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"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

"Se hoje estamos na noite escura, amanhã Ele nos liberta"

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Se olharmos a história da salvação preparada pelo nosso Deus desde a queda de Adão e Eva, vemos que Deus é amor e infinitamente misericordioso. Nós estamos nos braços de Deus, apoiados na sua infinita bondade. Sabemos que Deus está conosco sempre e cabe a nós responder ao seu amor que nos atinge por inteiro. Tudo fala de Deus e Ele sempre nos manifesta a nós por muitos meios. Cabe a nós abrirmos o nosso coração e sempre estarmos dispostos a reconhecê-Lo.

Na catequese de hoje, o papa Bento XVI meditou sobre o Salmo 136, “um solene hino de louvor que celebra as inúmeras manifestações de bondade do Senhor para com os homens”. Partindo das tradições judaicas, o pontífice explicou que a “solene oração de ação de graças, conhecida como o 'Grande Hallel', este Salmo é cantado tradicionalmente no final da ceia pascal judaica e foi, provavelmente, também rezado por Jesus na última Páscoa celebrada com seus discípulos” (1).

“Ao longo do poema, são enumeradas as muitas maravilhas de Deus na história humana e as suas intervenções em curso em favor de seu povo; e a cada proclamação da ação salvífica do Senhor responde a antífona como motivação fundamental do louvor: o amor eterno de Deus”, afirmou. Este salmo celebra o Senhor como aquele que faz “grandes maravilhas”, entre elas, a criação. “O mundo criado é sintetizado em seus principais elementos, com particular ênfase nos astros, no sol, na lua, nas estrelas, criaturas magníficas que governam o dia e a noite. Não se fala aqui da criação do ser humano, mas ele está sempre presente; o sol e a lua existem para ele - para o homem -, para marcar o tempo do homem, colocando-o em relação com o Criador, sobretudo através da indicação dos tempos litúrgicos” (1).

O texto recorda também “o longo peregrinar de Israel até a terra prometida. “Conduziu seu povo no deserto, porque o seu amor é para sempre” (v. 16). Essas poucas palavras contêm uma experiência de quarenta anos, um tempo decisivo para Israel, que, deixando-se guiar pelo Senhor, aprende a viver na fé, na obediência e na docilidade à lei de Deus”. Ao longo das grandes maravilhas que o salmo menciona, chega-se ao cume “no cumprimento da promessa divina feita aos padres. “Deu a sua terra por herança, porque o seu amor é para sempre; em herança a Israel, seu servo, porque o seu amor é para sempre” (vv. 21-22) (1).

O papa, aplicando o salmo à realidade atual, explicou. “Naturalmente, nós podemos dizer: essa libertação do Egito, o tempo do deserto, a entrada na Terra Santa e, em seguida, os outros problemas, que estão muito longe de nós, não são a nossa história”. E acrescentou. “A estrutura fundamental é que Israel recorda-se da bondade do Senhor (...). E isso é importante também para nós: ter uma memória da bondade do Senhor. A memória torna-se uma força de esperança. A memória nos diz: Deus existe, Deus é bom, eterna é a sua misericórdia. E assim a memória abre, mesmo na escuridão de um dia, de um período, a estrada para o futuro: é luz e estrela que nos guia” (1).

“Também nós temos uma memória do bem, do amor misericordioso, eterno de Deus. A história de Israel já é uma memória também para nós, como Deus se mostrou e criou seu próprio povo. Depois, Deus se fez homem, um de nós: viveu conosco, sofreu conosco, morreu por nós. Permanece conosco no Sacramento e na Palavra. É uma história, uma memória da bondade de Deus, que nos assegura a sua bondade: o seu amor é eterno”, afirmou o santo padre. “E, depois, também nestes dois mil anos da história da Igreja, existe sempre, de novo, a bondade do Senhor. Após período obscuro de perseguições, Deus libertou-nos, mostrou-nos que é bom, que tem força, que a sua misericórdia é para sempre”, acrescentou (1).

E aconselhou. “Devemos realmente valorizar essa história, ter sempre a memória das grandes coisas que Ele fez na nossa vida, para ter confiança: a sua misericórdia é eterna. E se, hoje, estamos na noite escura, amanhã Ele nos liberta, porque a sua misericórdia é eterna”. O papa concluiu sua catequese citando as palavras que São João escreve em sua Primeira Carta “e que deveremos sempre manter presentes na nossa oração: “Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato” (1).

Com as palavras do nosso papa Bento XVI e reconhecendo o amor de Deus por nós, podemos afirmar que Ele está sempre conosco, dando força, ajuda e nos tomando a nossa mão para continuar a caminhada rumo ao céu. Somos peregrinos e não estamos sós nesta jornada. Deus sempre vai conosco. Temos a maior prova do amor de Deus a nós e Jesus fala que estará conosco sempre até a eternidade. A nossa história é feita de lágrimas e sorrisos, lutas e vitórias, amor e perdão, partilha e solidariedade no mundo, muitas vezes cego aos acontecimentos onde Deus quer resgatar a todos. Não foi em vão a cruz e morte de Jesus que marcou o amor doação de Jesus a nós e à humanidade.

Amém!


(1) > www.zenit.org

Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 19 de outubro de 2011

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