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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Devemos ser fiéis a Deus

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Queridos irmãos e irmãs,

Deus nos chama para ficarmos unidos a Ele. Devemos Ser Igreja viva que não faz distinção de ninguém e nem ficamos a procura de honrarias e cheios de orgulho, pois o Senhor ama os humildes e aquele que serve a Deus nos irmãos com alegria.

No livro do Profeta Jeremias, Deus ensina a ele através de uma ordem: compra uma veste de puro linho e um cinto novo que não podiam ser molhados para não ser estragados. Mas depois Ele manda que coloque escondido lá no Eufrates. Depois de certo tempo, pede para que vá buscá-los e. para surpresa de Jeremias, tudo estava estragado e apodrecido, e o Senhor diz: é isso que farei para esse Povo que me desobedece e procura outras formas de realizar-se sem a minha presença e comunhão.

Esta roupa nova e o cinto novo deviam ser para a pessoa os símbolos da união do Povo com seu Deus que dá Vida (Cf. Jr 13, 1-11). A roupa é o revestimento da graça de Deus para todos que sejam fiéis a Ele. Nada de consumismo, materialismo e de acúmulo de bens, pois nada disso vai ser levado em conta para a eternidade.

Jesus narra que o Reino Deus é como a semente de mostarda, pequena e que parece insignificante, mas quando plantada em terra boa forma uma árvore onde os pássaros se hospedam porque existe acolhimento farto. Deus quer isso de nós. Não podemos dizer que somos melhores que os outros porque fazemos isto ou aquilo na sociedade ou na igreja. O que Deus leva em conta é o nosso amor despojado, aquele que vai ao encontro dos sofridos, dos doentes e de todos os que necessitam.

A massa precisa de fermento e, quando tudo está misturado, ela faz acontecer o alimento que deve ser partilhado e saciado por todos. Não podemos ser uma religião intimista, de só nós para com Deus. Nosso Deus é comunitário e é em comunidade, com os diferentes e com os talentos de cada um, que se faz acontecer o Reino de Deus.

Jesus fala em parábolas, coisas escondidas desde a criação para que a pessoa seja aberta à graça e entenda a mensagem verdadeira de Cristo (Cf. Mt 13, 31-35).

Hoje percebemos quantas ideologias políticas e religiosas que ditam regras e modos de proceder, mas parece ficar na situação momentânea. Agora Jesus é a certeza de mudança, de solidariedade e compaixão. Se nós não formos verdadeiros seguidores de Cristo, mas se dizer apenas Senhor estamos aqui, e se não houver a partilha de dons com os outros, nada vai adiantar. Jesus vai pedir contas das nossas ações. Jesus diz para nós: se eu tiver fome, dê de comer; se eu tiver nu, dê roupas; se eu tiver prisioneiro, me visite; se eu estiver estrangeiro, que me hospede; e se eu tiver doente, me visite.

Quando é que vemos Jesus nesse estado de necessidade extrema? Nós vemos Jesus quando um dos nossos irmãos precisa de nós nas condições de fome, sem roupa, prisioneiro, doente e estrangeiro (Cf. Mt 25, 31-46).

Caríssimos, sejamos porta-vozes e agentes da caridade porque Deus é Caridade e Ele conta com cada um de nós na Família, na Sociedade, no Trabalho, no Serviço Voluntário e na Comunidade Igreja em que participamos. Não somos indiferentes, mas pessoas que fazem este mundo ser melhor e cristão.

Amém!

Viva Sant’Ana e São Joaquim! Que eles nos ensinem o despojamento para fazermos a vontade de Deus no serviço desinteressado. Mãos à Obra. Que o Reino seja deslumbrado, visto já entre nós.

Deus caritas est!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 25 de julho de 2010

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