ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O amor exige vivência em Cristo

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

O amor é fruto da nossa vivencia cristã. Por isso, na comunidade, nós podemos fazer a experiência desse amor que Deus tem para cada pessoa humana. A essência de Deus é o amor (Cf. 1 Jo 4, 7). Jesus nos diz: “Quem tem meus mandamentos e os observa é que me ama; e quem me ama será amado por meu Pai. Eu o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14, 21). Se nos aderirmos a Cristo, numa coerência de vida e der testemunha de vida na autenticidade da fé n’Ele, o mundo se transformará. Esta transformação torna-se visível na partilha de bens, na solidariedade dos que não têm nada e compaixão com os pobres, doentes e excluídos da nossa sociedade.

O nosso agir será luz para outros, porque vamos demonstrar com nossos atos que somos de Cristo e Ele estará em comunhão conosco. Na audiência geral realizada na manhã de hoje [ontem] na Praça São Pedro, diante de mais de 16 mil fiéis, Bento XVI apresentou as figuras de dois santos sacerdotes, ligados à cidade de Turim, que visitará no próximo domingo: São Leonardo Murialdo e São José Cottolengo, sacerdotes do século XIX (notícia tirada do site H2Onews - Newsletter em 28/04/2010).

O Papa Bento XVI recordou a todos como o núcleo central da espiritualidade de São Murialdo, do qual se celebra os 110 anos de morte, fosse “a convicção do amor misericordioso de Deus” e que a lei do seu sacerdócio foi o “amor de Deus e amor a Deus”. De São José Benedito Cottolengo, que viveu 40 anos antes de Murialdo, o Papa recordou a criação da obra da “Pequena Casa da Divina Providência”, conhecida hoje como “Cottolengo”, uma comunidade na qual pessoas sãs e enfermas compartilham na alegria o mesmo peso cotidiano, e que se definia sempre “o operário da Divina Providência” (notícia tirada do site H2Onews - Newsletter em 28/04/2010).

Ainda o Papa nos diz que: “Viveram o seu ministério no dom total da vida aos mais pobres, aos mais necessitados, aos últimos, encontrando sempre a raiz profunda, a fonte inesgotável da sua ação na relação com Deus, nutrindo-se do seu amor, na profunda convicção de que não se pode exercer a caridade sem viver em Cristo e na Igreja” ( notícia tirada do site H2Onews - Newsletter em 28/04/2010).

Com estas palavras do Papa, somos animados a crer que a Igreja é a testemunha viva do Cristo Ressuscitado e que seus sacerdotes estão constantemente na intimidade com Cristo, na oração, na vivência comunitária, no trabalho missionário e comprometido com os mais fracos. Não podemos ter um comportamento de individualismo da fé, de uma espiritualidade egoísta, que quer um Deus só para si, sem ter um vínculo comunitário com os outros irmãos na fé. Não se pode viver o Cristianismo sozinho, mas este deve estar sintonizado com a Igreja e com o seu magistério que orienta para uma fé verdadeira, sem emocionalismo, e que leva ao amadurecimento da prática cristã no amor.

“Carissimi, diligamus invicem, quoniam caritas ex Deo est; et omnis, qui diligit, ex Deo natus est et cognoscit Deum.” (1 Jo 4, 7)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 28 de abril de 2010

ACESSE www.h2onews.org

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ética em primeiro lugar

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

A única estrela que estava brilhando no Norte de Minas era a superintendente de Ensino, Salete Nether que, infelizmente, foi tirada, de maneira covarde, da corrida eleitoral por uma cadeira na Câmara Federal. Ao receberem a notícia de que Salete Nether não seria mais candidata à deputada federal, os outros candidatos, estão dizendo por aí, que estão com o apoio de Salete.

Não acredito que Salete seria capaz de apoiar pessoas de tão baixo renome, como o Ruy Muniz, o Jairo Athayde, o Ariovaldo de Melo e outros, pois quem conhece Salete sabe que ela é uma mulher ética, séria, prudente, conveniente, pé no chão e incapaz de tomar uma decisão séria, sem ter total certeza das boas práticas de políticas públicas.

Foi emocionante escutar os educadores e educadoras de Montes Claros e região declararem o amor e a confiança que têm por Salete Nether, que há oito anos realiza trabalhos magníficos à frente da 22ª Superintendência Regional de Ensino de Minas Gerais. Essa mulher ia ser eleita tranquilamente com mais de 100 mil votos.

Os políticos covardes vencerem uma batalha, mas a guerra não acabou e, nas eleições de 2014, ninguém mais segura o povo que levará Salete Nether nos braços como a deputada federal mais bem votada dos últimos 100 anos no Brasil para a Câmara Federal.


A PASTORAL DA COMUNICAÇÃO ARQUIDIOCESANA NÃO SE RESPONSABILIZA POR MOTIVAÇÕES POLÍTICAS DE SEUS MISSIONÁRIOS NA PRODUÇÃO DE MATÉRIAS PARA ESTE BLOG (DIÁRIO VIRTUAL)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Verdadeira identidade

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

Muitos perguntam quem de fato é Maicon Deivison Pinto Tavares. Cada um tem uma definição, entre elas, [um] jovem nervoso, [um] jovem esperto, [um] jovem maduro, [um] jovem desbocado, [um] jovem sincero, [um] jovem esforçado, [um] jovem inteligente. [Modéstia à parte], muitos me amam e uma pequena minoria já não gosta [deste ser em processo constante de crescimento]. [EU] me definiria como um jovem esforçado, esperto, inteligente, [“]honesto[”], sincero, maduro, desbocado, brincalhão, bravo. Considero que cada ser humano tem uma linda qualidade, mas também grandes defeitos, [e bota grandes nisso]. E eu sou apenas mais um desses.

Gosto de viver cada minuto como se fosse o último [olha a filosofia romântica do “Carpe diem” aí]... Gosto de brincar com todos que me amam e que eu amo... Gosto de ajudar os pobres, gosto de fazer o bem, gosto de tomar cerveja, gosto de extravasar às vezes [ou diariamente], gosto de escrever, gosto de aprender, gosto de boas experiências, gosto de navegar na internet, gosto de criticar para a progressão do ser humano, gosto de falar besteiras, gosto de rezar, gosto de ser lembrado, gosto de amar, gosto de ser amado, não gosto que falem de mim o que não é verdadeiro, gosto de falar a verdade olhando nos olhos das pessoas.

A psique humana é muito difícil de ser compreendia. Eu diria até impossível. Todos nós erramos e acertamos, brigamos e nos amamos, mas vivemos muito felizes na diversidade. Tudo isso pode ser considerado um mistério. Não acredito em fofocas, mas tento amar quem fala mal de mim. Sei que quem não me ama e fala de mim são poucas pessoas, no máximo umas cinco [otimista, hein?!], enquanto isso, mais de mil seres humanos [bem que poderiam ser extra-terrestres] me amam e me admiram.

É muito difícil encontrar um jovem conscientizado e inteligente como eu [o garoto é modestíssimo...] que, apesar de ter apenas 18 anos, tem atitudes e palavras de uma pessoa de 80 anos [lembre-se que, assim como nem todo adolescente e jovem é consciente, também existe o idoso alienado].

Sou Cristão Verdadeiro Amador e Amante de suas cruzes e bandeiras de luta.

Então, meus amigos e amigas, saibam que o importante mesmo é saber que eu sou o que sou. Quando eu me entrego é totalmente, sem reservas. Falo mesmo... Bebo mesmo... Xingo mesmo... Mas sou feliz mesmo. Sou honesto até o último fio de cabelo [já notaram como os cabelos dos amigos dele estão desaparecendo?].

Quero viver na esperança de um mundo melhor [a esperança é a última que morre]...


Maicon Deivison Pinto Tavares é missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros desde maio de 2009. Costuma divulgar voluntariamente o trabalho das Comunidades de Vida e Aliança, das Comunidades Eclesiais de Base, das paróquias, organismos e pastorais arquidiocesanos. De vez em quando, escreve em parceria com um fantasminha camarada. Maicon Tavares administra agora um novo e-mail: missao@arquimoc.org.br.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A ilusão do reflexo

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Conta-se que certa vez um rei poderoso queria achar um pretendente para sua filha que era linda e meiga. Quando ela fez a sua maioridade, ele a presenteou com um colar lindíssimo de diamantes raros, de valor inestimável. Só que o colar foi perdido e ninguém sabia o seu paradeiro. Então o rei pensou: se um jovem encontrar esse colar terá a mão da sua filha e ainda um dote muito valioso. Muitos jovens ambiciosos foram à procura desse colar, pois garantia casamento e riqueza.

Um jovem bom, com coração cheio de amor. Na sua face transparecia beleza e bondade. Ele era trabalhador e tinha muitas boas intenções. Acreditava que se achasse esse valioso colar, ele devolveria ao rei, a quem ele tinha muita estima, pois era um rei justo e bom. Agora se a princesa gostasse dele, então a pediria em casamento, porque, para ele, o amor brota do interior de cada pessoa. Ele impulsiona para uma vida em comum.

Certa vez, já cansado e montado em um cavalo, no caminho de uma grande floresta, ali ele parou e começou a andar. Percebeu que havia um lago parado, estagnado e com cheiro muito ruim. Ele se aproximou, apesar do mau cheiro, e percebeu uma luz brilhante que vinha deste lago. Ao aproximar do lago, viu que era o colar de diamante perdido. Teve coragem: colocou a sua mão dentro do lago. Parecia que ia pegá-lo, mas não o pegou. Ao sair, meio decepcionado, viu novamente o colar brilhante na lagoa. Então resolve entrar dentro, mas nada conseguiu. Pela terceira vez, viu o colar reluzir em sua beleza. Então pensou: vou nadar até ele, apesar daquele mau cheiro. Infelizmente, mais uma vez, não conseguiu nada.

Muito triste e desanimado, resolveu ir embora. Logo apareceu um velho sábio de cabelos bem brancos. Este lhe perguntou o motivo daquela tristeza. No início, relutou em dizer, pensando que era um ladrão. Mas resolveu contar toda a estória. O sábio resolveu ir até o local. Pediu para que ele olhasse para o alto e não para a lagoa. Para surpresa do jovem, o colar brilhante estava pendurado em um galho de árvore. O que se via no lago era apenas o reflexo dele.

Feliz, pegou e levou esse colar ao rei e o seu coração se emocionou: encontrou-se com a sua princesa e, daí em diante, eles se tornaram um casal feliz. Na vida é assim: nós procuramos muitas coisas em muitos lugares. Só que vemos reflexos. A verdadeira felicidade está no alto, onde Deus está... Jesus certa vez disse: buscai primeiro o Reino de Deus e a sua Justiça, e tudo será dado por acréscimo (Cf. Mt 6, 33).

"Buscai as coisas do alto, onde há a verdadeira vida que é Jesus Cristo." (Cf. Cl 3, 1).

“Igitur, si conresurrexistis Chri sto, quae sursum sunt quaerite, ubi Christus est in dextera Dei sedéns.” (Cl 3, 1)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 20 de abril de 2010

terça-feira, 20 de abril de 2010

A Igreja está em festa

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A Igreja se sente muito feliz pela celebração do dia de Santo Expedito, 19 de abril. Ela está em festa. Pois neste dia também faz cinco anos que o Santo Padre, o Papa Bento XVI, iniciou o seu governo como Bispo de Roma. O Papa é o sucessor de Pedro, que foi o primeiro Papa. Jesus confirma o pastoreio de Pedro, depois que Ele faz três perguntas ao Apóstolo e este, mesmo na terceira pergunta, mesmo triste, mas já firme na fé, responde, com o amor que Jesus pede a cada um de nós.

É o amor perfeito que é capaz de doar a própria vida em nome de Cristo. Agora Pedro torna-se destemido, mesmo diante da maldade das autoridades, dos sofrimentos, prisões e flagelações. Nada mais o impede de testemunhar com coragem o Cristo.

Podemos verificar o que Evangelista João nos diz. “Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: apascenta os meus cordeiros. Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: pastoreia as minhas ovelhas. Pela terceira vez, Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito pela terceira vez: tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21, 15-17).

Por que será que Jesus fez três vezes a mesma pergunta a Pedro, e sempre Pedro respondia de imediato? Haveria uma divergência no vocabulário de ambos, no tocante ao verbo “amar”? Isto é devido que o amor vai mais além. Não é um amor de irmão ou de indivíduos ou de grupo, mas um amor que supera todas as barreiras de raça, credo e nação. Este amor faz com que a pessoa seja solidária e fraterna aos que mais precisam da nossa ajuda humanitária que faz com que o outro se promova como pessoa digna de bens prioritários da vida.

O Papa Bento XVI afirmou perante a um grupo de cardeais que, nestes momentos de "tormento", não se sente só e que a Igreja está ferida pelos pecados, mas que ainda confia no conforto de Deus. O Papa fez essas declarações durante o almoço oferecido a ele por 46 cardeais por ocasião do quinto aniversário de seu Pontificado.

Já este fim de semana, durante sua viagem a Malta, o Papa disse que a Igreja “está ferida por nossos pecados, mas que Cristo ama essa Igreja e que seu Evangelho é a verdadeira força que purifica e cura” (conferir em www.uol.com.br com acesso 19 de abril de 2010 15h e 51min). Neste momento, o Papa sente, com força, que não está só. Sente que tem ao seu lado todo o Colégio Cardinalício que, com ele, compartilha tormentos e consolo, informou o jornal “L'Osservatore Romano”.

O diário da Santa Sé acrescentou que o Papa agradeceu ao Colégio Cardinalício pela "ajuda que recebe dia-a-dia" e se referiu “aos pecados da Igreja, lembrando que ela, ferida e pecadora, confia ainda mais no conforto de Deus”.

Assim, a Igreja tem um guia seguro e firme na questão de Fé e nos anima para o amor fraterno, penitencia-se pelos pecados e procura-se converter e tonar-se amiga da luz, quando as nossas boas obras darão testemunho do Cristo vivo que quer estar conosco sempre na sua Palavra libertadora e na Eucaristia que nos fortalece e dá vida nova sempre. Não tenhamos medo, pois temos o pastor que nos conduz e nos leva à verdadeira pastagem onde tem alimento e água fresca. Ele segue o modelo perfeito do Bom Pastor que é Jesus. Vem e segue-me. Não seja mais pecador, converta-se e crede no Evangelho.

Viva o Papa, viva Cristo e que a sua Igreja seja sempre o sinal do Deus libertador.

