A Igreja celebra hoje o dia dos mortos e somos
convidados a rezar por eles. A Igreja nos mostra o valor da vida na fé da
ressurreição dos corpos. Todos que estão mortos têm um tempo de espera até o
julgamento final. As orações dos fiéis a eles são fundamentais para que
melhorem a sua condição. A morte nos assusta, mas quando temos fé em Cristo
vivo e ressuscitado tudo se torna diferente. Ela não pode nos assustar porque
cremos em Cristo vivo.
Cremos na ressurreição, porque acreditamos nas
palavras de Jesus. Se estivemos ligados a Deus, a morte será apenas uma
passagem. Não podemos mais ver as pessoas com os olhos existenciais, mas as
vemos pelos olhos da nossa fé que nos faz acreditar numa vida eterna e de um
novo encontro no céu. Assim Jesus nos fala “Esta é a vontade daquele que me
enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no
último dia” (Jo 6, 39).
Deus não quer morte do homem e sim a vida dele, pois
Ele nos ama infinitamente. Jesus nos quer juntos a Ele, pois só Ele tem
palavras de vida eterna. Temos que ver Jesus e crer Nele. Quando estamos em
Jesus, temos vida eterna e a ressurreição para nós se dará no último dia, como
Jesus fala: “E eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6, 40b).
Quando
estamos vivendo a fé em Cristo, nesse tempo presente já é experimentada a vida
eterna, pois vamos configurando a nossa vida em Cristo. Como São Paulo diz: agora não é mais eu que vivo e sim Cristo que vive
em mim (cf. Gl 2, 20). Isso já é eternidade. Deus demonstra o amor a nós de modo
infinito: “A prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós quando
éramos ainda pecadores” (Rm 5, 8). Jesus nos deu provas que seu amor por nós é
grande, pois se deixou morrer de modo cruento para abrir as portas do céu para
nós.
No Livro de Isaías, nos é falado: o Senhor Deus
eliminará para sempre a morte, e enxugará as lágrimas de todas as faces, e
acabará com a desonra do seu povo em toda a terra; o Senhor o disse: Naquele
dia se dirá: “Este é o nosso Deus, esperamos nele, até que nos salvou; este é o
Senhor, nele temos confiado: vamos alegrar-vos e exultar por nos ter salvos”
(Is 25, 6-9). Isso nos traz alegria e esperança, pois o nosso Deus é o da vida.
São Paulo aos romanos nos fala: “Eu entendo que os
sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve
ser revelada em nós”. “De fato, toda a criação está esperando ansiosamente o
momento de se revelarem os filhos de Deus”. “Pois a criação ficou sujeita à
vaidade, não por sua livre vontade, mas por sua dependência daquele que a
sujeitou; também ela espera ser libertada da escravidão da corrupção e, assim,
participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus” (Rm 8, 14-23). Essa
verdade nos é dada, porque somos filhos adotivos de Deus. Em Cristo somos
herdeiros do céu.
O Evangelista Mateus nos fala do julgamento de Deus.
Ele olha a nossa disposição sincera que vem da caridade para com todos,
principalmente os que mais precisam e que são esquecidos deste mundo. Deus
recompensa a todos pelo bem e pelo mal que fizemos nesta vida. “Assim, Jesus
fala aos bons: ‘Vinde, benditos do meu Pai’. Recebei como herança o reino que
meu Pai vos preparou desde a criação do mundo!”. E aos maus, Ele diz:
‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e
para os seus anjos. Isso é justiça de Deus.
Que esta liturgia nos ajude a vivermos coerentes com
a fé em Deus, pois só ela que vai trazer vida eterna e a ressurreição futura.
Amém!
José
Benedito Schumann Cunha
Bacharel
em Teologia
Mora
em Itajubá (MG)
Natural
de Cristina (MG)
02-11-2012
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