Natural de Itamarandiba, Minas Gerais,
o professor Leovegildo Pereira Leal permaneceu na Venezuela no dia em que o
presidente Nicolás Maduro obteve 68% de votos legítimos. Entrevistou ainda no
domingo (20/05), companheiros revolucionários marxistas do grupo Tupamaro.
Estes mostraram as suas perspectivas para a continuidade da Revolução
Bolivariana após as eleições daquele dia. “Que o Bolivarianismo continue”,
declarou uma das camaradas entrevistadas ao se referir à palavra que recorda o
líder do século XIX, Simón Bolívar, lutador dos movimentos de libertação da
Venezuela, da Colômbia, do Equador, do Peru e da Bolívia das regras neoliberais
do Consenso de Washington, Estados Unidos, com sua política engessadora social
macroeconômica ditada por economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e
do Banco Mundial.
Na medida em que fazia perguntas aos
militantes do Tupamaro, o professor Leovegildo, depois das respostas, traduzia-as do espanhol para o português. “Então ela diz que a grande esperança que
ela tem, que o coletivo tem é que os revolucionários da Venezuela prossigam, que
o bolivarianismo continue”. Para isso ocorrer, há a necessidade de “ter
consciência e criar consciência nos demais”, apontou outra representante do
grupo.
“Neste momento tão importante que
celebramos, lutamos pela paz, pela paz mundial, pela integração
latino-americana. Estamos consolidando no 20 de maio” essa questão libertadora,
acrescentou outra liderança do Tupamaro. O professor Leovegildo Leal completou.
“Nessa linha, afirma a camarada, que se gosta de uma Venezuela livre, em paz e
independente. Sinteticamente, se trata disso, ou seja, que não haja ingerência internacional.
Que a Venezuela traga suas próprias linhas”, sublinhou.
Para o Tupamaro e outros grupos de
coletivos sociais venezuelanos, como a milícia Vinte e Três de Janeiro, “o
principal, diz ela, é ser consequente com as propostas. A consequência é o mais
importante”, enfatiza e enaltece as figuras de Hugo Chávez e de Símon Bolívar
para os povos latino-americanos. “Então a camarada afirma categoricamente que
não vão se afastar dos caminhos traçados por Chávez e que esses caminhos vêm da
herança histórica venezuelana, da herança de Bolívar, raízes plantadas por
Bolívar que Chávez atualizou, aprofundou. Então não vão afastar disso”. É a
convicção dominante hoje na Venezuela que possui o apoio da Rússia, da China, da
Turquia, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de outras nações
mais independentes política, econômica e socialmente de governos imperialistas.
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