“Dicit ei tertio: Simon Ioannis, amas me? Contristatus est Petrus quia dixit ei tertio: Amas me? Et dicit ei: Domine, tu omnia scis, tu cognoscis quia amo te. Dicit ei: Pasce oves meãs.” ( Jo 21, 17)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 19 de abril de 2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Feliz Aniversário, Betinha

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

Nos seus 30 anos de trabalho dentro da Arquidiocese de Montes Claros, a querida Maria Elizabeth da Silva Sena, mais conhecida nos rincões do Norte de Minas como Betinha, vem conquistando e cultivando amizades. Beta... Não posso nem ser muito ousado para falar sobre você. Sou um jovem que inicia a vida agora e que ainda não sabe tudo sobre você, uma pessoa com histórias demais. Posso dizer, no entanto, que sou encantado por você.

Em nossos poucos momentos nos nossos horários de trabalho pastoral, podemos conversar um pouco. E eu, um jovem sonhador, delicio-me com suas lindas histórias de luta à frente das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Foi considerada uma mãe para alguns e até avó para outros. Não é de se estranhar que uma mulher tão inteligente como você seja considerada mãe e avó, não pela idade de 52 anos (completados no último dia 17), pois você distribui beleza, sabedoria e nunca teve medo de partilhá-lhas com o próximo.

É muito emocionante estar ao lado de Betinha nas celebrações festivas, pois o amor dela com a Igreja e a sua caminhada pastoral são tão grandes que emocionam a qualquer mortal. Sempre quando estou desanimado e cansado, tento pegar um pouco do exemplo de Betinha que, apesar de suportar tantas coisas, é uma pessoa alegre e que realiza seus trabalhos pastorais concretos e com muito amor.

Betinha, sei que você já foi, ou melhor, é uma operária e por isso, neste dia tão especial, quando agradecemos a Deus pelo dom da sua vida, quero que você saiba que não só eu, mas toda a nossa Arquidiocese a ama e admira muito. Parabéns Beta, Betinha, Maria, Eliza, Mãe, vó, tia, professora, senhora experiência, encantadora, sabedoria, magnífica, operária, convicta, eterna animadora das CEBs, minha amiga.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Deus tem um coração misericordioso

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Deus criou todas as coisas e viu que era bom. Depois de todas as coisas criadas, Deus cria o homem e a mulher à sua imagem e semelhança. Ele os criou (Cf. Gn 1, 1-28). Tudo tinha harmonia, liberdade e comunhão (Cf. Gn 2, 1-23). Mas, o mau uso da liberdade do ser humano o fez cair e pecar. A consequência disso é a morte e a escravidão da vida. A partir daí, entrou o odio, a cobiça, a inveja e todo tipo de mal (Cf. Gn 3ss).

A pessoa humana perde a liberdade e fica na escravidão. Mas Deus ama tudo que criou e vem em socorro à humanidade e ao mundo. O caos ocasionado pelo pecado vai ser resgatado com a vinda do Filho de Deus. Antes, Deus preparou a humanidade, enviando profetas para que o ser humano recuperasse a sua verdadeira imagem, que foi destruída pelo pecado. O amor de Deus é tão grande por todos nós que Ele enviou o seu filho único, em um determinado tempo histórico.

Jesus veio ao mundo. Na simplicidade, revelou-nos o rosto misericordioso de Deus. Com a sua mensagem salvadora e libertadora, trouxe à humanidade a esperança que salva (Cf. Jo 1, 9-1). Hoje o Papa nos falou. “Hoje existe a necessidade urgente de um anúncio e de um testemunho da verdade e do Amor”. Centenas de fiéis participaram neste domingo, 11, da oração mariana dominical do Regina Coeli junto com o Papa Bento XVI, em sua residência de Castel Gandolfo. O pátio ficou pequeno para acolher a multidão de fiéis que, com bandas musicais, coros e faixas coloridas, alegraram o encontro com o Santo Padre.

Em seu breve discurso, Bento XVI frisou que neste 2º Domingo de Páscoa, em que se celebra a Divina Misericórdia, “testemunhá-la torna Jesus ainda mais familiar”. O Papa explicou que depois da Ressurreição, Jesus não se limitou a visitar seus discípulos, mas foi além, para que todos recebessem o dom da paz e da vida com o ‘Sopro criador’. Bento XVI encorajou os sacerdotes para que, “iluminados por esta palavra, sigam o exemplo do Santo Cura D’Ars”, São João Maria Vianney, padre francês morto no século XIX e santificado por suas qualidades morais e de fé. É o padroeiro dos sacerdotes e, em 2009, completaram-se os 150 anos de seu nascimento. “Ele soube transformar os corações e as vidas de tantas pessoas, conseguindo fazê-las perceber o amor misericordioso do Senhor”, acrescentou o Sumo Pontífice.

Para Bento XVI, “existe a necessidade urgente de um anúncio e de um testemunho da verdade e do Amor. Só assim será mais familiar e próximo Aquele que nossos olhos não viram, mas de cuja infinita misericórdia temos absoluta certeza”. A este respeito, o Santo Padre recordou que, ao canonizar a Irmã Maria Faustina Kowalska, em 30 de abril de 2000, o Papa João Paulo II (1978-2005), dedicou este domingo à Divina Misericórdia. Ele saudou de modo especial os peregrinos que vieram a Roma especialmente para esta ocasião (Cf. em http://noticias.cancaonova.com, acessado em 11 de abril de 2010, às 11h e 08min).

Desse modo, nós devemos testemunhar com a nossa vida que Jesus é o Senhor da nossa vida e da nossa história. Ele está presente na caminhada do seu povo. O seu coração misericordioso jorra amor e paz ao homem. Cabe a nós tomar posse disso e viver conforme a sua vontade. Tornamo-nos pela sua graça novos cidadãos, um Reino de sacerdotes que oferece a Deus obras de misericórdia, solidariedade e compaixão a todos que precisam de nós.

Um mundo sem Deus cai na escravidão do mal e deixa um rastro de violência de toda ordem, mas, quando entra em comunhão com Ele, a humanidade e o mundo se encontram na harmonia e na paz. Desse modo, o rosto misericordioso resplandece em todos os lugares e vemos a sua glória no mundo, e a humanidade formando a grande família do Povo de Deus. Assim podemos ver o que Jesus nos fala. “Eu hei de ver-vos de novo; e o vosso coração alegrar-se-á e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria” (Jo 16, 22). Deus é bom! Amém! Aleluia!

“Et vos igitur nunc quidem tristitiam habetis; iterum autem videbo vos, et gaudebit cor vestrum, et gaudium vestrum nemo tollit a vobis.” (Jo 16, 22)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 11 de abril de 2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A Páscoa é a vida acontecendo...

Cantai ao Senhor que Se revestiu de glória; precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Os hebreus experimentaram a Páscoa, a grande libertação. Eles saíram da escravidão do Egito pelas mãos de Deus, guiados por Moisés. Assim que eles se viram libertos, depois da travessia do Mar Vermelho, a pé, enxuto e vendo os egípcios orgulhosos e astutos sendo submersos pelas suas águas, cantaram as mulheres juntamente, como Miriam, irmã de Moisés e Aarão, um hino de louvor que está narrado no Livro do Êxodo.

