Deus transforma o mundo numa luz sem fim
Queridos
irmãos e irmãs,
Estamos
próximos do fim do ano litúrgico. A liturgia deste próximo domingo nos fala do
fim do mundo e da sua história. Quem está com Deus tem esperança renovada, pois
Deus tem o comando da nossa história.
A
liturgia bíblica nos fala em linguagem simbólica e apocalíptica. Essa
linguagem, na época em que foi escrita, era entendida pelo povo. Hoje podemos
achar estranho e ficar com medo, mas devemos procurar o entendimento e
descobrir que o mundo vai renascer do mal para o bem.
Aquilo
que parece tudo perdido pela maldade dos homens vai ter fim, pois o bem
reinará. Devemos ver a revelação a partir dos símbolos, imagens fortes para o
nosso coração se encher de esperança no Deus da Vida que não nos abandona
nunca.
Quando
Deus está no lugar, há luz sem fim. Ela não nos ofusca, mas nos permite ver o
bem que devemos fazer para que o mundo seja melhor para nossa convivência
humana.
Temos
a oportunidade de ler o Apocalipse de Daniel (cf. Dn 12, 1-3). O contexto da
época era que o Povo de Deus estava sobre o julgo dos gregos e numa opressão
quase sem fim. Isso causava nos judeus a crise de fé e o abandono da mesma no
Deus. Deus envia o anjo Miguel como defensor para aqueles que ficaram fiéis a
Ele no caminho que Deus sempre propõe.
Assim
devemos nos proceder, não podemos perder a fé, mesmo diante das dificuldades.
Esse livro é para dar ânimo diante da realidade adversa, pois Deus nunca
abandona o seu povo fiel. Aqui temos a primeira confissão de fé na
ressurreição.
O
nosso Deus não é o da morte, mas é o da vida para todos que são fiéis a Ele.
Por que ficarmos lamentando, se Deus sempre está conosco? Cabe a nós sermos fiéis
a Ele e termos esperanças de dias melhores.
Na
Carta aos Hebreus, nos é mostrada a oferta de Cristo que foi perene e perfeita.
Jesus nos libertou das armadilhas do pecado e colocou na nossa mão a vida
eterna. Esta realidade nova é eterna. Não morremos para sempre quando estamos
unidos a Cristo (cf. Hb 10, 11-14.18).
O
evangelista nos mostra uma linguagem apocalíptica dos últimos acontecimentos. O
contexto da época era que os cristãos estavam apavorados por causa de guerra e
das calamidades que estavam acontecendo. O templo de Jerusalém foi destruído
nos Anos 70 (cf. Mc 13, 24-32).
Esse
texto do Evangelho não era para assustar as pessoas e sim para tranquilizá-las,
pois, mesmo diante das catástrofes, Jesus vem para julgar os bons e os maus.
Essas palavras de Jesus foram antes da sua paixão. Jesus fala da destruição do
templo de Jerusalém e do início de um novo tempo.
Pois
Jesus ressurge após a sua morte. A sua ressurreição é prova de que Deus é vida
e não morte. Este fim de mundo é início de vida nova com justiça e paz. Não
podemos achar que a realidade de morte é ausência de Deus no mundo, pois, se
todos conscientizarem que somos construtores de um mundo melhor, onde todos são
responsáveis pela justiça para todos na solidariedade e partilha, nós venceremos
a guerra contra o mau.
Não
somos feitos para o individualismo, mas para viver o bem comum na comunidade.
Então, devemos ver nos acontecimentos de nossa vida um novo renascimento que se
traduz numa vida nova em Deus.
Que
a liturgia deste domingo nos leve a viver a esperança de dias melhores e que a
cultura de morte seja banida entre nós.
Que
a cultura da vida seja uma realidade no nosso meio em que vivemos.
Amém!!!
José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
Mora em Itajubá (MG)
Natural de Cristina (MG)
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