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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ser cristão é estar vigilante no bem

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Cada liturgia que participamos cresce em nós a Esperança que vale a pena lutar pela vida e viver conforme a vontade de Deus e optar definitivamente por Cristo. Ele deve ser a razão de nosso viver. O momento presente é desafiador. Estamos no mundo violento, cheio de maldade e de pessoas não comprometidas com a justiça que vem de Deus nas nossas ações humanas. Nós somos animados pela Palavra de Deus que nos faz corajosos. Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre.

No Livro da Sabedoria, encontramos a experiência de ISRAEL, que gostava de recordar a presença amorosa e libertadora de Deus no passado, para mostrar que era possível superar as dificuldades presentes. Deus nunca nos deixa só. Ele é presente na nossa História. O Êxodo foi uma experiência da libertação, uma noite que leva vida aos judeus, enquanto, ao povo egípcio, é a morte, luto e choro por causa da desobediência da vontade de Deus na boca de Moisés ao Faraó (Sb 18, 6-9).

A libertação gera uma alegria aos israelitas, pois eles caminham com Deus libertador guiado pelas mãos de Moisés. Esta aliança é renovada sempre se nós optarmos a ser de Cristo e a viver configurado na vida de Cristo. Fazer retrospectiva do passado é motivo de esperança para o presente. Se formos fiéis a Deus, temos a vitória que é a verdadeira liberdade.

São Paulo fala da experiência de ABRAÃO, o Pai de um novo Povo. Pela fé em Deus, ele sai da sua pátria em busca de nova terra. Acredita na promessa de Deus que promete uma descendência enorme, embora estivesse muito idoso. É obediente quando Deus pede o sacrifício de seu filho. Tornou-se peregrino confiante na expectativa de ir para a nova pátria que Deus lhe indica. Isto nos dá a certeza que, pela fé, nós podemos mais. Seremos novas criaturas regeneradas por Cristo que quer a nossa cooperação para construir, aqui, já, uma pátria de todos. Podemos verificar e constatar que, quando nos aliamos a Deus, o mundo se torna melhor, mais humano e fraterno (Hb 11, 1-2.8-19).

No Evangelho de Lucas, temos a Experiência dos APÓSTOLOS. Jesus continua a caminho de Jerusalém onde culminará a missão redentora de Cristo. Eles eram poucos e estavam com medo devido a realidade hostil. Hoje somos também desafiados para viver como cristão num mundo onde a cultura de morte se alastra que parece que o bem está sendo derrotado. Mas Jesus alerta os apóstolos e a nós também, dizendo carinhosamente e garantindo: "Não temais, pequeno Rebanho, porque é do agrado do Pai dar a vós o Reino".

Temos que estar vigilantes e atentos na caridade. A noite é lugar teológico da vigilância. Nós não podemos perder a Esperança, porque a hora da espera pode acontecer e, a qualquer momento, a vinda de Cristo. Devemos ser servos que ficam esperando a volta do esposo ou da chegada do ladrão para se defender, ou do administrador fiel que tenta fazer tudo certo, mesmo na ausência do patrão. Tudo porque não sabemos a hora dos acontecimentos. Não podemos praticar maldades e explorar o próximo.

Devemos ser vigilantes nas atitudes, buscando viver a justiça, a partilha, o amor e fazer com que todo trabalho, profissional ou voluntário na comunidade, seja bem feito para que o Senhor, quando vier, que Ele possa nos encontrar fiéis, fazendo a sua vontade de realizar o bem sempre (Lc 12, 32-48).

Assim, meus irmãos e minhas irmãs, nós podemos viver em família e estar em comunhão com a família de Nazaré, exemplo para nós que, quando estamos unidos com os pais, nós experimentamos a graça de Deus. O pai é a força partilhada com a mãe em favor da família que tem nos filhos a esperança de gerar uma comunidade nova, transformando este mundo na justiça e na paz. Amém!


Bacharel em Teologia, José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 07 de agosto de 2010

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