E foi desse modo: “Cantai ao Senhor que Se revestiu de glória. Precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro! (Ex 15, 19-21). Por todo o mundo, os cristãos repetem este cântico na Vigília Pascal, cujo significado é depois explicado na respectiva oração; uma oração que agora, na plena luz da Ressurreição, jubilosamente fazemos nossa: “Também em nossos dias, Senhor, vemos brilhar as vossas antigas maravilhas: se outrora manifestastes o vosso poder libertando um só povo da perseguição do Faraó, hoje assegurais a salvação de todas as nações fazendo-as renascer pela água do Batismo: fazei que todos os povos da terra se tornem filhos de Abraão e membros do vosso povo eleito” (Papa Bento XVI em 04 de abril de 2010).

O Evangelista João narra a Ressurreição de Jesus. Ele não está mais no sepulcro. A morte não pode segurar Jesus (Cf. Jo 20, 1-21). A Ressurreição de Jesus libertou o homem das amarras do pecado, que é um tipo de escravidão. Jesus abre para nós novo caminho e nós fazemos um novo êxodo para a terra que sempre será nossa. Esta nova terra é o céu, que se vislumbra no nosso meio. É o Reino de Deus acontecendo, a justiça, o amor, a partilha, a solidariedade e a paz...

O homem se sente novo e com coragem de lutar para que este mundo tenha a marca do Ressuscitado. Em Cristo, fomos batizados, recebemos o dom do Espírito Santo. Agora o homem velho sai de cena e o homem novo renasce com a força de Cristo Vivo. É um caminho de vida nova (Rm 6, 4).

Se deixarmos nascer de novo pelo alto, a humanidade se reveste de esplendor da fraternidade. Não haverá penúria, pois tudo estará em comum. O Universo, as criaturas, as plantas e a humanidade se reconciliam e toda esta obra divina que é o universo infinito canta ao Senhor, bendizendo que Deus é glorioso. O que foi desfigurado pelo antigo homem e mulher, agora o novo Adão regenera a humanidade inteira com a ajuda do sim da nova Eva, que é Maria, com o seu sim incondicional ao Plano de Deus.

Maria está presente aos pés da cruz e também no nascimento da Igreja no Grande Pentecoste. O Espírito Santo vai dar impulso aos cristãos e até hoje não nos deixa sozinho. Formamos a Igreja gerada no Batismo. Tornamo-nos novas criaturas em filhos amados de Deus. É preciso testemunhar esta verdade. Somos salvos e livres por Cristo, vivo e ressuscitado no nosso meio. Precisamos aceitar Jesus como Senhor e mudar esta sociedade capitalista que quer está longe de Deus e longe de suas origens culturais. Por isso entra em crise de toda ordem e de consciência não madura.

Que o mundo se encontre no elo da fraternidade. Somos irmãos e responsáveis pela harmonia da natureza, do cosmos e da humanidade. Façamos o novo êxodo para a vida em abundancia a todos. Sejamos pessoas renovadas com as vestes da imortalidade de Cristo e que a Paz esteja com todos (Cf. Jo 20, 21). Que a luz de Cristo irradia e aqueça todo coração humano e que a fé seja fortalecida. É Páscoa, a vida acontecendo...

Jesus Ressuscitou verdadeiramente, Aleluia!!!

“Et hoc cum dixisset, ostendit eis manus et latus. Gavisi sunt ergo discipuli, viso Domino.” (Jo 20, 20)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 13 de abril de 2010

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Amor pelo movimento

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

Mais ou menos dois meses atrás, o Arcebispo Metropolitano de Montes Claros, Dom José Alberto Moura, informou a todos os missionários do Movimento Neocatecumenato que este não seria mais desenvolvido em Montes Claros e deixou bem claro que, apesar dele possuir uma metodologia muito boa, estava saindo da Arquidiocese de Montes Claros por falta de entrosamento com outros organismos e pastorais.

Os missionários e missionárias do Caminho Neocatecumenal, em sua grande maioria, concordaram com o posicionamento do Arcebispo, mas ainda têm alguns que, por amarem sobremaneira este movimento, continuam se reunindo, em casa, com suas “comunidades de amigos e amigas” para celebrar a Palavra.

Muitas dessas pessoas relatam que viajarão para outras dioceses onde o movimento persiste. É muito bonito ver esse amor por uma causa. Até contagia. No entanto, com certeza, aos poucos, esses missionários inconformados compreenderão que a comunhão eucarística deve existir entre todos os organismos das igrejas particulares do Brasil e do mundo. A nossa Igreja é muito diversa. Esta experiência neocatecumenal, de um novo batismo, é muito válida e ficará guardada como uma boa lembrança.

Como observava o saudoso Papa João Paulo II (1978-2005), é preciso e urgente se abrir para as questões que angustiam a humanidade. E unir fé e vida é uma atitude essencial e profundamente católica e cristã. Sejamos humildes. “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma única palavra e serei salvo”. Amém!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Habemus Papam, graças a Deus

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A Igreja Católica Apostólica Romana tem o seu fundamento na voz de Cristo a Pedro: “Bem-aventurado és tu, Simão filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim meu Pai que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus (Mt 16, 17-19).

Ao olharmos a história da Igreja nesses quase dois mil anos de existência, realmente ela tem o seu fundamento em Cristo e coloca Pedro na direção da Igreja, através da sua profissão de Fé: tu és o Cristo, Filho de Deus Vivo (Mt 16, 15) e que tem palavra de vida eterna (Cf. Jo 6, 68). Assim a Igreja sempre teve e tem na sua chefia um sucessor de Pedro. Hoje para nós Pedro é o Papa Bento XVI.

Infelizmente, escândalos são inevitáveis, devido à natureza pecadora da pessoa humana, mas devemos estar vigilantes e em comunhão com Deus para não cair em tentação e praticar o mal. Jesus já nos alertou dizendo: “Ai do mundo porque causa dos escândalos! É necessário que haja escândalo, mas ai do homem pelo qual o escândalo vem!” (Mt 18, 7).

As falhas e os erros dos padres estão sendo utilizados como armas contra a Igreja, afirmou na terça-feira, 06 de abril, o decano dos cardeais, Monsenhor Angelo Sodano, num momento em que a Igreja está em plena crise pelos escândalos de pedofilia dentro do clero. “Agora é uma divergência cultural: o Papa encarna verdades morais que não são aceitas e, desta maneira, as falhas e os erros dos padres são utilizados como armas contra a Igreja”, afirmou o cardeal em uma entrevista ao L’Osservatore Romano, o jornal do Vaticano.

“Por trás dos ataques injustos contra o Papa, há conceitos da família e da vida contrárias ao Evangelho”, acrescenta o Prelado que, no domingo (04), expressou, durante a Missa de Páscoa no Vaticano, o apoio de toda a Igreja a Bento XVI. “Agora se esgrime a arma da pedofilia contra a Igreja. Antes, eram as batalhas do modernismo contra Pio X, depois a ofensiva contra Pio XII por seu comportamento durante a Segunda Guerra Mundial e, por último, contra Paulo VI pela encíclica ‘Humanae Vitae’ contra a contracepção”, concluiu (06 de abril de 2010 às 14h e 31min no www.terra.com.br).

