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"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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sábado, 15 de maio de 2010

Maria, a primeira missionária (Parte II)

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Não tenhamos medo de conhecer Jesus, por Maria, porque ela é a missionária da ternura, pois, se tivermos um coração que se deixa abrir ao Cristo acalentado pela ternura de sua Mãe, que nos protege e nos ama e está sempre ao nosso lado, vamos poder dizer que o Reino pretendido por Jesus começa em transformar as relações entre os homens, e realiza-se, progressivamente, à medida que estes aprendem a amar, a perdoar, a ajudar-se mutuamente. É a lei do amor. Disse Jesus: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15, 12).

Como fiéis da Igreja, por força do Batismo, todos os cristãos são corresponsáveis pela atividade missionária. Esta participação e colaboração na obra missionária, antes de qualquer coisa, deve estar pessoalmente unida a Cristo. Só se estivermos unidos a Ele, como o ramo à videira (Jo 15, 5 ), é que poderemos dar bons frutos. Cooperar para a missão não significa apenas dar, mas também saber receber com docilidade a Palavra de Deus. Ao olhar Maria, vemos que ela foi da escuta atenta à Palavra de Deus. É uma missionária da Palavra de Deus. Ela faz a vontade d’Ele. Certa vez, Jesus fez um elogio: minha mãe e meus irmãos são todos aqueles que ouvem a Palavra e a põem em prática (Lc 8, 19-21).

Todas as igrejas particulares, jovens e antigas, são chamadas a dar e a receber esta missão universal, e nenhuma deve fechar em si própria. Todas são convocadas para a missão. A atividade missionária exige uma espiritualidade específica que diz respeito, de modo particular, a quantos Deus chamou a serem missionários. Tal espiritualidade exprime-se, antes de qualquer coisa, no viver em plena docilidade ao Espírito Santo e em deixar-se plasmar interiormente por Ele para se tornar cada vez mais semelhante a Cristo (Redemptoris Missio, 87: Carta Encíclica de João Paulo II. A validade permanente do mandato missionário).

Esta docilidade ao Espírito permitirá acolher os dons: da fortaleza e do discernimento que são traços essenciais da espiritualidade missionária. Desse modo, devemos ser uma pessoa em oração, ligada também a uma espiritualidade mariana que nos envolve. Assim espelharemos também a Maria, a missionária orante.

Por causa do amor a Jesus, podemos dar resposta a Ele. O Espírito nos faz corajosos e anunciadores da Palavra. A evangelização se faz urgente entre nós, como na Catequese, nas Pastorais, nos Círculos Bíblicos, nas partilhas de problemas humanos em vista de um compromisso cristão. Somos construtores da civilização do amor.

Desenvolvendo sua atividade missionária no meio dos povos, a Igreja encontra várias culturas, vendo-se envolvida em um processo de inculturação. Esta constitui uma exigência que marcou seu caminho histórico, mas hoje é particularmente aguda e urgente. Inculturar-se é transformar os valores culturais autênticos pela integração no cristianismo e o enraizamento do cristianismo em várias culturas, assumindo o que de bom tem nas culturas, renovando e transformando de dentro para fora o mundo.

A inculturação é um caminho lento, mas deve ser persistente e cheio de responsabilidade e discernimento. Os responsáveis pela missão começaram com os doze apóstolos. Hoje ela é continuada pelos seus sucessores e também por todos que estão ligados à Igreja de Cristo. Aqui podemos, sem medo de errar, dizer que Maria está presente, como a Estrela da Evangelização. Ela é a missionária evangelizadora, que nos reúne, que nos congrega no seu Filho Jesus.

A missão é de todos e deve ter uma comunhão entre as igrejas para atingir o objetivo que é: viver Cristo na vida com todos, formando uma humanidade solidária e fraterna.


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 11 de maio de 2010

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