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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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terça-feira, 13 de novembro de 2012

A cura do coração nos abre a Deus e aos outros, diz papa

Queridos irmãos e irmãs,


Somos feitos para amar e abertos para Deus e aos outros. Não somos uma ilha e nem podemos viver isolados uns dos outros. Embora a nossa sociedade capitalista invista na competição entre as pessoas para que vença a melhor, isso não pode ser a tônica entre nós, cristãos, que queremos seguir Cristo. Jesus nos deu uma lição muito grande. Ele, sendo Deus, que tem poder, não quis privilégios e nem honrarias, mas optou por fazer o bem. Nascendo pobre, dignificou o homem, mesmo não tendo nada. Ele tinha a Família de Nazaré, que era temente a Deus. Na sua pobreza, não havia acúmulo, mas o necessário para viver. Sua vida pública se colocou a favor dos mais humildes e tentou abrir os olhos dos poderosos para que voltassem ao Deus da Vida que estão ao lado dos fracos e excluídos do mundo (1).

Esta pequena palavra - “effatà” (abre-te) -, resume em si toda a missão de Cristo, explicou Bento XVI no Ângelus deste domingo. Um alegre grupo de fiéis e peregrinos acolheu o papa Bento XVI, no pátio interno da residência de Castel Gandolfo, para rezar com ele a oração mariana do Ângelus deste domingo, 9. Ao comentar o Evangelho de hoje (cf. Mc 7, 31-37), o papa explicou que há uma pequena palavra, muito importante, que, no seu sentido profundo, resume toda a mensagem e toda a obra de Cristo. O evangelista Marcos a cita na mesma língua em que Jesus a pronunciou, de modo que a sentimos ainda mais viva. Esta palavra é “effatà”, que significa: “abre-te” (2).

Jesus estava atravessando a região dita “Decápoli”, entre o litoral de Tiro e Sidônia e a Galileia. Levaram a ele um homem surdo-mudo, para que o curasse. Jesus o apartou, tocou suas orelhas e a língua e depois, olhando em direção ao céu, com um profundo suspiro, disse: “Effatà”, que significa justamente: “Abre-te”. E imediatamente aquele homem começou a ouvir e a falar. Graças ao gesto de Jesus, aquele surdo-mudo “se abriu”; antes estava fechado, isolado; a cura foi para ele uma “abertura” aos outros e ao mundo, uma abertura que, partindo dos órgãos do ouvido e da palavra, envolvia toda a sua pessoa e a sua vida. Bento XVI acrescentou que o fechamento do homem, o seu isolamento, não depende somente dos órgãos do sentido. Há um fechamento interior, que diz respeito ao núcleo profundo da pessoa, aquilo que a Bíblia chama de “coração”. É isso que Jesus abriu, libertou para nos tornarmos capazes de viver plenamente a relação com Deus e com os outros (2).

“Eis porque dizia que esta pequena palavra - “effatà” (“abre-te”) -, resume em si toda a missão de Cristo. Ele se fez homem para que o homem, que se tornou interiormente surdo e mudo pelo pecado, se torne capaz de ouvir a voz de Deus, a voz do Amor que fala ao seu coração, e assim aprenda a falar, por sua vez, a linguagem do amor, a comunicar com Deus e com os outros", destacou. Antes de rezar o Ângelus, o papa recordou que Maria, por sua especial relação com o Verbo Encarnado, é plenamente “aberta” ao amor do Senhor, o seu coração está constantemente à escuta da sua Palavra. “Que sua materna intercessão nos permita experimentar todos os dias, na fé, o milagre do ‘effatà’, para viver em comunhão com Deus e com os irmãos”, concluiu o santo padre (2).

A Palavra de Deus e a do papa nos permitem que tomemos consciência da verdadeira missão que os cristãos devem cumprir, aqui, na Terra. Embora estejamos no mundo, não podemos misturar ou ficar sem identidade cristã, que nos permite ser de Cristo. A Igreja se faz sinal da presença de Cristo no mundo quando está a serviço dos mais pobres e humildes de nossa sociedade capitalista. Não podemos ignorar as necessidades dos outros. Nesta Terra, não temos morada permanente. É preciso partilhar os dons que recebemos de Deus. Tudo existe para vivenciar o amor entre nós numa comunidade de irmãos e irmãs (1).

Amém!

(1) José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
Mora em Itajubá (MG)
Natural de Cristina (MG)

(2) www.santamariadosanjos.net

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