“Dizem que deveríamos reagir de forma diferente diante desses ataques”, continuou o cardeal. "A Igreja tem seu estilo e não adota os métodos que hoje são usados contra o Papa. A única estratégia que temos é a do Evangelho”. Segundo ele, a comunidade cristã também “sente-se ferida quando existe a tentativa de implicá-la nesses casos tão graves e dolorosos, cometidos por algum sacerdote, transformando culpas e responsabilidades individuais em culpa coletiva com uma racionalidade incompreensível” (Cf. L’Osservatore Romano de 06 de abril de 2010).

Os culpados devem ser punidos e que seja banida do nosso meio toda forma de pecado que desfigura a pessoa humana. O ser humano deve procurar adesão a Jesus Cristo e ser coerente em suas atitudes e testemunhar, com sua vida, que somos criaturas novas sem as rugas do pecado e da imoralidade.

O Papa tem tido posição firme nas questões da fé, da doutrina, pois ele é o guardião do depósito da fé deixada por Cristo à sua Igreja, nos orienta guiado pelo Espírito Santo. Esta autoridade vem de Deus. Os valores cristãos, como a família, a preservação da vida desde a sua concepção até a morte natural das pessoas, não mudam. O que valia ontem vale hoje e valerá sempre, pois Deus é Verdade Suprema.

"Respondit Iesus et dixit ei: Si quis diligit me, sermonem meum servabit, et Pater meus diliget eum, et ad eum veniemus et mansionem apud eum faciemus." (Jo 14, 23)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 06 de abril de 2010

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Não podemos atirar pedras

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A Quaresma é uma grande oportunidade de fazer uma revisão de vida, achar o que se deve mudar em nossa vida e procurar não condenar os outros com os nossos julgamentos, pois podemos cometer injustiças que podem levar pessoas à perdição. Pelo contrário, devemos buscar a fraternidade e combater o pecado e o mal através da nossa atitude de amor e de misericórdia.

No Livro do Profeta Isaías é anunciada a libertação do exílio e o retorno do Povo de Deus a Israel. É o novo Êxodo acontecendo para o Povo, a Terra Prometida. Deus não abandona o seu povo e sempre caminha com ele, dando força e esperança de fazer a caminhada para a libertação. Deus não nos quer prisioneiros (Cf. Is 43, 16-21).

Na Quaresma, somos convidados a fazer uma caminhada para a libertação de tudo o que nos deixa prisioneiros. Esta volta à Terra Prometida nos vai dar vida nova e uma liberdade de nos sentirmos filhos amados pelo Deus da Vida. Devemos ter coragem de deixar o orgulho, a ganância, o egoísmo, de nos despojar de alguns bens em favor daqueles que nada têm. Devemos procurar não ser escravos do dinheiro e procurar fazer dele instrumento de justiça, partilha e solidariedade às pessoas mais carentes.

São Paulo, na sua carta aos Filipenses, nos exorta a procurar Cristo, pois é Ele quem dá sentido ao nosso viver. Tudo o que temos e fazemos só terá sentido se tivermos vida nova com Ele. O que mais importa ao cristão é fazer uma experiência de Cristo na vida e isto vem do conhecimento que devemos ter d’Ele. Jesus é o Salvador e nos faz pessoas novas. Tornamo-nos mais humanos e solidários na medida em que Jesus Cristo é central em nossa vida. O resto deve ser considerado lixo porque passa e não dá sentido à vida (Cf. Fl 3, 8-14).

O evangelista São João narra a cena da Mulher Pecadora que foi é flagrada em adultério. Os homens queriam apedrejá-la até a morte. Ela é levada até Jesus. Este é questionado. Jesus sabe a intenção e o coração do homem que age sem compaixão, embora cada um carregue também a sua culpa e pecado. As pedras, se forem atiradas, não eliminam as falhas das pessoas. Por isso Jesus os reprime dizendo. “Quem não tiver pecado atire a primeira pedra”.

Cada um se retira começando pelos mais velhos. No lugar, fica apenas Jesus e a mulher. Jesus pergunta a ela: alguém a condenou? Eu também não a condeno. Vá e não peque mais (Cf. Jo 8, 1-11). Esta mulher sai redimida e a sua vida foi transformada. Uma nova mulher surge com toda a dignidade e valorização da vida. Ela se torna livre porque o pecado já não vai fazer parte da sua vida.

A escravidão termina porque Deus a agracia com o perdão que regenera todo ser humano. Não é o saber e os vastos conhecimentos que nos fazem dignos e mais importantes do que os outros, e sim a humildade e o amor nos fazem irmãos uns dos outros. Somos parceiros de jornada rumo à Nova Jerusalém, de filhos redimidos pela paixão, morte e ressurreição de Cristo.

Jesus renova a lei. É a lei do amor que impera e desmascara toda a hipocrisia das atitudes dos fariseus. Jesus mostra a eles que Deus zela e ama a todos, e que Ele não é um Deus vingativo. Se Deus castigasse pelas nossas faltas e infidelidades ao seu projeto, não escaparia ninguém. Mas Deus nos acolhe, perdoa os nossos pecados e transgressões, e nos faz criaturas novas com dignidade de filhos amados por Ele. Jesus não aprova o pecado, mas ama o pecador e o quer resgatado com a sua graça santificante.

“Quae dixit: Nemo, Domine. Dixit autem Iesus: Nec ego te condemno; vade et amplius iam noli peccare.” ( (Jo 8, 11)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 17 de março de 2010

domingo, 11 de abril de 2010

O Sacerdócio é Graça de Deus e não um direito

Vinde a mim e eu vos farei pescadores de homens...

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A Igreja, pelo mandato do Senhor, tem na sua direção os sucessores dos Apóstolos, que são os Bispos das nossas dioceses. O Papa tem o primado de Pedro e ele é o Bispo de Roma. Os bispos têm a autoridade de ordenar os seus colaboradores dos seus ministérios que são os sacerdotes e diáconos.

O Sacerdócio é um dom de Deus e, portanto, não pode ser exigido como um direito, esclarece o secretário da Congregação para o Clero. No coração do Ano Sacerdotal, o Arcebispo Mauro Piacenza enviou aos sacerdotes do mundo uma mensagem para refletir sobre a oração consagratória que o Bispo pronunciou sobre eles um dia, durante a Ordenação Sacerdotal.

Guiado por esta oração, Dom Piacenza mostra como “o Sacerdócio é essencialmente um dom” de Deus e, portanto, possui “uma dignidade que todos - fiéis leigos e Clero - devem reconhecer”. “Trata-se de uma dignidade que não provém dos homens, mas que é puro dom da graça, ao qual a pessoa foi chamada e que ninguém pode exigir como um direito”, esclarece o Prelado.

Assim, “a dignidade do Presbiterato, doada pelo Pai Todo Poderoso, deve aparecer na vida dos sacerdotes, em sua santidade, em sua humanidade disposta a acolher, em sua humildade e caridade pastoral, na luminosidade da fidelidade ao Evangelho e à doutrina da Igreja, na sobriedade e solenidade das celebrações dos mistérios divinos, no hábito eclesiástico”.

Desse modo, diz Dom Piacenza, que “todo sacerdote deve recordar - a ele mesmo e ao mundo - que foi objeto de um dom sem merecê-lo e que não se pode merecer, que o converte em presença eficaz do Absoluto no mundo para a salvação dos homens”. Ele ainda nos diz que “o Sacerdote, revestido do Espírito do Pai Todo Poderoso, foi chamado a ‘guiar’, com o ensinamento e a celebração dos sacramentos e, sobretudo, com a própria vida, o caminho de santificação do povo que lhe foi confiado, com a certeza de que é este o único fim pelo qual o próprio Presbiterato existe: o Paraíso”.

Com esta mensagem dada por Dom Piacenza, podemos dizer que a Igreja é sinal visível da bondade de Deus para nós. Se não houver sacerdotes, no nosso meio, não podemos celebrar a Eucaristia entre nós. É o mistério da Salvação que é atualizado em todas as missas celebradas.

Somos chamados a participar desta graça de Deus que derrama copiosamente sobre todos. Que cada cristão reze pelo dom do Sacerdócio dado àquele que vem ser servido do Reino que é vislumbrado já na terra e tem a sua plenitude na eternidade junto com Deus, com seus anjos e com os santos.

“Et ait illis: Venite post me, et faciam vos piscatores hominum.” (Mt 4, 19)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 06 de março de 2010

sábado, 10 de abril de 2010

Na Comunidade, encontramos o Senhor Ressuscitado

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Cada domingo é dia do Senhor Ressuscitado. No clima da Páscoa, a Igreja se reúne na comunidade de irmãos e irmãs para proclamar a nossa fé na Ressurreição e encontrar o Cristo Ressuscitado no nosso meio. A liturgia nos mostra que a COMUNIDADE CRISTÃ é um espaço privilegiado de "Encontro" com Jesus Ressuscitado.

Nos Atos dos Apóstolos, nos é apresentado que a vida de comunidade é o lugar privilegiado para nós continuarmos a Missão de Jesus Cristo. Notamos que a comunidade tinha uma fé viva no Senhor, como se pode verificar: “Todos os fiéis se reuniam, com muita união... Eram pessoas estimadas por todos. O povo estimava-os muito...”. Os gestos fraternos são importantes e que exercem forte atração sobre todos. “Crescia sempre mais o número dos que aderiam ao Senhor pela fé...” (Cf. At 5, 12-16).

O que atraía os cristãos era presença de Jesus em cada pessoa, a libertação ocorrendo em cada um. Não precisa ver fisicamente Jesus, pois agora a comunidade é forma visível da presença espiritual de Cristo Ressuscitado no meio do Povo. O testemunho das pessoas renovadas mostra a Fé no ressuscitado (Cf. At 5, 12-16).

No livro do Apocalipse de São João, nos são mostrados a Força e Poder de Cristo, e é n’Ele que a Comunidade Cristã encontra disposição para caminhar e vencer os obstáculos que se opõem à vida nova de Deus. Agora, os cristãos não têm o que temer. Jesus é o Princípio e o Fim de todas as coisas. Não há lugar para o medo. Jesus está vivo, como podemos dizer: “Estive morto, mas agora estou vivo para sempre. Eu tenho a chave da morte e da região dos mortos” (Ap 1, 9-11a.12-13. 17-19).

No Evangelho, o Evangelista São João mostra o CRISTO vivo e ressuscitado. Ele é o Centro da Comunidade Cristã (Cf. Jo 20, 19-31). A comunidade se organiza, e o que vai dar força e tirar o medo e a fragilidade dela é o Cristo Ressuscitado.

Assim a Paz d’Ele acontece e encontramos provas de que Jesus está vivo, e a prova da sua presença é o amor dos irmãos e das irmãs nos gestos concretos de solidariedade, partilha, compaixão aos mais pobres e excluídos da sociedade dita pós-moderna. Jesus se apresenta aos apóstolos que Ele é vivo. Um não estava presente. Quando ficou sabendo, queria prova. Mas Jesus surge novamente.

Então Tomé acredita. Mas Jesus exorta feliz quem não viu e creram no Senhor (Cf. Jo 20, 19-31). Hoje Jesus quer esse testemunho nosso com os olhos da nossa fé n’Ele. Ele está vivo na Comunidade Igreja. Precisamos testemunhá-Lo com coragem esta verdade.

Assim, o primeiro dia da semana é domingo. Jesus inaugura o novo tempo. Agora a comunidade se reúne pela sua Palavra e pela Eucaristia numa festa de encontro com o Ressuscitado com a comunidade reunida. Nela, as pessoas se formam família, onde reina o perdão, amor, palavra e pão partilhado. Jesus se faz presente em cada pessoa que se reúne como a família de Deus. Então, na comunidade, encontramos o Senhor Ressuscitado. Aleluia!

“Dicit ei Iesus: Quia vidisti me, credidisti. Beati, qui non viderunt et crediderunt!” (Jo 20, 29)

"Jesus lhe disse: Acreditaste por que me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem vistos" (Jo 20, 29)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A Igreja é conduzida pelo Espírito Santo

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Ao olharmos a história da humanidade e a História da Igreja, percebemos que as pessoas são santas e pecadoras. No decorrer do tempo, muitos macularam a sua história, com atitudes bárbaras que desfiguraram a imagem da pessoa humana e de Cristo.

Jesus precisou de homens e companheiros para sua missão, escolheu doze e os preparou, mas devido à fraqueza humana, um traiu, outro o negou na hora em que Ele estava indo para ser interrogado pelos seus algozes e ainda, após a sua ressurreição, quando apareceu aos apóstolos, teve um que quis ter prova da sua presença. Jesus os repreende e elogia todos aqueles que não o viram e nem puderam tocá-lo, mas mesmo assim acreditam nele porque Jesus é Senhor da Nossa Vida e Nosso Salvador (Cf. Jo 20, 24-29).

Em todo tempo, a Igreja teve alguns filhos seus que se desviaram, praticando escândalos e pecados que mancharam a sua história. A ganância, a hipocrisia, o autoritarismo, a infidelidade, roubos, abusos e vícios de ordem moral foram praticados na Igreja, porque ela é feita de homens também.

Mas, também na história da Igreja, em todos os seus momentos mais cruciais, surgiram homens valentes com virtudes heróicas e de santidade que deixaram rastros de luz, como Santo Agostinho, São Tomas, Santo Antônio, São Francisco, Santa Terezinha, Santa Rita e muitos outros, e até hoje surgem santos que se tornam estrelas no céu e nos ensinam, por seus exemplos, que vale a pena seguir Jesus, ser imitadores da sua vida na busca de santidade.

A Igreja é conduzida pelo Espírito Santo, mesmo nestas tormentas do mar do mundo, que nos assustam, mas não vão nos desanimar na vivência da fé em comunidade cristã. Cada cristão deve assumir a sua responsabilidade de ser coerente na fé e testemunhar nas atitudes de pessoas renovadas e que transpareçam a imagem de Cristo no seu viver. Ser exemplo de amor solidário, de diálogo, de misericórdia, de bondade e de santidade. Somos chamados a ser santos como Deus é Santo (Cf. 1 Pd 1, 16). Quem nos dá esse dom é Deus, como podemos verificar.

Deus disse aos israelitas. “Eu sou o Senhor Vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis e sereis santos, porque eu sou santo” (Lv 11, 44). O caminho que leva à santidade é estar na atitude de oração, de escuta da Palavra de Deus, na participação da Eucaristia e ser sempre vigilante no Bem. O mal não pode ser nosso companheiro, pois ele nos leva à desgraça, ao pecado e à morte. A graça que vem de Deus até nós, em um coração aberto do homem, leva-nos a vida e nos faz ser sementes novas para que o Reino de Deus surja na sua grandeza de filhos salvos.

