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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Cura e liberdade vêm do nosso Deus

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Queridos irmãos e irmãs,

Estamos caminhando para o Natal do Senhor. A liturgia nos insere no mistério de Um Deus que se encarna no meio de nós. Ele veio para assumir a nossa humanidade e abrir o nosso coração ao um Deus que se solidariza com os mais pobres e desamparados. Jesus vem quebrar em nós o egoísmo que não deixa amar de modo total aos que mais necessitam. O amor de Deus mergulha na nossa fragilidade e nos ergue para a verdadeira vida de irmãos e irmãs.

Jesus, vindo ao mundo, pregou o Reino de Deus e fez prodígios tremendos aos que mais sofriam, para nos ensinar que, quando somos verdadeiros cristãos, o mundo se torna melhor pela nossa ação com Ele. A pessoa humana passa por uma transformação e se cristianiza nas atitudes de amor, paciência, mansidão, solidariedade, perdão e ajuda desinteressada.

No Evangelho de hoje, Jesus passava e dois cegos, à beira do caminho, gritam chamando-lhe a atenção. Os cegos acompanham Jesus. “que vai saindo de lá”, e vão “gritando”, como são sempre apresentados os cegos nos Evangelhos. Eles chamam Jesus de “Filho de David”, que designa Messias, e já fora empregado pela Cananéia. Não é plausível que eles soubessem que se tratava do Messias. Essa atitude é de clamar e ter atenção daquele que pode ajudar.

Para acontecer a mudança, a cura, Jesus pergunta: “Acreditais que eu posso fazer isso? Eles responderam: “Sim, Senhor”. Então tocou nos olhos deles, dizendo: “Faça-se conforme a vossa fé. E os olhos deles se abriram”. Jesus pede para que não fale aos outros, porque Jesus cura não para fazer espetáculo e nem para fazer bonito, mas por amor misericordioso ao ser humano por inteiro. Deus não só cura o físico, mas todo o ser.

Daí, Jesus, com seu jeito coerente de fazer a vontade do Pai e o seu amor que transbordava, mudava vidas e aumentava os que O seguiam. Até hoje, quando aderimos a Ele, o mundo não será o mesmo com Ele e em nós. O cristão não deve ficar preso nas estruturas e nas rotinas da vida que não trazem vida em abundância a ninguém. A esperança renasce em nós, mesmo diante da cultura de morte, de egoísmo, de falta de solidariedade e partilha de alguns dos nossos irmãos e irmãs de caminhada.

Os olhos se abrem para a história da salvação. O nosso Deus nos faz estar em comunhão com Ele em vida de comunidade. As promessas de Deus foram cumpridas em Cristo e em todo momento de nossa vida através das graças derramadas por Ele a nós. Hoje Jesus nos abre os nossos olhos para não ficarmos fechados no nosso mundinho, engaiolados em nossas casas, mas para os outros que precisam de nós.

Abriu os olhos a todos que a Ele se achegaram: os olhos do coração, os olhos da decência, os olhos da bondade, os olhos da partilha, os olhos do perdão, da mesma forma que fez aos olhos dos cegos. Aquele povo que viu Jesus e nós também O vemos, na medida em que abrimos o nosso coração ao outro. O povo crescia. Mesmo Ele sendo crucificado, todos assumiram o seu lugar na Sua vida.

Passando o tempo da missão de Jesus, todos viram a luz limpidamente, quem era Jesus, com exceção dos que foram responsáveis por sua morte e dos que hoje são incessíveis à dor alheia do outro que sofre. Jesus vive de modo pleno na sua Palavra e na Eucaristia, no meio de nós, pelo Espírito Santo, que Ele nos deixou como advogado, defensor e força que anima a comunidade.

Celebramos a cada ano o Natal do Senhor. É a festa da misericórdia de Deus para conosco. A sua grande misericórdia prepara o lugar no céu para cada um de nós, que Ele prometeu a todos que vivessem os Seus ensinamentos.

Que Jesus nos abra sempre os nossos olhos para os que mais necessitam de ajuda e misericórdia, e que um dia estejamos na eternidade com todos que já nos precederam. A nossa morada não é aqui, mas no céu. Cada um de nós cresça na fé e na força da Ressurreição. Quem crê em mim, mesmo que adormeceu, ressuscitará, disse Jesus.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 03 de dezembro de 2010

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