Cada
vez que sentimos aproximados de Deus, tornamo-nos mais felizes e sentimos a
beleza de estarmos juntos do Deus que é Pai. O amor do Pai nos ajuda a viver
esta filiação que ganhamos com a vida de Cristo que morreu e ressuscitou para
nos dar esse grande presente.
Deus
é pai de todos e, com a força do Espírito, chamamos Deus de Pai. Nós estamos
sempre com Deus, pois Ele é presente em nossa vida. Deus nunca nos deixa só e
ainda nos assiste com a sua graça. Jesus nos ensinou o caminho de chegar a
Deus-Pai. A Igreja é mãe e mestra, e nos ensina docilmente que Deus é Pai na
oração universal do Pai Nosso (1).
O
santo padre, o papa Bento XVI, durante a Audiência-Geral de quarta-feira (23/05),
em sua habitual catequese, refletiu sobre a importância de chamar Pai a Deus,
como Cristo na Cruz que diz: Abbá, Pai!
O santo padre recordou que “o Espírito Santo nos ensina a tratar Deus, na oração,
com os termos afetuosos de ‘Abbá, Pai!’, como fez Jesus”.Citando São Paulo,
afirmou que é o “Espírito que clama em nós ‘Abbá, Pai!’ e “faz-nos sentir numa
relação de profunda confiança com Deus, como a de uma criança com seu pai” (2).
“Hoje
muitos não se dão conta da grandeza e da consolação profunda contidas na
palavra ‘Pai’, dita por nós a Deus na oração”. E continuou. “O Espírito Santo
ilumina o nosso espírito, unindo-nos à relação filial de Jesus com o Pai e
sempre em união com toda a Igreja”. Bento XVI recordou que, desde o princípio,
a Igreja “assumiu esta invocação, de modo particular, na oração do Pai Nosso”.
Quando
rezamos ao Pai, nunca estamos sozinhos. É a Igreja que sustenta a nossa
invocação, porque a nossa invocação é invocação da Igreja. Ao final, o santo padre
destacou a importância de “provar, na nossa oração, a beleza de sermos amigos,
filhos de Deus, de poder invocá-lo com a confiança de uma criança que se dirige
aos pais que a amam.
Abramos
a nossa oração à ação do Espírito Santo para que nós gritemos a Deus “Abbá! Pai”
e para que a nossa oração transforme, converta constantemente o nosso pensar, o
nosso agir para torná-lo sempre mais conforme àquele do Filho Unigênito, Jesus
Cristo (2).
Após
a catequese, Bento XVI dirigiu a seguinte saudação aos peregrinos de Língua
Portuguesa. “Queridos peregrinos de Língua Portuguesa: sede bem-vindos! Saúdo,
de modo particular, os brasileiros do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul, bem
como as Irmãs Franciscanas de São José. Com a proximidade da solenidade de
Pentecostes, procurai, a exemplo de Nossa Senhora, estar abertos à ação do
Espírito Santo na vossa oração, de tal modo que o vosso pensar e agir se
conformem sempre mais com os do seu Filho Jesus Cristo. De coração vos abençoo
a vós e às vossas famílias! (2).
As
palavras do nosso papa nos ajudam a ter esta experiência de filho com seu Pai.
Na oração, conseguimos a intimidade com Deus. Deus nos sonda e nos coloca no
seu coração paterno no amor que Ele tem por nós no seu Filho. Jesus é a certeza
de encontrar Deus, pois Ele nos revelou a sua face amorosa e misericordiosa por
nós pecadores.
Somos acariciados
pelo Deus da Vida
e pela certeza que temos em Deus porque Ele está presente em todas as nossas
situações de vida. Ele sabe os nossos passos, sabe onde vamos, sabe quando
descansamos, sabe os nossos pensamentos e tudo que passa em nós (cf. Sl 138).
Tudo tem a marca presencial de Deus. O amor Dele nos conforta e nos anima para a
caminhada com todos na luta por justiça, amor, perdão e misericórdia por todos (1).
(1) Reflexão de José Benedito Schumann Cunha,
teólogo
23-05-2012
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