Ficamos tristes e envergonhados com as atitudes dos maus cristãos, mas isto não nos deixa abalados e afastados da Igreja de Cristo. Cabe a nós, orarmos sempre pelos nossos irmãos e para nós também. Que fiquemos atentos em nossas atitudes. A nossa meta é Cristo. O resto é lixo.

São Paulo, na Carta aos Filipenses, nos exorta dizendo. “Por causa dele, eu perdi tudo. Considero tudo como lixo para ganhar Cristo e ser encontrado por Ele” (Cf. Fl 3, 8). Unir-se a Cristo é experimentar a força de sua ressurreição e a participação em seus sofrimentos na nossa vida, conformando-me com Ele na sua morte (Cf. Fl 3, 10).

A nossa decisão por Cristo não é um ato que permanece no passado, mas é uma mola propulsora para frente. Isto é, nós somos convidados a caminhar com Cristo que nos leva sempre para frente, como podemos verificar o que diz São Paulo. Para nós, “esquecendo o que fica para trás, eu me lanço para o que está à frente” (Fl 3, 13). A Páscoa é caminho seguro de estar em comunhão com o Deus da vida, pois isso ela significa, passagem para a libertação, isto é, passagem da morte, do pecado, para a vida, da graça em Cristo.

Nada pode nos afastar de Deus, nem a fome, nem o sofrimento, nem a desilusão, a morte e o pecado (Cf. Rm 8, 35-39). Jesus é Senhor para a Glória de Deus. “E tudo o que fizerdes de palavra ou ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, por Ele dando graças a Deus, o Pai” (Cl 3.17). Um dia, poderemos ser agraciados no céu, na eternidade com Deus na presença dos seus anjos e santos.

“Et omne, quodcumque facitis in verbo aut in opere, omnia in nomine Domini Iesu gratias agentes Deo Patri per ipsum.” (Cl 3, 17)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 21 de março de 2010

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Temos vida eterna com Deus

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Temos vida eterna com Deus. Ele é a fonte da vida. Sem Deus, nós somos criaturas errantes e sem rumo. Com Ele, podemos ter uma comunhão plena que leva à vida. O Papa Bento XVI observou que somente a relação com Deus pode amparar a vida para além das águas da morte, para conduzir os vivos por meios delas.

O Papa explicou que a vida eterna de que fala Jesus, na sua oração sacerdotal, inserida por São João entre os discursos de adeus da Última Ceia. Na Missa da Ceia do Senhor, celebrada na Basílica de São João de Latrão, Bento XVI refletiu sobre o Mistério da Quinta-Feira Santa, analisando justamente o “texto inesgotável” narrado por João. “A vida é relação”, explicou o Papa. “Ninguém tem a vida por si mesmo e somente por si mesmo”. A nossa vida se torna autêntica, verdadeira, e assim também eterna, “se conhecemos aquele que é fonte de todo ser e de toda vida” (notícia tirada de www.h2onews.org em 02 de abril de 2010).

Somos chamados a ser cristãos renovados nas atitudes, quando podemos dar testemunho d’Ele em todos os lugares. “Tornemo-nos amigos de Jesus, procuremos conhecê-Lo sempre mais! Vivamos em diálogo com Ele! Aprendemos d’Ele a vida reta. Sejamos suas testemunhas! Assim nos tornaremos pessoas que amam e então agiremos de modo justo. Então viveremos realmente” (notícia tirada www.h2onews.org em 02 de abril de 2010).

“Eu fiz com que eles conhecessem teu nome”, diz Jesus, na sua oração. Por isso agora podemos dizer, segundo o Papa, que “realmente se trata de Deus próximo, um Deus conosco”. Por fim, Jesus “pede a Igreja ao Pai”, pede que o anúncio dos discípulos prossiga no decorrer dos tempos e que os fiéis estejam em comunhão com Deus e com Ele mesmo. Por isso, hoje nos pede. “Você vive, mediante a fé, na comunhão comigo e, assim, com Deus? Ou não vive talvez para si mesmo, distanciando-se assim da fé?”.

Devemos entender a dor de Jesus, concluiu o Papa antes de realizar o gesto do Lava-Pés a 12 sacerdotes da Diocese de Roma, “pelo fato de que estamos em contraste com a sua oração e colocamos resistência ao seu amor” (notícia tirada www.h2onews.org em 02 de abril de 2010). Essas palavras do Papa Bento XVI, nos animam a estar em comunhão sempre com Deus, pois Ele é o Amor que não tem fim. Devemos mergulhar nesse amor que traz vida para todos.

Deus nos chama para a verdadeira vida, uma felicidade que não tem fim. Esta conquista está sintonizada na vida do Cristo servidor, Aquele que se põe a lavar os pés dos apóstolos para dar exemplo. Ele, sendo Deus e Mestre, não abusou desse poder, colocou-se servidor de todos. A sociedade dita moderna esquece que vamos ter vida, se cada pessoa se dispuser no serviço solidário aos mais sofredores e excluídos da nossa sociedade.

A Igreja é sinal visível da caridade de Deus quando se coloca a serviço dos doentes e dos desvalidos da nossa sociedade. A fé é gerada pela crença de Deus que vem até nós como Salvador, nos dando o caminho correto a seguir para chegar à eternidade. Somos viajantes neste mundo e sabemos para onde vamos, pois Jesus Cristo é CAMINHO, VERDADE E VIDA. Sem Ele, nós morremos e, com Ele, temos vida em abundância.

“In hoc clarificatus est Pater meus, ut fructum multum afferatis et efficiamini mei discipuli.” (Jo 15, 8)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 05 de abril de 2010

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Domingo de Páscoa! Jesus vive para sempre, Aleluia!

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Hoje é um dia muito especial para nós, cristãos. Jesus verdadeiramente ressuscitou e está vivo no meio de nós. O sepulcro está vazio. É um dia que resplandece pela luz de Cristo. Ele ilumina a nossa vida. Somos convidados a renascer com Cristo. É a oportunidade do nosso coração rejuvenescer com a presença do Cristo Ressuscitado. Esta alegria contagia o mundo, pois a morte foi vencida na cruz e a Ressurreição de Jesus é a vitória definitiva da vida.

Não há mais lugar para tristeza, nada pode nos afastar de Deus, porque Ele mesmo está presente na nossa vida, nos nossos acontecimentos. O sofrimento, a dor e a morte que passamos terão sentido na PÁSCOA DO SENHOR. Este dia é para ser comemorado com uma alegria exultante. Deus é bom e está presente na nossa caminhada, dando força e coragem para lutar na defesa da vida dos indefesos, dos idosos, dos doentes e dos excluídos da nossa sociedade.

Devemos renovar a nossa vida. Tudo passou... O homem velho desfigurado pelo pecado não existe mais. Agora é o homem novo que renasce na luz resplandecente de um Deus que se solidariza com a humanidade.

Que neste momento tão especial de reflexão, possamos lembrar daqueles que estão aflitos e sem esperanças. Que possamos fazer uma prece por aqueles que já não o fazem mais, porque perderam a fé em um novo recomeçar, pois esqueceram que a vida é um eterno ressurgir. Não nos deixe esquecer que, mesmo nos momentos mais difíceis do nosso caminho, Jesus está conosco e presente nos nossos corações.

