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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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terça-feira, 6 de abril de 2010

A conversão é necessária

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A Quaresma é um tempo oportuno para fazermos uma revisão de vida e convertermos para Deus da Vida. A conversão é necessária para celebrarmos bem a Páscoa do Senhor. A liturgia da Igreja faz um apelo à conversão. Há muita coisa que devemos fazer para nos tornarmos livres. Devemos nos desapegar das coisas que nos impedem a ter libertação. Devemos tirar as sandálias e pisar no solo sagrado que nos faz ver Deus na nossa história de vida.

No Livro do Êxodo, vemos que Deus manifesta a Moisés através da sarsa ardente e Ele lhe pede que tire as sandálias e que pise o solo. Deus dá uma missão para Moisés de libertar o Povo da escravidão no Egito. Esse povo passa pela longa caminhada do deserto. É provado nesta jornada. Deus ensina, purifica, transforma esse povo com as Tábuas da lei e os unifica numa religião que tem Deus que caminha com a História do Povo na conquista da terra prometida. Esse êxodo é um processo de conversão. Cada cristão deve procurar desarmar de todas as amarras que o impedem de ser livre e de ter uma vida plena (Cf. Ex 3, 1-8.13-15).

São Paulo nos lembra das maravilhas que Deus fez no passado, na libertação do Povo de Israel. No deserto, Deus esteve presente, mostrando a sua bondade através de prodígios que marcaram a História do Povo de Deus. Deus é presença que nunca falta a quem está sempre em comunhão com Ele. Todos experimentaram o poder de Deus, dando alimentos e água na hora certa para alimentar e saciar o seu povo. Quem não se comprometeu com a Aliança de Deus, ficou por lá, no deserto (Cf. 1 Cor 10, 1-6.1-12).

O Evangelista Lucas nos mostra dois acontecimentos trágicos daqueles dias: a matança de Pilatos e a queda da torre de Siloé: 18 mortos. Jesus nos exorta que aqueles acontecimentos não é castigo de Deus, mas que é preciso que convertamos e mudamos de vida, isto é, sairmos do pecado para a vida da Graça, que vem da ação do Senhor Jesus, que vem e salva a humanidade.

Jesus fala da figueira estéril que não dá fruto no tempo certo. Tem vontade de arrancar e atirar fora para ser destruída. Mas os discípulos pedem, deixam-na mais dois anos no terreno. Cuidaremos dela e, quem sabe nesse tempo, ela vai produzir. È isso que Deus nos propõe: um tempo necessário para nós revisarmos a nossa vida e mudarmos.

Isso é bondade de Deus e graça d’Ele para conosco. Que a quaresma seja um momento de reflexão e penitência para celebrarmos bem a Páscoa do Senhor e que possamos participar da Igreja, recebendo os sacramentos que nos ajudam a estar em comunhão com Deus e com os irmãos (Cf. Lc 13, 1-9).

“Non, dico vobis, sed, si non paenitentiam egeritis, omnes similiter peribitis.” (Lc 13, 5)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 05 de março de 2010

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