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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Papa diz que leigos(as) podem ser "fermento evangélico na sociedade"

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

O cristão, pelo Batismo, tem a missão de ser colaborador na obra da evangelização. O mundo carece da Palavra de Deus e cada cristão deve ser missionário de Cristo, levando a todos a Boa Notícia de Jesus. A salvação não é privilégio de alguns, mas é para todos. O mundo é transformado com a ação dos(as) leigos(as) que estão inseridos na sociedade, na família e na comunidade cristã.

O papa Bento XVI falou sobre o italiano Santo Afonso Maria de Ligório, bispo, doutor da Igreja e fundador da Congregação religiosa do Santíssimo Redentor, na Catequese desta quarta-feira, 30. O Pontífice destacou que uma das tantas iniciativas apostólicas do santo, as chamadas "cappelle serotine" [capelas da noite] - que evangelizou pessoas pobres e modestas, muitas dedicadas a vícios e que realizavam ações criminosas nos bairros mais miseráveis da cidade italiana de Nápoles -, são modelo de ação missionária que podem inspirar também hoje uma "nova evangelização", particularmente a dos mais pobres, que ajude a construir uma convivência humana mais justa, fraterna e solidária [1].

"Aos sacerdotes é confiada uma missão de ministério espiritual, enquanto leigos bem formados podem ser eficazes animadores cristãos, autênticos fermentos evangélicos no seio da sociedade", ressaltou. O santo padre recordou que a época de Santo Afonso era marcada por uma interpretação muito rigorosa da vida moral que não aumentava a confiança e a esperança na misericórdia de Deus, mas fomentava o medo e apresentava um rosto de Deus triste e severo, bem distante daquele que foi revelado por Jesus.

No entanto, esse doutor da Igreja propõe uma síntese equilibrada e convincente entre as exigências da lei de Deus e os dinamismos da consciência e da liberdade do homem e da mulher [1].

"Aos pastores das almas e aos confessores, Afonso recomendava ser fiéis à doutrina moral católica, assumindo, ao mesmo tempo, uma atitude de caridade, compreensiva, doce, para que os penitentes pudessem sentir-se acompanhados, sustentados, encorajados no próprio caminho de fé e de vida cristã. Santo Afonso não se cansava nunca de repetir que os sacerdotes são um sinal visível da infinita misericórdia de Deus, que perdoa e ilumina a mente e o coração do pecador, a fim de que se converta e mude de vida.

Na nossa época, em que há claros sinais de perda da consciência moral e - é preciso reconhecê-lo -, uma certa falta de estima pelo Sacramento da Confissão, o ensinamento de Santo Afonso é ainda de grande atualidade", disse Bento XVI. Além da vasta obra de Teologia, Santo Afonso também escreveu muitas obras destinadas à formação religiosa do povo. "Ele insiste muito sobre a necessidade da oração, que permite abrir-se à Graça divina para cumprir cotidianamente a vontade de Deus e conseguir a própria santificação.

Com relação à oração, ele escreve: 'Deus não nega a ninguém a graça da oração, com a qual se obtém o auxílio para vencer toda a concupiscência e toda a tentação. E digo, e repito e repetirei sempre, enquanto tiver vida, que toda a nossa salvação está na oração'. Daqui o seu famoso axioma: 'Quem reza se salva'", explicou o pontífice [1].

A visita ao Santíssimo Sacramento é uma das diversas formas de oração aconselhadas fervorosamente por Santo Afonso. "Certamente, entre todas as devoções, esta a de adorar Jesus sacramentado. É a primeira depois dos sacramentos, a mais querida a Deus e a mais útil a nós [...] Oh, que bela delícia deter-se diante de um altar com fé [...] e apresentar-lhe as próprias necessidades, como faz um amigo a outro amigo com o qual tem toda a confiança!", ensina este doutor da Igreja.

A espiritualidade alfonsiana é cristológica e, exatamente por isso, primorosamente mariana. "Devotíssimo de Maria, ele ilustra o seu papel na história da salvação: participante da Redenção e Mediadora da graça, Mãe, Advogada e Rainha. Além disso, Santo Afonso afirma que a devoção a Maria nos será de grande conforto no momento da nossa morte", salienta Bento XVI [1].

Santo Afonso também era convicto de que a meditação sobre o destino eterno e o chamado a participar para sempre das bem-aventuranças de Deus, "bem como sobre a trágica possibilidade da condenação, contribui para viver com serenidade e compromisso, e a afrontar a realidade da morte conservando sempre a plena confiança na bondade de Deus", complementou o sucessor de Pedro.

Ele também relembrou a defesa do santo de que a santidade é acessível a todo o cristão. "O religioso como religioso, o leigo como leigo, o sacerdote como sacerdote, o esposo como esposo, o comerciante como comerciante, o soldado como soldado, e assim falando de qualquer outro estado de vida", diz Afonso.

"Agradeçamos ao Senhor que, com a sua Providência, suscita santos e doutores nos lugares e tempos diversos, que falam a mesma linguagem para convidar-nos a crescer na fé e a viver com amor e com alegria o nosso ser cristãos nas simples ações de cada dia, para caminhar sobre a estrada da santidade, sobre a estrada rumo a Deus e rumo à verdadeira alegria", concluiu [1].

Assim, orientados pelo nosso papa Bento XVI, devemos ser fermento na massa para que esse mundo seja transformado pelas nossas ações e que a realidade de morte seja substituída pela vida. Que cada cristão se sinta responsável pela evangelização e que tudo se torne reluzente de bondade, de amor, de justiça e partilha com todos.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito no dia 30 de março de 2011

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