Se esquecermos dele devido à falta de tempo que consome a nossa vida, Deus sempre se lembra de nós e nos acolhe sempre. Ele sempre está nos esperando de abraços abertos para dar aquele abraço de um PAI que ama infinitamente o seu filho.

Deus já deu prova do seu amor: entregou o seu Filho como oferta agradável para nos salvar. Hoje a morte não tem a última palavra. Agora Jesus vive e a nossa alegria é completa. É PÁSCOA DO SENHOR! Jesus vive para sempre, Aleluia. Agora, Deus estás conosco em nosso coração, pois padeceu o martírio da cruz em nome do Pai e pela humanidade toda.

Infelizmente, muitas pessoas não sabem ou esqueceram que Jesus é o Nosso Redentor. Precisamos criar em nós a cultura da vida, dizendo não à violência aos nossos irmãos, dando alimentos aos que têm fome, sendo compassivos e solidários aos que sofrem a dor da perda e da separação, dizendo não aos poderosos que tolhem a liberdade dos mais fracos e pobres da nossa sociedade, dando atenção e carinho aos que mais precisam de nós e, por fim, levar a todos a mensagem genuína de Cristo, Nossa Páscoa.

Devemos ser menos egoístas e mais solidários para com aqueles que precisam. Jesus está sempre conosco em todos os momentos da nossa história. Deus está presente onde existe amor solidariedade, compromisso e partilha.

Nós temos uma alma imortal garantida por Deus. A eternidade foi conquistada pelo seu sangue derramado na cruz para sempre. Sua morte trouxe redenção e a sua ressurreição nos trouxe vida nova para todos. Podemos cantar um novo canto: a vitória de Cristo é nossa vitória.

Obrigado Senhor! Feliz Páscoa para todos.


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 04 de abril de 2010

terça-feira, 6 de abril de 2010

A conversão é necessária

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A Quaresma é um tempo oportuno para fazermos uma revisão de vida e convertermos para Deus da Vida. A conversão é necessária para celebrarmos bem a Páscoa do Senhor. A liturgia da Igreja faz um apelo à conversão. Há muita coisa que devemos fazer para nos tornarmos livres. Devemos nos desapegar das coisas que nos impedem a ter libertação. Devemos tirar as sandálias e pisar no solo sagrado que nos faz ver Deus na nossa história de vida.

No Livro do Êxodo, vemos que Deus manifesta a Moisés através da sarsa ardente e Ele lhe pede que tire as sandálias e que pise o solo. Deus dá uma missão para Moisés de libertar o Povo da escravidão no Egito. Esse povo passa pela longa caminhada do deserto. É provado nesta jornada. Deus ensina, purifica, transforma esse povo com as Tábuas da lei e os unifica numa religião que tem Deus que caminha com a História do Povo na conquista da terra prometida. Esse êxodo é um processo de conversão. Cada cristão deve procurar desarmar de todas as amarras que o impedem de ser livre e de ter uma vida plena (Cf. Ex 3, 1-8.13-15).

São Paulo nos lembra das maravilhas que Deus fez no passado, na libertação do Povo de Israel. No deserto, Deus esteve presente, mostrando a sua bondade através de prodígios que marcaram a História do Povo de Deus. Deus é presença que nunca falta a quem está sempre em comunhão com Ele. Todos experimentaram o poder de Deus, dando alimentos e água na hora certa para alimentar e saciar o seu povo. Quem não se comprometeu com a Aliança de Deus, ficou por lá, no deserto (Cf. 1 Cor 10, 1-6.1-12).

O Evangelista Lucas nos mostra dois acontecimentos trágicos daqueles dias: a matança de Pilatos e a queda da torre de Siloé: 18 mortos. Jesus nos exorta que aqueles acontecimentos não é castigo de Deus, mas que é preciso que convertamos e mudamos de vida, isto é, sairmos do pecado para a vida da Graça, que vem da ação do Senhor Jesus, que vem e salva a humanidade.

Jesus fala da figueira estéril que não dá fruto no tempo certo. Tem vontade de arrancar e atirar fora para ser destruída. Mas os discípulos pedem, deixam-na mais dois anos no terreno. Cuidaremos dela e, quem sabe nesse tempo, ela vai produzir. È isso que Deus nos propõe: um tempo necessário para nós revisarmos a nossa vida e mudarmos.

Isso é bondade de Deus e graça d’Ele para conosco. Que a quaresma seja um momento de reflexão e penitência para celebrarmos bem a Páscoa do Senhor e que possamos participar da Igreja, recebendo os sacramentos que nos ajudam a estar em comunhão com Deus e com os irmãos (Cf. Lc 13, 1-9).

“Non, dico vobis, sed, si non paenitentiam egeritis, omnes similiter peribitis.” (Lc 13, 5)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 05 de março de 2010

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Mudança de planos

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

Nos rincões das escolas públicas e privadas de Montes Claros e região não se comenta outra coisa a não ser a desistência da superintendente regional de Ensino, Maria Salete de Souza Nether, de disputar politicamente as eleições deste ano. Pelo que parece, Salete Nether era mesmo uma candidata forte. Líderes estudantis e de movimentos sociais já haviam declarado apoio a Salete e sem falar nos diretores e professores das escolas. Porém, paira uma dúvida no ar: por que Salete desistiu da concorrência por uma cadeira na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal?

Estão dizendo que, na tarde da última segunda-feira, 29 de março, durante reunião, alguns diretores de escolas choraram com a notícia de que não é bem digerida pelas pessoas a sonhada vitória de Salete. A mesma fonte, que revela que Salete não será mais candidata, indica também que ela terá uma reunião nesta semana, no Palácio da Liberdade, com o agora governador Antônio Augusto Junho Anastasia. Na pauta, a provável indicação para ocupar um importante cargo no seu governo, a partir da próxima quinta, 08 de abril.

Salete sempre foi uma pessoa totalmente do bem. Mas, estão dizendo que os deputados que querem se releger ficaram mesmo foi com medo de perder seus votos para esta nobre senhora, nome forte em qualquer época para se candidatar a um cargo político. Por isso solicitaram ao governador Anastasia para orientar a superintendente regional a não entrar na concorrência por vagas no vestibular de outubro próximo.

Pela amizade que nutre com Anastasia, Salete aceitaria convenientemente a proposta, o que, na modesta opinião deste mortal, frustra o povão da educação norte-mineira, que não pára de enviar abaixo-assinado para o gabinete da Superintendência Regional de Ensino insistindo na candidatura da nossa professora Salete.

Outro ponto a considerar é que a deputada estadual Ana Maria Vieira (PSDB) “quebrou a cara”, perdão pela expressão chula. Ela estava convicta de que teria o poder de nomear a professora Anália Cristina para o lugar de Salete Nether na Superintendência durante o período das Eleições 2010. Já Gil Pereira (PP) estava certo. Este faria uma boa dobradinha com Salete. Seria bom para ele ter o apoio de tão renomada educadora. Mas será que ele poderá contar com o apoio da nossa delegada de Ensino?

A maioria dos educadores que apoia Nether, com certeza, pularia, como cangurus, para o lado do deputado estadual Ruy Adriano Borges Muniz (DEM) que será eleito a algum cargo no próximo pleito. Como tenho peito, mas não tenho dinheiro, fico aqui eu, pobre mortal estudante secundarista, quase universitário, a observar como a nossa classe política faz manobras para permanecer no poder. Ah! O poder...