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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Peregrinações a lugares santos recordam que o humano caminha rumo ao céu

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

O cristão está a caminho do céu, mas peregrinando na terra. Aqui fazemos a experiência humana com o divino, pois participamos da Igreja e ainda somos membros dela por Cristo no Batismo. Deus quis estar em comunhão com a humanidade desde o principio da criação. Deu-nos um grande presente: o livre arbítrio de escolher o bem e o mal. O pecado trouxe a desordem e o desequilíbrio à pessoa e, por conseqüência, a morte, a desilusão e o não-caminho. Deus, na sua bondade e no seu grande amor, fica de braços abertos para todos aqueles que se reconhecem como pecadores e tomam a decisão de voltar para Deus e para uma vida da graça na comunidade, na família, na Igreja e no mundo.

Ao inaugurar na tarde do último dia 19 a Domus Australiae, um centro de hospitalidade para os peregrinos australianos que vão a Roma, o papa Bento XVI ressaltou que as peregrinações a lugares santos recordam ao humano que este sempre deve estar em caminho ao céu, à santidade.

O papa lembrou, em seu discurso, a acolhida que recebeu no país durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2008, assim como a canonização da primeira santa australiana, Mary Mac Killop, em 2010. Em seguida, Bento XVI ressaltou que “nossa existência terrestre transcorre em caminho para o objetivo final, onde nem olho viu, nem ouvido ouviu, nem passou pelo coração do homem as coisas que preparou Deus para os que lhe amam” (Cf. 1 Co 2, 9-12). Para Bento XVI, “a larga tradição da Igreja de peregrinação aos lugares santos serve para recordar-nos que nos dirigimos para o céu”.

Esses locais sagrados nos chamam “à santidade, aproxima-nos cada vez mais ao Senhor e nos fortalece com alimento espiritual para a viagem". Por fim, o papa afirmou: "os que peregrinam a esta cidade retornam aos seus lares renovados e fortalecidos na fé, e sustentados pelo Espírito Santo em seu caminho para cima e para frente rumo ao seu lar celestial".

Somos cidadãos do céu e da terra e estamos caminhando, hora caindo e outra hora levantando, mas não com as nossas forças e sim com a graça de Cristo. A casa do céu é construída com os materiais que usamos na terra que são o amor, a bondade, a justiça, a solidariedade, a partilha, o perdão, etc. Onde encontramos esse material para a bela construção desta casa celeste? Onde vamos morar com todos os nossos irmãos? Essas coisas não se compram em comércio ou em outro lugar e nem se barganha numa agremiação religiosa. Então onde podemos encontrar essa dádiva que está nos materiais que constroem a nossa verdadeira casa no céu?

A resposta é simples: viver os mandamentos, seguir realmente Jesus, tomar a cruz, viver uma vida desapegada, ter olhos de Cristo, receber os sacramentos, ter momentos de oração e reflexão na Palavra de Deus, etc. Não se misturar aos hipócritas e fingidos e nem ficar no intimismo religioso que levam ao egoísmo e individualismo de uma religião alienada cheia de normas arcaicas e rituais anacrônicos que não têm mais sentido para termos vida em abundância. Jesus alertava os líderes religiosos que falavam e colocavam fardos pesados nas pessoas, mas os seus corações e lábios professados não condiziam com a vontade de Deus, pois não tinham coerência de vida.

Oxalá o mundo seria melhor se todos fossem revigorados nos lugares santos e nas suas casas que são pequenas igrejas domésticas. Sejamos peregrinos em busca de Deus aqui na terra e com os olhares para a terra definitiva que é o céu, a morada de todos nós.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 23 de outubro de 2011

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