ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Assunção de Nossa Senhora prova a Realidade do Céu

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A liturgia nos insere no Mistério da Salvação de Cristo. Deus nos quer que sejamos salvos e por causa disso enviou o seu Filho que nasceu de uma mulher, a criatura idealizada por Deus para sempre. Maria é a nova Eva, nasceu cheia de graça de Deus, foi preservada do Pecado Original em vista do Cristo, Nosso Senhor.

A Igreja celebra no dia 15 de agosto de cada ano a Assunção de Nossa Senhora, Maria, a Mãe do Nosso Senhor. Já nos primeiro séculos, os santos padres da Igreja já pronunciavam, com a força da Fé que Nossa Senhora é imaculada. O seu corpo, após a sua morte (dormissão), não podia ser corrompido e decomposto na terra, porque ela é a Mãe do Nosso Salvador. Basta citar São Tiago de Sarug (521), segundo o qual, quando para Maria chegou, 'o tempo de caminhar pela via de todas as gerações', ou seja, a via da morte, 'o coro dos doze Apóstolos', reuniu-se para enterrar 'o corpo virginal da Bem-Aventurada' (Discurso sobre a sepultura da Santa Mãe de Deus, 87-99 em C.VONA, Lateranum 19 [1953], 188).

São Modesto de Jerusalém (634), depois de ter falado amplamente da 'beatíssima dormida da gloriosíssima Mãe de Deus', conclui o seu 'elogio', exaltando a intervenção prodigiosa de Cristo que 'a ressuscitou do sepulcro' para a receber consigo na glória (Enc, in dormitionem Deiparae semperque Virginis Mariae, nn. 7 e 14; PG 86 bis 3293; 3311). São João Damasceno (704), por sua vez, pergunta: 'Como é possível que aquela que, no parto, ultrapassou todos os limites da natureza, agora se submeta às leis desta e seu corpo imaculado se sujeite à morte?'.

E responde: 'Certamente era necessário que a parte mortal fosse deposta para se revestir de imortalidade, porque nem o Senhor da natureza rejeitou a experiência da morte. Com efeito, Ele morre segundo a carne e com a morte destrói a morte, à corrupção concede a incorruptilidade e o morrer faz d’Ele nascente da ressurreição' (Panegírico sobre a Dormida da Mãe de Deus, 10: SC 80,107) (Projeto de Evangelização Anjos de Jesus - www.anjosdejesus.com).

Ela já estava “remida” em vista do Sacrifício de Cristo na sua paixão, morte e ressurreição, onde concretizou e confirmou toda a bondade de Deus. Ela é a sempre Virgem Maria, a criatura perfeita idealizada por Deus na Criação que foi perdida pela desobediência de Eva, mas ela é a nova Eva revestida da graça e de uma luz reluzente para acolher o Senhor da Luz, no seu ventre virginal por Obra do Espírito Santo.

Ela ainda foi concebida sem pecado por causa do Nosso Redentor Jesus Cristo e ela continuou sem pecado durante toda a sua vida, pois ela era obediente à vontade de Deus, criou Jesus e O acompanhou durante toda a vida, longe ou de perto. Na cruz, estava de pé, como uma mulher forte e cheia de fé aos desígnios de Deus.

Ela sabia pela fé que Deus não falha e que a cruz seria o sinal do Amor Eterno de um Deus que doa vida para que tenhamos vida plena. A morte não segurou Jesus e o sepulcro não pode ser morada perpétua do Autor da Vida. Jesus ressurge glorioso e dá vida a todos que querem segui-Lo. O céu é a realidade e Assunção de Nossa Senhora, prova que Deus nos quer nesse lugar para sempre.

É um dogma de fé que foi proclamado pelo Papa Pio XII no dia 1º de novembro de 1950, por meio da Constituição Munificentissimus Deus. Podemos verificar no Novo Catecismo da Igreja Católica. Este declara: "A Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos" (966).

A Trindade Santa nos impulsiona para a coerência do amor. Os santos, os anjos e Maria nos ratificam que os justos habitarão para sempre o céu.


Bacharel em Teologia, José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 15 de agosto de 2010

Nenhum comentário: