmente seja contra a sua vontade, eles fazem o jogo da Direita”,
considera Leal e oferece a oportunidade para o professor Roberto Alves Simões dar a sua visão da vida na Venezuela.
Ele analisará
com informações fidedignas os acontecimentos de quinta-feira (17/05), durante o
comício final da campanha de Maduro. Falará da situação geral do país, da conjuntura,
dos perigos que norteiam a nação por parte da burguesia e do imperialismo.
“Estamos em
Caracas. Dia 18 de maio de 2018, hoje, sexta-feira, cerca de 15h. Estamos a
dois dias das eleições presidenciais, onde Maduro, como disse o Leo, tem todas
as condições de sair vencedor. Porém, a situação política aqui na Venezuela é
bastante tensa. Anteontem (16/05) mesmo teve um problema considerado grave. Foi
uma rebelião no prédio onde ficam presos políticos, e presos comuns também, do
Serviço Nacional Bolivariano de Informações (Sebin). Essa rebelião foi
amplamente dominada pelas forças de segurança de governo. No entanto, essa
situação permanece. A ameaça internacional é muito grande e, tendo em vista que
esta eleição, dentre todas as outras, desde a de 1998, quando elegeu o Chávez, ela
é uma eleição considerada aqui das mais importantes, desde as 25 já realizadas
com esta, por que? Por que, neste momento, o imperialismo internacional está
condenando mais ferreamente o governo da Venezuela e está ameaçando invasão,
ameaçando repressões, ameaçando inclusive com atentados terroristas. Então é
muito importante que todos nós, trabalhadores brasileiros e de outras
nacionalidades, se unam em defesa do governo bolivariano da Venezuela para o
avanço da revolução bolivariana. É muito importante para todos os trabalhadores
no Brasil que nós possamos ter uma vitória importante aqui e, com esse avanço,
certamente todos os trabalhadores terão mais força para combater as forças
fascistas que estão em curso, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Então,
nesse sentido, estamos convocando todos os trabalhadores brasileiros para irem
ao Consulado da Venezuela no Rio de Janeiro, que fica na Avenida Presidente
Vargas, 463, domingo (20/05), para acompanhar em vigília a eleição. É muito
importante que todos nós façamos este apoio sistemático ao governo bolivariano
da Venezuela. Obrigado”, agradece.
Roberto Simões é
professor da Rede Pública do Rio de Janeiro. Doutorou-se em 2016 pelo Programa
de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ). Sua publicação mais recente é de 2017: o livro “A Ação Criminosa das ONGs:
a privatização da escola pública”, Rio de Janeiro, Editora Consequência, 1ª edição.
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