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"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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sexta-feira, 9 de abril de 2010

A Igreja é conduzida pelo Espírito Santo

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Ao olharmos a história da humanidade e a História da Igreja, percebemos que as pessoas são santas e pecadoras. No decorrer do tempo, muitos macularam a sua história, com atitudes bárbaras que desfiguraram a imagem da pessoa humana e de Cristo.

Jesus precisou de homens e companheiros para sua missão, escolheu doze e os preparou, mas devido à fraqueza humana, um traiu, outro o negou na hora em que Ele estava indo para ser interrogado pelos seus algozes e ainda, após a sua ressurreição, quando apareceu aos apóstolos, teve um que quis ter prova da sua presença. Jesus os repreende e elogia todos aqueles que não o viram e nem puderam tocá-lo, mas mesmo assim acreditam nele porque Jesus é Senhor da Nossa Vida e Nosso Salvador (Cf. Jo 20, 24-29).

Em todo tempo, a Igreja teve alguns filhos seus que se desviaram, praticando escândalos e pecados que mancharam a sua história. A ganância, a hipocrisia, o autoritarismo, a infidelidade, roubos, abusos e vícios de ordem moral foram praticados na Igreja, porque ela é feita de homens também.

Mas, também na história da Igreja, em todos os seus momentos mais cruciais, surgiram homens valentes com virtudes heróicas e de santidade que deixaram rastros de luz, como Santo Agostinho, São Tomas, Santo Antônio, São Francisco, Santa Terezinha, Santa Rita e muitos outros, e até hoje surgem santos que se tornam estrelas no céu e nos ensinam, por seus exemplos, que vale a pena seguir Jesus, ser imitadores da sua vida na busca de santidade.

A Igreja é conduzida pelo Espírito Santo, mesmo nestas tormentas do mar do mundo, que nos assustam, mas não vão nos desanimar na vivência da fé em comunidade cristã. Cada cristão deve assumir a sua responsabilidade de ser coerente na fé e testemunhar nas atitudes de pessoas renovadas e que transpareçam a imagem de Cristo no seu viver. Ser exemplo de amor solidário, de diálogo, de misericórdia, de bondade e de santidade. Somos chamados a ser santos como Deus é Santo (Cf. 1 Pd 1, 16). Quem nos dá esse dom é Deus, como podemos verificar.

Deus disse aos israelitas. “Eu sou o Senhor Vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis e sereis santos, porque eu sou santo” (Lv 11, 44). O caminho que leva à santidade é estar na atitude de oração, de escuta da Palavra de Deus, na participação da Eucaristia e ser sempre vigilante no Bem. O mal não pode ser nosso companheiro, pois ele nos leva à desgraça, ao pecado e à morte. A graça que vem de Deus até nós, em um coração aberto do homem, leva-nos a vida e nos faz ser sementes novas para que o Reino de Deus surja na sua grandeza de filhos salvos.

Ficamos tristes e envergonhados com as atitudes dos maus cristãos, mas isto não nos deixa abalados e afastados da Igreja de Cristo. Cabe a nós, orarmos sempre pelos nossos irmãos e para nós também. Que fiquemos atentos em nossas atitudes. A nossa meta é Cristo. O resto é lixo.

São Paulo, na Carta aos Filipenses, nos exorta dizendo. “Por causa dele, eu perdi tudo. Considero tudo como lixo para ganhar Cristo e ser encontrado por Ele” (Cf. Fl 3, 8). Unir-se a Cristo é experimentar a força de sua ressurreição e a participação em seus sofrimentos na nossa vida, conformando-me com Ele na sua morte (Cf. Fl 3, 10).

A nossa decisão por Cristo não é um ato que permanece no passado, mas é uma mola propulsora para frente. Isto é, nós somos convidados a caminhar com Cristo que nos leva sempre para frente, como podemos verificar o que diz São Paulo. Para nós, “esquecendo o que fica para trás, eu me lanço para o que está à frente” (Fl 3, 13). A Páscoa é caminho seguro de estar em comunhão com o Deus da vida, pois isso ela significa, passagem para a libertação, isto é, passagem da morte, do pecado, para a vida, da graça em Cristo.

Nada pode nos afastar de Deus, nem a fome, nem o sofrimento, nem a desilusão, a morte e o pecado (Cf. Rm 8, 35-39). Jesus é Senhor para a Glória de Deus. “E tudo o que fizerdes de palavra ou ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, por Ele dando graças a Deus, o Pai” (Cl 3.17). Um dia, poderemos ser agraciados no céu, na eternidade com Deus na presença dos seus anjos e santos.

“Et omne, quodcumque facitis in verbo aut in opere, omnia in nomine Domini Iesu gratias agentes Deo Patri per ipsum.” (Cl 3, 17)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 21 de março de 2010

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