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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Deus tem um coração misericordioso

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Deus criou todas as coisas e viu que era bom. Depois de todas as coisas criadas, Deus cria o homem e a mulher à sua imagem e semelhança. Ele os criou (Cf. Gn 1, 1-28). Tudo tinha harmonia, liberdade e comunhão (Cf. Gn 2, 1-23). Mas, o mau uso da liberdade do ser humano o fez cair e pecar. A consequência disso é a morte e a escravidão da vida. A partir daí, entrou o odio, a cobiça, a inveja e todo tipo de mal (Cf. Gn 3ss).

A pessoa humana perde a liberdade e fica na escravidão. Mas Deus ama tudo que criou e vem em socorro à humanidade e ao mundo. O caos ocasionado pelo pecado vai ser resgatado com a vinda do Filho de Deus. Antes, Deus preparou a humanidade, enviando profetas para que o ser humano recuperasse a sua verdadeira imagem, que foi destruída pelo pecado. O amor de Deus é tão grande por todos nós que Ele enviou o seu filho único, em um determinado tempo histórico.

Jesus veio ao mundo. Na simplicidade, revelou-nos o rosto misericordioso de Deus. Com a sua mensagem salvadora e libertadora, trouxe à humanidade a esperança que salva (Cf. Jo 1, 9-1). Hoje o Papa nos falou. “Hoje existe a necessidade urgente de um anúncio e de um testemunho da verdade e do Amor”. Centenas de fiéis participaram neste domingo, 11, da oração mariana dominical do Regina Coeli junto com o Papa Bento XVI, em sua residência de Castel Gandolfo. O pátio ficou pequeno para acolher a multidão de fiéis que, com bandas musicais, coros e faixas coloridas, alegraram o encontro com o Santo Padre.

Em seu breve discurso, Bento XVI frisou que neste 2º Domingo de Páscoa, em que se celebra a Divina Misericórdia, “testemunhá-la torna Jesus ainda mais familiar”. O Papa explicou que depois da Ressurreição, Jesus não se limitou a visitar seus discípulos, mas foi além, para que todos recebessem o dom da paz e da vida com o ‘Sopro criador’. Bento XVI encorajou os sacerdotes para que, “iluminados por esta palavra, sigam o exemplo do Santo Cura D’Ars”, São João Maria Vianney, padre francês morto no século XIX e santificado por suas qualidades morais e de fé. É o padroeiro dos sacerdotes e, em 2009, completaram-se os 150 anos de seu nascimento. “Ele soube transformar os corações e as vidas de tantas pessoas, conseguindo fazê-las perceber o amor misericordioso do Senhor”, acrescentou o Sumo Pontífice.

Para Bento XVI, “existe a necessidade urgente de um anúncio e de um testemunho da verdade e do Amor. Só assim será mais familiar e próximo Aquele que nossos olhos não viram, mas de cuja infinita misericórdia temos absoluta certeza”. A este respeito, o Santo Padre recordou que, ao canonizar a Irmã Maria Faustina Kowalska, em 30 de abril de 2000, o Papa João Paulo II (1978-2005), dedicou este domingo à Divina Misericórdia. Ele saudou de modo especial os peregrinos que vieram a Roma especialmente para esta ocasião (Cf. em http://noticias.cancaonova.com, acessado em 11 de abril de 2010, às 11h e 08min).

Desse modo, nós devemos testemunhar com a nossa vida que Jesus é o Senhor da nossa vida e da nossa história. Ele está presente na caminhada do seu povo. O seu coração misericordioso jorra amor e paz ao homem. Cabe a nós tomar posse disso e viver conforme a sua vontade. Tornamo-nos pela sua graça novos cidadãos, um Reino de sacerdotes que oferece a Deus obras de misericórdia, solidariedade e compaixão a todos que precisam de nós.

Um mundo sem Deus cai na escravidão do mal e deixa um rastro de violência de toda ordem, mas, quando entra em comunhão com Ele, a humanidade e o mundo se encontram na harmonia e na paz. Desse modo, o rosto misericordioso resplandece em todos os lugares e vemos a sua glória no mundo, e a humanidade formando a grande família do Povo de Deus. Assim podemos ver o que Jesus nos fala. “Eu hei de ver-vos de novo; e o vosso coração alegrar-se-á e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria” (Jo 16, 22). Deus é bom! Amém! Aleluia!

“Et vos igitur nunc quidem tristitiam habetis; iterum autem videbo vos, et gaudebit cor vestrum, et gaudium vestrum nemo tollit a vobis.” (Jo 16, 22)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 11 de abril de 2010

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