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Se quisermos estar com Deus sempre é necessário estarmos em atitude orante para poder fazer a vontade Dele na nossa vida. Temos a graça de Deus que veio até nós pelo Batismo e pela força do Espírito Santo. Nós podemos orar e chamar Deus de Pai e Jesus de nosso irmão e salvador. A oração é um canal eficaz entre nós e Deus. Através dela somos chamados a estar em comunhão com Ele sempre. Nós aprendemos a ser obedientes e ainda humildes através da oração que fazemos em particular ou comunitariamente (1).
Na Catequese desta quarta-feira (14/03), realizada na Praça São Pedro, o santo padre, o papa Bento XVI, mostrou aos fiéis e peregrinos da Itália e de todo o mundo, que a Virgem Maria foi sempre uma presença orante junto aos discípulos. Depois de concluir a série de meditação sobre a oração na vida de Jesus, Bento XVI iniciou na quarta, a série de Catequeses sobre a oração nos Atos dos Apóstolos e nas Cartas de São Paulo. Em ambos estes livros, um dos elementos recorrentes é justamente a oração, desde aquela de Jesus àquela de Maria, dos discípulos, das mulheres e da comunidade cristã (2).
“Com Maria inicia a vida terrena de Jesus e, com Maria, iniciam-se também os primeiros passos da Igreja; em ambos os momentos, o clima é de escuta de Deus, de recolhimento”, explica o papa. O sumo pontífice esclarece que, entre a Ascensão do Ressuscitado e o primeiro Pentecostes cristão, os Apóstolos e a Igreja se reúnem com Maria para esperar com ela pelo dom do Espírito Santo. Ela que já O reconhece por ter gerado o Verbo encarnado e divide com toda a Igreja este mesmo dom. “Se não há Igreja sem Pentecostes, não há nem mesmo Pentecostes sem Maria de Jesus, porque ela viveu de modo único àquilo que a Igreja experimenta todos os dias sob a ação do Espírito Santo”, destaca (2).
Venerar a Mãe de Jesus na Igreja significa ainda aprender com ela a ser comunidade que reza, salienta o santo padre. Ele ressalta que, normalmente, a oração é feita a partir de situações de dificuldade, problemas pessoais que levam a dirigir-se ao Senhor para ter luz, conforto e ajuda. Mas Maria convida a abrir as dimensões da oração, a dirigir-se a Deus não somente na necessidade e não somente para si mesmo, mas, de modo unânime, perseverante, fiel, com um “coração só e uma alma só” (cf. At 4, 32). “Maria nos ensina a necessidade de orar e nos indica que só com a ligação constante, íntima, plena de amor com seu Filho, podemos sair da “nossa casa”, de nós mesmos, com coragem, para conquistar os confins do mundo e anunciar em qualquer lugar o Senhor Jesus Salvador do mundo”, conclui (2).
Devemos aprender a exercer a gratidão a Deus que tudo nos dá para que tenhamos a felicidade completa. Oramos a Deus porque o amamos e sabemos que Ele nos ama primeiro sem perguntar o porquê disso. Simplesmente Ele nos ama de modo infinito, através de Maria, a mulher orante, sempre disposta a dar o sim incondicional a Deus. Foi dela o sim admirável que trouxe para nós o salvador. No mundo, não existe ninguém como Maria que entendeu plenamente o plano divino para a humanidade, trazendo a salvação em Jesus, seu Filho. Maria é a mulher singular que sabe que Deus é tudo e ainda nos dá de presente o seu filho Jesus que assumiu de modo admirável as nossas dores, pecados e enfermidades, dando-nos a graça de saborear a vida que não mais termina. Em Cristo, podemos experimentar a imortalidade que nos será dada para sempre na eternidade do céu (1).
Amém!!!
(1) > Reflexão do teólogo José Benedito Schumann Cunha
(2) > www.cancaonova.com
Texto pensado e escrito para ser publicado em 14 de março de 2012
Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.
Foto de José quando ministro do Batismo
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