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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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quarta-feira, 21 de abril de 2010

A ilusão do reflexo

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Conta-se que certa vez um rei poderoso queria achar um pretendente para sua filha que era linda e meiga. Quando ela fez a sua maioridade, ele a presenteou com um colar lindíssimo de diamantes raros, de valor inestimável. Só que o colar foi perdido e ninguém sabia o seu paradeiro. Então o rei pensou: se um jovem encontrar esse colar terá a mão da sua filha e ainda um dote muito valioso. Muitos jovens ambiciosos foram à procura desse colar, pois garantia casamento e riqueza.

Um jovem bom, com coração cheio de amor. Na sua face transparecia beleza e bondade. Ele era trabalhador e tinha muitas boas intenções. Acreditava que se achasse esse valioso colar, ele devolveria ao rei, a quem ele tinha muita estima, pois era um rei justo e bom. Agora se a princesa gostasse dele, então a pediria em casamento, porque, para ele, o amor brota do interior de cada pessoa. Ele impulsiona para uma vida em comum.

Certa vez, já cansado e montado em um cavalo, no caminho de uma grande floresta, ali ele parou e começou a andar. Percebeu que havia um lago parado, estagnado e com cheiro muito ruim. Ele se aproximou, apesar do mau cheiro, e percebeu uma luz brilhante que vinha deste lago. Ao aproximar do lago, viu que era o colar de diamante perdido. Teve coragem: colocou a sua mão dentro do lago. Parecia que ia pegá-lo, mas não o pegou. Ao sair, meio decepcionado, viu novamente o colar brilhante na lagoa. Então resolve entrar dentro, mas nada conseguiu. Pela terceira vez, viu o colar reluzir em sua beleza. Então pensou: vou nadar até ele, apesar daquele mau cheiro. Infelizmente, mais uma vez, não conseguiu nada.

Muito triste e desanimado, resolveu ir embora. Logo apareceu um velho sábio de cabelos bem brancos. Este lhe perguntou o motivo daquela tristeza. No início, relutou em dizer, pensando que era um ladrão. Mas resolveu contar toda a estória. O sábio resolveu ir até o local. Pediu para que ele olhasse para o alto e não para a lagoa. Para surpresa do jovem, o colar brilhante estava pendurado em um galho de árvore. O que se via no lago era apenas o reflexo dele.

Feliz, pegou e levou esse colar ao rei e o seu coração se emocionou: encontrou-se com a sua princesa e, daí em diante, eles se tornaram um casal feliz. Na vida é assim: nós procuramos muitas coisas em muitos lugares. Só que vemos reflexos. A verdadeira felicidade está no alto, onde Deus está... Jesus certa vez disse: buscai primeiro o Reino de Deus e a sua Justiça, e tudo será dado por acréscimo (Cf. Mt 6, 33).

"Buscai as coisas do alto, onde há a verdadeira vida que é Jesus Cristo." (Cf. Cl 3, 1).

“Igitur, si conresurrexistis Chri sto, quae sursum sunt quaerite, ubi Christus est in dextera Dei sedéns.” (Cl 3, 1)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 20 de abril de 2010

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