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domingo, 30 de novembro de 2014

Somos "corruptos" como Babilônia ou "distraídos" como Jerusalém?

Somos "corruptos" como Babilônia ou "distraídos" como Jerusalém?

Durante a Missa em Santa Marta, o Papa exorta os cristãos a não se deixarem levar pela depressão e a não se assustarem com os pagãos

Por Luca Marcolivio

ROMA, 27 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - Entregar-se à depressão não condiz com o cristão, disse o Papa Francisco nesta manhã durante a celebração da Missa na Casa Santa Marta. Ele também mencionou a "corrupção" e a "distração" como fenômenos que afastam de Deus.

O Santo Padre foi inspirado pelas leituras de hoje (Ap 18,1-2.21-23.19,1-3.9ª e Lc 21,20-28) que se referem, respectivamente, à Babilônia e à Jerusalém, culminando no fim dos tempos.

Ambas as cidades estão destinadas à ruína, por que não "aceitaram o Senhor". A queda é por razões diferentes: Babilônia é "o símbolo do mal, do pecado",  se acha "dona do mundo e de si mesma", portanto é vítima da sua própria corrupção, que tira a "força para reagir" .

A corrupção, explicou o Papa, “dá um pouco de felicidade, dá poder e também faz você se sentir satisfeito com si mesmo: não deixa espaço para o Senhor, para a conversão".

E hoje a corrupção aparece em todos os níveis: não só a corrupção "econômica", mas também a corrupção do "espírito pagão" e do "espírito mundano". A forma mais grave de corrupção, acrescentou o Papa, é "o espírito da mundanidade."

A "cultura corrupta" do nosso tempo "faz com que sintamos aqui como se estivéssemos no Paraíso: plenos, abundantes". A Babilônia, portanto, é o símbolo de toda "sociedade, toda cultura, toda pessoa distante de Deus, distante também do amor ao próximo, que acaba por apodrecer”.

Diferentemente de Jerusalém, que não caiu na  corrupção, mas na "distração". É "a esposa do Senhor, mas não percebe a visita do Esposo", não se dá conta de que o Senhor está vindo para salvá-la e o faz chorar.

Jerusalém não sentia a "necessidade da salvação", pois tinha o suficiente: "as escrituras dos profetas" e de “Moisés”. "O Senhor batia à porta, mas não havia disponibilidade para recebê-lo, ouvi-lo, para deixar-se salvar por Ele."

Cada um de nós deve questionar-se para saber de onde é cidadão: da "Babilônia corrupta e autossuficiente" ou da Jerusalém "distraída". No entanto, disse o Papa, "a mensagem da Igreja nestes dias não acaba na destruição: em ambos os textos, há uma promessa de esperança."

Jesus exorta a não deixar-se "assustar pelos pagãos", que "têm o seu tempo. Devemos “ampará-los com paciência, como fez o Senhor com a sua paixão”.

No final, mesmo com todos os " nossos pecados" e "nossa história", pensamos "no banquete que gratuitamente nos será dado" e "levantamos a cabeça".

Mesmo diante de "muitos povos, cidades e pessoas que sofrem, muitas guerras, tanto ódio, tanta inveja, mundanismo espiritual e corrupção ", a palavra de ordem do Papa Francisco é:" Nada de depressão: esperança!"

Mas o reino da corrupção, da distração ruirá. Peçamos ao Senhor "a graça de estarmos preparados para o banquete que nos espera, sempre com a cabeça erguida”. 

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