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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Cuidado com os primeiros lugares

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

O nosso mundo contemporâneo está acostumado a procurar situações mais cômodas como um bom salário, um bom emprego, sempre vivendo em competição, etc. Isto acontece em todas as áreas de nossa sociedade moderna e capitalista. Vemos isto no campo social, profissional, às vezes no campo religioso e político. Há nessa luta um clima de concorrência, de competição, de ódio e conflitos que levam um ser contra o outro.

O cristão é chamado a viver o outro lado da moeda que está o caminho da humildade e da gratuidade entre as pessoas. No Livro do Eclesiástico, nos é falado a respeito da virtude da humildade, que é algo agradável a Deus e aos homens. Ser humilde é assumir o nosso papel de serviço desinteressado a favor daquele que precisa. É colocar os nossos dons e talentos a favor do bem comum de todos e exercitar o amor-doação. Quer ser feliz? Procure entrar na escola da humildade e da simplicidade (Cf. Eclo 3, 19-21.30-31).

Na Carta de São Paulo aos Hebreus, nos é mostrado, de modo categórico, que a vida cristã exige de nós uma coerência no agir e que deve ser explicitada nos valores e nas atitudes onde a humildade, o amor e a simplicidade devem estar incorporados na nossa vida de comunidade (Cf. Hb 12, 18-19.22-24a).

O Evangelista Lucas nos mostra que Jesus cria uma nova humanidade que está fundamentada na humildade. Jesus está presente em um banquete que fora convidado e percebeu que as pessoas procuravam os melhores e primeiros lugares. Ali não importava se alguém está junto ou fora daquele banquete, mas o importante para eles era estar em boa situação, de privilegiados.

Mas a lógica de Cristo é outra. Ele nos ensina a não procurar o primeiro lugar e sim estar na disposição de servir, pois Deus olha o coração e a intenção do ser humano. Ainda Jesus fala que, quando damos ou vamos a festas e celebrações da vida, devemos procurar todos aqueles que estão fora do banquete, pois isto agrada a Deus. Este recompensa o nosso gesto da caridade.

Em nossa sociedade, em nossa família e em nossa comunidade cristã, não devemos almejar bons lugares e nem excluir os outros a entrarem no banquete da vida. O nosso Deus é para todos e que sejamos fomentadores da união, da partilha, do amor e da justiça, da solidariedade e da fraternidade entre todos. Devemos ser servidores sem buscar honrarias e agradecimentos, mas que a vida seja propagada e a vivência cristã seja testemunhada com nossa atitude de fé em Cristo, nosso Salvador.

Amém!

Gostaria de falar alguma coisa para você, catequista, coordenador ou responsável de anunciar a mensagem de Cristo. Pela graça de Deus e através dos sacramentos, somos introduzidos a fazer parte do ministério sacerdotal, profético e real de Cristo. Todos são chamados a serem discípulos e alguns sentem no coração e na vontade de servir como catequista, sendo discípulo da escuta e da propagação da Palavra de Deus que salva a pessoa por inteiro.

A Igreja suscita e distingue esta vocação divina, e confere à pessoa esta missão de catequizar. Dessa forma, o Senhor Jesus convida todos e, de modo particular, para estar na sua escola do seu discipulado. O chamado é pessoal e Jesus é quem vai nos dar força e impulsionar a ação do catequista na Igreja para que ele possa levar a Boa Nova d’Ele a todos, com coragem profética.

“É deste conhecimento amoroso de Cristo que jorra o desejo de anunciá-Lo”, de “evangelizar” e de levar outros ao “sim” da fé em Jesus Cristo, que é a adesão consciente a um Deus que liberta o homem de toda escravidão (Cf. DGC 231 e SER CATEQUISTA, publicado por Marisa Meneghelli em 23 setembro 2008).

Desse modo, seremos convertidos e coerentes no agir e no testemunho para que todos possam experimentar e vivenciar a presença de Cristo na nossa vida e no nosso meio. Portanto, você, catequista, tem um papel fundamental de levar a todos, desde a criança e até os adultos, a optar de modo definitivo a Jesus, fazendo que este mundo seja transformado pela força de Deus em uma comunidade onde exista amor, fraternidade, justiça, partilha e solidariedade. E ninguém passará necessidade porque todos vão sentir pertença na comunidade cristã.

Deus os abençoe a todos!!!

“Cor ad Cor loquitur”; expressão que significa “o coração fala ao coração”


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 25 de agosto de 2010

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