ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

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terça-feira, 12 de abril de 2011

A marca do amor nunca se esquece

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

O amor nos dá uma lição que ninguém esquece. O cristão é chamado a ser solidário, ser um bálsamo para o irmão que mais necessita, isto é, aqueles que são desprezados e excluídos da sociedade por causa da pobreza, da miséria, da doença ou de qualquer mal que as pessoas renegam as mãos e ajuda. Jesus, o homem das dores, subindo ao calvário, estava todo chagado, a sua face e o seu corpo dilacerado pelos chicotes, bofetadas. Ele não merecia sofrer, mas aceitou-o para a nossa salvação e libertação como um cordeiro, que vai sendo tosquiado para o matadouro (Cf. Is 53, 3-7). Segue uma história impressionante que recebi por e-mail.

Um menino tinha uma cicatriz no rosto. As pessoas de seu colégio não falavam com ele e nem sentavam a seu lado. Na realidade, quando os colegas de seu colégio o viam, franziam a testa, devido à cicatriz ser muito feia. Então a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que aquele menino da cicatriz não frequentasse mais o colégio. O professor levou o caso à diretoria do colégio. A diretoria ouviu e chegou à seguinte conclusão: que não poderia tirar o menino do colégio e que conversaria com o menino, e ele seria o último a entrar na sala de aula e o primeiro a sair. Dessa forma, nenhum aluno viria o rosto do menino, a não ser que olhassem para trás. O professor achou magnífica a ideia da diretoria. Sabia que os alunos não olhariam mais para trás. Levado ao conhecimento do menino a decisão, ele prontamente aceitou a imposição do colégio, com uma condição: que ele compareceria na frente dos alunos em sala de aula para dizer o porquê daquela CICATRIZ. A turma concordou e, no dia, o menino entrou na sala, dirigiu-se à frente da sala de aula e começou a relatar:

- Sabe, turma, eu entendo vocês. Na realidade, esta cicatriz é muito feia, mas foi assim que eu a adquiri. Minha mãe era muito pobre e, para ajudar na alimentação de casa, minha mãe passava roupa para fora. Eu tinha por volta de sete a oito anos de idade.

A turma estava em silêncio, atenta a tudo. O menino continuou:

- Além de mim, haviam mais três irmãozinhos, um de quatro anos, outro de dois anos e uma irmãzinha, com apenas alguns dias de vida.

Silêncio total na sala.

- Foi aí que, não sei como, a nossa casa, que era muito simples, feita de madeira, começou a pegar fogo. Minha mãe correu até o quarto em que estávamos, pegou meu irmãozinho de dois anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora. Havia muita fumaça. As paredes, que eram de madeira, pegavam fogo, e estava muito quente. Minha mãe me colocou sentado no chão do lado de fora e disse-me para ficar com eles até ela voltar, pois minha mãe tinha que voltar para pegar minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa em chamas. Só que, quando minha mãe tentou entrar na casa em chamas, as pessoas que estavam ali não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha. Eu via minha mãe gritar:

- Minha filhinha está lá dentro! Vi no rosto de minha mãe o desespero, o horror. Ela gritava. Mas aquelas pessoas não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha. Foi aí que decidi. Peguei meu irmão de dois anos que estava em meu colo e o coloquei no colo do meu irmãozinho de quatro anos e disse-lhe que não saísse dali até eu voltar. Saí, entre as pessoas, sem ser notado e, quando perceberam, eu já tinha entrado na casa. Havia muita fumaça. Estava muito quente. Mas eu tinha que pegar minha irmãzinha. Eu sabia o quarto em que ela estava. Quando cheguei lá, ela estava enrolada em um lençol e chorava muito. Neste momento, vi caindo alguma coisa. Então me joguei em cima dela para protegê-la e aquela coisa quente encostou-se em meu rosto.

A turma estava quieta, atenta ao menino e envergonhada. Então o menino continuou:

- Vocês podem achar esta CICATRIZ feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda e todo dia quando chego em casa, ela, a minha irmãzinha, me beija porque sabe que é a marca do amor.

Vários alunos choravam, sem saber o que dizer ou fazer, mas o menino foi para o fundo da classe, e solenemente sentou-se.


Querido irmãos e irmãs, nós cristãos devemos ser samaritanos e também acolhedores a todas as pessoas. Amá-las como Cristo as amou. Jesus tinha um coração aberto, sabia entender as misérias humanas, principalmente o pecado. Ele acolhia e perdoava o pecador, mas lhe pedia: - Agora vai e não peques mais. O pecado nos deixa mal e nos escraviza, aniquilando-nos da nossa dignidade humana. Deus nos ama muito e deu seu Filho (Cf. Jo 3, 6) para nos salvar. Ele nos quer felizes e livres. Que o Reino de Deus, sonhado por Cristo e que está no nosso meio, seja marcado pelo amor-doação de todos, principalmente dos cristãos que creem em Cristo.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito no dia 10 de abril de 2011

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