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terça-feira, 18 de maio de 2010

Um País se constrói com ética e bem comum

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A Pátria é o território onde um povo é soberano, tem leis, símbolos, Escudo, Hino e Bandeira. Cada pessoa constrói uma nação, mas é preciso que haja educação para todos de qualidade, saúde e proteção para todos, segurança que leva à liberdade do nosso agir. Uma nação livre se faz de homens e mulheres trabalhadores que transformam as riquezas da nação em bens para todos.

Se educarmos bem as pessoas, evitamos violências e as cadeias podem ficar vazias. A criança será o jovem e o adulto de amanhã. Ela é a esperança do presente que leva a um futuro seguro e brilhante. Cabe à sociedade organizada, às religiões e às pessoas de boa vontade trabalharem em prol do bem comum, da justiça, da solidariedade e da fraternidade.

Precisamos de um Estado organizado, onde as autoridades estão a serviço da democracia que visa todo o povo, independente de ideologias sociais e políticas, raças, culturas e religiões. A pluralidade das ideias se converge na unidade e não no uniformismo. Nas adversidades e no embate de ideias diferentes, pode-se encontrar a síntese que desencadeia, através do diálogo, que haverá o respeito das diferenças.

A democracia é o exercício da liberdade. Nós podemos escolher, com a consciência livre e amadurecida, o futuro da nação, da cidade, das associações, das comunidades, das escolas, etc. Não tenhamos medo de conhecer os perfis de cada um que quer servir o povo, ver as plataformas deles, o passado de cada um, podendo ter um juízo de valor e decidir na certeza que estamos colaborando para um mundo melhor para todos. Não podemos omitir, porque fazemos parte da sociedade e de tudo que nos rodeia.

Então, podemos dizer que um País se constrói com ética e ações pelo bem comum. Ninguém fica fora dos direitos e deveres. Deus guiou um povo, por intermédio de Moises. Ele o deu AS TÁBUAS DA LEI e regulou normas, visando a organização de um povo que sai da escravidão do Egito para busca da Terra Prometida onde pode exercer a sua soberania (Cf. Gn 19, 24).

Hoje, temos a Igreja que nos dá a orientação para termos o discernimento das nossas ações para a ética e a prática do bem comum para todos. Então a Igreja é o sinal na história do amor de Deus com os homens e da vocação de todo o gênero humano à unidade na filiação do Único Pai (Cf. Concílio Vaticano II, Const. dogm. Lumen gentium, 1: AAS 57 (1965) 5.21). Portanto, a Igreja, também com o documento sobre a sua doutrina social, entende propor a todos os homens um humanismo à altura do desígnio de amor de Deus sobre a história, um humanismo integral e solidário, capaz de animar uma nova ordem social, econômica e política, fundada na dignidade e na liberdade de toda a pessoa humana, a se realizar na paz, na justiça e na solidariedade.

Um tal humanismo pode se realizar. Tendemos à unidade. Isso “só será possível se os indivíduos e os grupos sociais cultivarem em si mesmos e difundirem na sociedade os valores morais e sociais, de forma que sejam verdadeiramente homens novos e artífices de uma nova humanidade, com o necessário auxílio da graça” (Concílio Vaticano II, Const. past. Gaudium et spes, 30: AAS 58 (1966) 1050) - (Cf. PONTIFÍCIO CONSELHO “JUSTIÇA E PAZ”/COMPÊNDIO DA DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA, n. 19).

Viva sempre um povo, na perspectiva da liberdade e ação, em que todos ajudam a construir a nação e possam usufruir dos dons produzidos com suas mãos.


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 16 de maio de 2010

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