Neste
domingo, celebramos com muita alegria a Festa do Pentecostes. Fazemos a memória
do Dom do Espírito Santo, após o Tempo Pascal, que vem até os apóstolos com
Maria no Cenáculo, onde estavam reunidos em oração. A Igreja nasce na força do
Espírito Santo e nos faz corajosos e fortes no testemunho do Cristo Ressuscitado
que trouxe a salvação à humanidade.
Sabemos
que a Festa de Pentecostes era uma festa muito antiga dos judeus e celebravam
após 50 dias a Páscoa. O Povo de Deus se reunia e agradecia pela colheita
feita, mas, depois, esse povo celebrava a alegria da libertação do Egito. Após
50 dias da libertação e após o acolhimento da lei no Monte Sinai e a formação
do povo, sendo que este acontecimento foi marcado por uma
teofania através de trovoes, relâmpagos, trombeta, etc, Deus está com seu povo
que anualmente agradece a Deus pelas suas maravilhas feitas no Êxodo, isto é,
sai da terra que eram escravos e vai para a terra onde pode ser livre e adorar a
Deus, sem nenhum obstáculo.
No
Livro dos Atos dos Apóstolos, nos é narrado o Pentecostes cristão. Eles estavam
reunidos em oração com Maria no cenáculo, quando o Espírito Santo vem em forma
de línguas de fogo e os enche de alegria, força e ânimo para a missão de
evangelizar. É a nova aliança perpetuada por Cristo para sempre. Assim formamos
o novo Povo de Deus que marcha para o céu construindo já o Reino de Deus
visível na terra. Os cristãos são os membros do novo povo que tem o Deus da Vida
e que nos leva a caminhos seguros, tramados na justiça, no amor, na partilha,
na solidariedade.
O
acontecimento de Pentecostes foi também marcado com trovões e uma ventania. Isso
nos remete ao Sinai da antiga aliança (cf. At. 2, 1-11). São Paulo nos fala que,
quando falamos que Jesus é o Senhor, isso acontece por causa da ação do Espírito
Santo em nós. Cada um recebe dons espirituais, mas só que o Espírito Santo é o
mesmo. Os dons recebidos não são para divisão e orgulho, mas uma forma de
colocarmos nas mãos do Senhor para que Ele opere maravilhas na nossa vida e na
dos outros.
Tudo
acontece para o bem comum. Não há exclusividade entre nós. Somos agora todos
irmãos e irmãs em Cristo. Assim podemos repetir: “Na verdade, todos nós, judeus
e gregos, escravos e homens livres, fomos batizados num só Espírito, para
constituirmos um só Corpo. E a todos nos foi dado a beber um único Espírito” (1
Cor 12, 13).
Agora
há compreensão na fala. Todos entendem a mensagem. Já não existe confusão e nem
divisão ou dispersão, como houve no episódio da Torre de Babel narrada em Gn
11. Deus
se
revela no amor. Por que ficarmos em discussões que levam à divisão, se já temos
Cristo e o Espírito Santo que confirmam a Palavra de Deus a nós?
A
Igreja vive o Pentecostes na medida em que leva e anuncia a mensagem de Cristo
a todos, sem medo, na força do Espírito Santo. O Evangelho mostra Jesus dando
aos discípulos o dom do Espírito Santo, a força que dá vida e que une as
pessoas.
Somos
a Igreja do pão partilhado, do perdão, da palavra que salva e do calor do Espírito
Santo que nos impulsiona para a missão evangelizadora. Aqui encontramos a
coragem e o destemor que faz com que cada cristão assuma a sua cruz, a sua
responsabilidade para transformar a realidade de pecado e morte para a
realidade da graça e vida (cf. Jo 20, 19-23).
Assim,
queridos irmãos e irmãs, a nossa linguagem deve ser de amor para com todos. É
urgente ser mais caridosos, fraternos e procurar a unidade, com todos. Não
podemos ficar procurando prestígio e honrarias, porque somos servo de Cristo,
missionário do Evangelho da Vida. Nada pode ser pior no mundo se não assumimos
a nossa fé em Cristo no nosso agir de cristão.
Que
a Igreja seja um sol que ilumina a todos que nela cheguem e possam sentir
acolhidos e amados por todos.
Amém!!!
José Benedito
Schumann Cunha
Bacharel em
Teologia
25-05-2012
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